Olá pessoal... Tudo bem com vocês? \o/
Tenho uma boa pedida pra começar a semana com o pé direito. Que tal um capítulo extra na segunda-feira? hm? Legal, né! Agora que Jessie encara esta nova fase em sua vida, vamos ver o que vai acontecer daqui pra frente agora que Chris estará mais perto do que nunca. Como Joe vai reagir a isso... É o que vamos conferir!
Beijinhos, XOXO <3
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[ Jessie ]
Leve. Essa palavra me define nesse momento. Assim que descobri que ia ter um filho, me senti desesperada. Quando descobri que o pai desse filho era Chris, o desespero foi maior ainda. Soube nesse momento que por mais que eu quisesse, jamais poderia desviar meu caminho do dele. Um filho é um elo que une duas pessoas para sempre. Não sabia como Joe ia reagir a isso. Imaginei que teria que me afastar dele. Por mais que eu soubesse o quão maduro ele é, não sabia como ele ia reagir a ter que me assumir grávida de outro, mas, mais uma vez ele me surpreendeu. Além de ficar ao meu lado, sei que ele não vai tratar meu filho com nenhuma distinção. Quanto a Christopher, estou surpresa. Depois de nossa última conversa deixamos tudo esclarecido. Agora não éramos mais um casal e ele pareceu entender isso, mesmo aparentando não estar feliz. Apesar dele parecer confuso e não saber bem o que fazer, senti que ele quer se esforçar pra ser diferente, pra ser um bom pai. Ele me disse que não vai me deixar sozinha e estou me esforçando para crer que ele realmente não vai. Ainda não estou muito certa quanto sua convivência com Joe, mas realmente espero que eles pelo menos se suportem.
Estou dirigindo de volta pra casa. Cantarolo uma música qualquer que toca na rádio e sorrio despreocupada, desfrutando de minha própria companhia e do meu bebezinho que está aqui dentro. Finalmente posso apreciar a magia da gravidez. Apenas agora posso pensar, aliviada, em como minha vida vai ser diferente com a chegada desse filho. O meu maior sonho estava perto de se realizar. Ia ser mãe. Estou totalmente disposta a dedicar todo o amor que tenho em mim a essa criança. Quero que ela se orgulhe de mim. Quero poder dar bons exemplos e ser tão boa quanto meus pais foram e são pra mim. Mal posso esperar para ter ela ou ele em meus braços, pegar em suas mãozinhas, ver com quem se parece... Enfim, apesar de estar assustada, quero crer que daqui pra frente as coisas vão melhorar.
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Eu e Joe tínhamos planos para hoje a noite, mas como meu mal estar voltou a atacar, preferimos ficar em casa assistindo filme. Ele ficou aliviado ao saber que minha conversa com Chris foi tranquila. Apesar deles serem "rivais", Joe sabe que meu bebê precisa da assistência do pai. Mesmo que isso signifique a presença constante dele em nossas vidas. Deitados em minha cama, conversamos diversas coisas, inclusive sobre os possíveis nomes para o bebê. Enquanto eu ainda namorava Christopher, nós fizemos um trato. Se o bebê fosse menina, eu escolheria o nome, se menino, a escolha era dele. Optamos por Molly e Nicholas, eram lindos nomes e que agradavam aos dois. Mesmo que estivéssemos separados agora, ia manter minha palavra. O bebê era nosso, queria que tudo fosse decidido em conjunto. Ainda é cedo, mas algo me diz que é Molly quem está a caminho. Quando contei a Joe ele fez a ressalva de que coração de mãe não se engana. Espero que não mesmo! Não que eu tenha preferência por uma menina, a prioridade é que venha com saúde. Mas sempre que penso na criança que carrego, imagino uma garotinha. A ideia de vesti-la como uma bonequinha me encanta. Espero que essa mocinha ou mocinho colabore e nos deixe descobrir o sexo o quanto antes. Ainda tenho seis meses pra conhecer seu rostinho. Só de pensar no quanto ainda vai demorar sinto o estômago embrulhando. Droga... Lá vamos nós ao banheiro novamente. Isso vai demorar seis meses pra passar também? Céus!
[ Chris ]
Desde o último sábado, quando descobri que vou ser pai minha cabeça não para de martelar. Pensei em tudo que passamos juntos. Conversei com Kiara, contei sobre meu último encontro com Jessie e ela me encorajou. Gosto de conversar com ela. Acho que eu estava precisando que alguém de fora abrisse meus olhos. Que me mostrasse o quanto eu posso perder se não mudar minha postura. E definitivamente estou decidido a ser um homem melhor. Contei aos meus pais sobre o bebê e eles ficaram muito contentes, também me aconselharam. Passei a assimilar melhor as coisas. Jessie e eu seríamos responsáveis por um novo ser que vamos colocar no mundo. É só uma criança indefesa que precisa de adultos conscientes ao seu lado. Que tipo de exemplo darei a essa criança se continuar agindo como um inconsequente? Que espécie de pai eu vou ser se a própria mãe do meu filho não puder confiar em mim? Não, não dá pra continuar assim. Você tem que mudar, Christopher. Você vai mudar, e pra melhor! Pego o telefone e ligo para Jessie. É quinta-feira a noite, amanhã é o dia do exame que ela comentou comigo. Quero estar presente. Quero impor meu papel de pai, antes que Joe me roube esse posto.
- Alô? -ouço a doce voz dela do outro lado da linha.
- Oi Jessie, sou eu, Chris!
- Oi, como vai? - Sinto saudades da época que sua saudação era mais calorosa. Quando ela me chamava de amor e me atendia dizendo que estava com saudades.
- Bem e você?
- Vou bem também!
- Te liguei pra perguntar sobre o exame amanhã. Ainda posso te acompanhar?
- É claro que pode, Chris! - Uau, ela parece animada com a minha ida. - Espero que não se incomode com a presença de Joe, ele também vai conosco.
- Tudo bem Jessie, não posso impedir que ele vá, agora vocês estão juntos, não é mesmo?! - Ouço ela suspirar. Melhor mudar de assunto. - Que horas é a consulta?
- Às oito horas. Me encontre na clínica!
- Okay, então... Até amanhã! - Nos despedimos e enfim descanso a cabeça no travesseiro. Amanhã é um novo dia. O primeiro dia da minha nova vida.
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Chego à clínica onde a mãe de Joseph atende dez minutos antes do horário marcado. Sento na recepção e espero por Jessie. Não demora muito e a vejo chegar. A visão não poderia ser mais desoladora. Ela e Joe de mãos dadas como um casal feliz. Era pra ser eu ali, não ele. Assim que me vêem, se aproximam e me levanto. Cumprimento Jessie com um beijo no rosto e apenas aceno com a cabeça para Joe. O clima não é nada ameno. A tensão entre nós três é palpável; só é quebrada pela mãe de Joseph que adentra o recinto.
- Bom dia, Christopher! – ela me cumprimenta com aperto de mão. – Como vai?
- Bom dia, Dra. Hawk. Estou bem, obrigado. – Digo educadamente.
- Que bom! – ela sorriu se dirigindo com beijos a Jessie e o filho. – E vocês como estão?
- Ótimos, mãe. – Joe responde. Como sempre, aproveitando para me alfinetar. Coisa de homem.
- E você Jessie, está ansiosa?
- Bastante, Ella. Mal posso esperar pra ver o bebê! -Jessie parece estar prestes a saltitar. Ela sempre foi ansiosa. Imagino como se sente agora.
- Oh eu imagino a ansiedade, meu bem, mas vamos falar sobre isso já já. Está bem? - ela sorriu a Jessie.
- Está bem! - Jessie responde sorridente. Me sinto deslocado. A mãe de Joe sempre me tratou muito bem, mas é claro que ela é a favor do filho. Não sei o que ela pensa sobre toda essa situação.
- Eu vou poder entrar com ela, não vou? - Pergunto, querendo deixar claro até que ponto minha presença é importante aqui.
- Claro que pode, e deve, Christopher. - Respondeu. - Você pode esperar aqui fora, meu filho. - Diz a Joe.
Oh droga, não posso rir. Tenho mais de vinte anos pra agir como um adolescente. Ele me assiste com ódio e raios laser saindo dos olhos quando Eleonor sorri dando um beijo em sua face agradecendo por ele ser um bom filho. Jessie e a médica passam na minha frente e num última olhada pra traz o vejo sentar-se de cara amarrada. Christopher 1 X Joseph 0 . Desculpa, não resisti. Apoio a mão na base das costas de Jessie e as sigo até a sala. Grito mentalmente um "chupa" bem grande para Joe. Ele pode até tentar, mas não vai me tirar do meu posto de pai.
Antes de fazer a ultrassom, observo as duas conversarem. Jessie questiona o porque de não ter descoberto a gravidez antes e a Dra. Eleonor explica o que possa ter acontecido. Essas coisas de mulher que eu, definitivamente, não entendo. Tiradas todas as dúvidas, vamos conferir se está tudo bem com o bebê. Nos dirigimos a continuação da sala e Jessie deita na maca. Estou sentado ao seu lado enquanto a médica passa um gel pegajoso nela. Ela passa o aparelho sobre a barriga ainda reta de Jessie e observa um computador a sua frente. Do outro lado da sala há uma televisão onde podemos ver as mesmas imagens. Enfim, aponta com o mouse o local onde o bebê está. Deus, ele é tão pequeno. Parece mais um amendoim. Que incrível! Ela vai nos explicando tudo e sorrio feito idiota. Olho pra Jessie e ela tem o mesmo sorriso bobo no rosto. Seguro sua mão e continuamos ouvindo tudo o que a doutora. nos fala. Pelo tamanho do bebê ela confirma o tempo gestacional e explica que a essa altura ele já está criando algumas funções. Segundo Eleonor, já é possível escutar o coração e pergunta se queremos ouvir. É claro que queremos! Ela ativa o som do computador e batidas aceleradas invadem a sala. Minha felicidade não cabe em mim. Parece que a ficha só caiu agora. Tem uma vida dentro de Jessie. Uma vida que é fruto do nosso amor. O som do coração de nosso filho é como música para os meus ouvidos. Estou tão emocionado. Expresso minha alegria através de lágrimas. Jessie também chora e sorri parecendo não acreditar no que estamos ouvindo. Beijo sua mão e sussurro um "obrigado". Jessie me devolveu a vida. Me sinto renovado e pronto para ser o melhor pai que esse bebê poderia ter.
[ Joe ]
Dois meses depois...
Chegamos ao aniversário de Jessie. Estou à mil com todos os preparativos por que será uma festinha surpresa. Não sei como ela vai reagir mas já deixei todos cientes que peguem leve com minha gravidinha. Estamos em casa por que disse a ela que íamos jantar fora em comemoração ao seu aniversário. A única coisa que me incomoda é a presença de Christopher. Seria rude chamar sua família e ele não. E outra, Jessie sentiria falta do pai do bebê, já que os dois estão se entendendo muito bem. As vezes não sei se consigo lidar bem com esta interação dos dois. Sei como o bebê precisa dos pais, não sou um troglodita, porém... vejo como ela fica ao se aproximar dele; e quando conversam tenho a impressão que estou num dèjavu.
Respiro fundo enquanto espero ela terminar de se arrumar. Estou mexendo no celular quando sua silhueta entra na sala. Uau! Ela está tão linda! Resplandecem os cinco meses de gestação num belo vestido azul que realça o que ela tem de mais bonito, ou seja, ela inteira. Levanto do sofá e vou recebê-la.
- Minha Caramelo... – Sorri pegando sua mão e beijei o dorso com carinho. – Está fabulosa!
- Obrigada, amor! Já estou me sentindo enorme...-ela diz olhando e alisando a própria barriga.
- Você está linda, meu bem. Aliás, vocês estão... - Sorri dando um beijo em sua barriga protuberante. - Não vejo a hora de sabermos qual o sexo. Quero saber se teremos uma princesa ou um príncipe pra mimar. Minha mãe disse quando será o próximo ultrassom?
- Daqui duas semanas... Também não vejo a hora de descobrir, da última vez ele tava com as perninhas fechadas, deve ser uma criança tímida! -Ela sorri divertida e eu fico imaginando o dia que tivermos nossos próprios filhos.
- Pode ser amor. Bem, o importante é que os meses passem depressa pra gente poder brincar muito... Essa semana eu vi uma camiseta do Dallas. Você tinha que ver, Jessie. Era tão pequeno! – Disse como um pai babão. – Acho que vou voltar lá amanhã e comprar. Vai que depois não consigo encontrar.
- Você vai estragar essa criança, Donny... Já ta mimando mais que eu! -Sou obrigado a concordar. Depois de me dar um beijo ela completa. -Agora vamos e me diz pra onde você vai me levar, mocinho!
- A um lugar especial.... - Falei com certo mistério. Peguei sua mão deixando a frase no ar.
- Aaaah, não seja malvado...eu estou curiosa, Joe!!!
- Você vai gostar amor... Hoje é a sua noite.
- Taaaaa, já entendi o recado... Surpresa, né?!
Fiz um gesto de trancar os lábios e jogar a chave fora. Ela resmunga e se dá por vencida. Saímos de casa e entramos no carro. Dei a volta no quarteirão e estacionei na porta casa dos seus pais. Jessie franze a testa totalmente confusa.
- Sua mãe pediu pra passar aqui antes de sair e só lembrei no caminho. - Dei uma desculpa qualquer.
- Ué, mas por que ela não me disse nada?
- Ela falou comigo quando você estava se arrumando. Também achei estranho, mas deve ser importante, não é? - mexi os ombros. - Vamos lá ver o que é e depois vamos nos divertir, certo?
- Tá bem, não quero chegar atrasada nesse tal lugar misterioso. Vamos!
Sorri enquanto descia do carro. A ajudei a sair em seguida. A casa está iluminada como num dia normal. Chegamos a entrada e Jessie pegou a maçaneta abrindo a porta. Entrou pelo corredor chamando pela mãe e ao estar de frente a sala de estar seu corpo parou no meio do caminho. A sala estava decorada com um enorme letreiro que dizia "FELIZ 24 ANOS JESSIE. NÓS AMAMOS VOCÊ!" Logo sua família e nossos amigos apareceram dizendo em alto e bom som "FELIZ ANIVERSÁRIO!". Seu rosto em choque virou pra mim e recebi um tapa no braço.
- Desculpa amor, mas não tinha outro jeito. - Joe sorria - Feliz aniversário... - Fui ao seu encontro para um abraço e um beijo carinhoso nos lábios.
Ela me agradece e se vira para olhar todos os presentes enquanto sorri.
-Não se faz isso com uma mulher grávida! - seus olhos enchem d'agua. Ela está emocionada. -Obrigada pessoal, amei a surpresa!
Katherine se aproxima da filha e beija seu rosto seguindo para um abraço.
- Feliz aniversário, meu bebê!! Você não ficou chateada conosco, não né?
- Claro que não mamãe, eu amei a surpresa. Vocês conseguiram me pegar...não desconfiei de nada...
- Gente, isso tem que ser registrado!! - Ouvimos a voz de Miriam sobressair. - Essa garota é a curiosidade em PESSOA! - Falou com seu jeito exagerado. - Você merece um prêmio por isso, Joe.
- Mereço sim, e vou cobrar mais tarde. - Pisquei pra Jessie.
Mais pessoas vieram desejar feliz aniversário a minha linda Caramelo. Olhei em volta e não vi Christopher. Posso me sentir aliviado? Não... Isto é previsível. Christopher sempre dá bola fora quando precisamos dele.
Jessie olha boquiaberta de mim para Miriam.
- Eu não acredito que você veio!
- Pois é, estou aqui querida. Linda, loira e bronzeada. - Sorriu abertamente como uma miss universo. Hunter estava atrás dela e veio me cumprimentar.
- E muito modesta também, não é?! - Elas sorriem e se abraçam. - Nossa, vocês capricharam hein? Estou muito feliz de ver todos vocês aqui! - A mulher da minha vida estava radiante. Eu também estaria se não fosse pelo convidado que acabara de chegar. Christopher.
[ Jessie ]
Christopher entra com timidez na casa e minha mãe vai recebê-lo. Ele está bonito e se parece muito com um homem responsável. Ele caminha na minha direção e vou ao seu encontro. Ele tem a mão escondida atrás das costas e antes que eu o abrace, expõe um lindo buquê de rosas:
- Feliz Aniversário, Jessie... - Ele diz entregando as flores.
Rosas vermelhas. Elas me fazem lembrar o nosso primeiro beijo. Olho pra ele e sinto como se ele também lembrasse disso. Agora não é hora para nostalgia, Jessie!
- São lindas, Chris... - Aproximo o buquê do rosto, de olhos fechados, e sinto o aroma que as flores liberam. Abro os olhos novamente e me aproximo para lhe dar um abraço. - Obrigada!
- Não precisa agradecer. É o seu dia! – ele sorriu e olhou minha barriga. – E como estamos hoje?
Também direciono o olhar para minha barriga e a aliso.
- Estamos bem. Felizes por você ter vindo!
- Também estou feliz por vir.
Ficamos por um tempo assim, olhando um para o outro até o momento que sinto uma mão deslizar na minha cintura e um corpo grande fazer sombra ao meu lado.
- Christopher... Você veio mesmo. - Disse o encarando como um falcão. Joe se controle pelo amor de Deus. Rogo mentalmente.
- Sim Joe, eu estou aqui.... Não perderia isso por nada. - Chris responde tão calmo que era assustador. Tomara que não se peguem aqui. - Acho que perdi tempo demais em algum lugar no passado.
- Exatamente. Seu tempo passou. - Joe completa e vira pra mim. - Meu amor, Miriam estava querendo falar com você...
-Tá bem mas você vem comigo! - Pego em sua mão afim de tirá-lo dali. - Com licença, Chris. - Vejo ele assentir com a cabeça e arrasto Joe comigo. -Amor, não precisava falar assim com ele!
- Falar assim como? - Franziu a testa. Oh Joe, você entendeu, não se faça de sonso, por favor.
- Você sabe do que estou falando. Por favor, dê uma trégua, pelo menos por hoje, hm? É meu aniversário!
Ele suspira e revira os olhos.
- Tudo bem, tudo bem... Por você e pelo bebê... - Me deu um selinho. - Te amo, mas vou ficar de olho nele.
- Ta bom, seu marrento! - Dou outro selinho nele. - Agora vem, quero aproveitar minha noite!
CONTINUA >>>