Prólogo

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Christopher nunca gritou comigo. Mesmo em nossas piores discussões, isso nunca ocorreu. Agora meu coração se partiu ainda mais. Minha vontade é de mata-lo então vou pra cima dele com tapas e empurrões. Deus, eu nunca estive tão furiosa! Chris segura meus pulsos e grito com ele. Mas não me solta e abraça-me com toda força. Tenho tanta raiva que sinto nojo do cheiro de álcool que vem de seu hálito e roupas. Eu quero o homem por quem me apaixonei. O homem que me prometeu um futuro.


- Jessie, se acalma e vamos conversar lá dentro. Por favor. - Pediu ele.


- EU NÃO QUERO CONVERSAR. ME SOLTA!- Me debato até que ele me permite sair de seus braços. Choro copiosamente ao ver a que ponto chegamos. Ouvindo a gritaria, nossos pais saem lá de dentro e pedem por calma. - Eu estou calma, não se preocupem. - Falo olhando para todos os quatro. Voltando a Christopher, concluo, entre dentes. - Eu não quero que você se aproxime de mim, nunca mais. Eu aguentei muita coisa de você, mas hoje passou dos limites. Não tenho a menor obrigação de aturar essa humilhação, de ter que ouvir você levantar a voz pra mim. Já chega! Saiba que eu me arrependo amargamente do dia que eu conheci você. - Deus, como doía dizer tudo aquilo. De repente o sonho de viver ao seu lado para todo o sempre, desmoronou. Todos ao meu lado se mantêm em silêncio. Boquiaberto, ele acompanha todos os meus movimentos quando olho para baixo e retiro o anel de noivado do meu dedo. Voltando a olhá-lo, sem ter forças para esboçar uma mínima expressão, decido colocar um ponto final nessa história. - Eu espero que você não machuque mais ninguém, Christopher Greer. - Com a palma da mão o empurro, esfregando o anel em seu peito. - Quero esquecer que você existe, esquecer! - Saio correndo para dentro da casa e pego minhas chaves. Descalça, sigo em direção ao meu carro que ali estava estacionado.


Ouço-o gritar meu nome, e ao entrar no veículo posso vislumbrar seu pai o segurando e impedindo que ele venha atrás de mim. Dou partida e saio em alta velocidade, rumo à única pessoa que me faria bem nesse momento. Joseph Hawk, meu melhor amigo.


Minha visão está turva, no meu estado de nervos, corro o risco de sofrer um acidente a qualquer momento. Felizmente é como se eu tivesse sido guiada; em questão de minutos me vejo em frente a casa de Joe, sã e salva. Aperto a campainha, e aguardo ele abrir. Fazia frio lá fora, e eu abraçava meu próprio corpo. Pouco depois ele aparece. Sinto as comportas se abrirem ainda mais. Ele me olha confuso e preocupado, minha aparência deveria estar deplorável.


- ME ABRAÇA, JOE, POR FAVOR... SÓ ME ABRAÇA... - Digo sentindo meu corpo desabar quando me pega em queda.



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Desde já, agradeço de coração por acessar este livro. Sua presença é essencial para esta escritora que vos fala. Beijos.)


Mais uma chance - Duologia *Livro 1*Onde as histórias ganham vida. Descobre agora