Era Perdida: O Globo da Morte

By RenanBiazotti

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Prefácio
Capítulo 01 - Entre gritos e sussurros
Capítulo 02 - Um caminho sem volta
Capítulo 03 - O primeiro inimigo
Capítulo 04 - O primeiro caído
Capítulo 05 - Terror no acampamento
Capítulo 06 - Convicção
Capítulo 07 - Um pequeno desvio
Capítulo 08 - Tumulto na cidade grande
Capítulo 09 - Um olho no peixe e outro no gato
Capítulo 10 - Boletim de ocorrência
Capítulo 11 - Garota do fundão
Capítulo 12 - Flor da Meia-Noite
Capítulo 13 - Quebrando as regras
Capítulo 14 - Incautos e cativos
Capítulo 15 - Quando a loucura toma conta
Capítulo 16 - Assassinato na hospedaria
Capítulo 17 - Péssimas notícias
Capítulo 18 - É tudo culpa dela
Capítulo 19 - Uma noite para descansar
Capítulo 20 - De volta ao mar
Capítulo 21 - Eu gosto de você!
Capítulo 22 - Vergonha, medo e desespero
Capítulo 23 - O ataque dos espíritos atormentados
Capítulo 24 - Um lugar chamado Cordilheira
Capítulo 25 - O globo da morte
Capítulo 26 (Parte 1) - Promessa
Capítulo 26 (Parte 2) - Lâmina da Floresta
Capítulo 27 - Enfim, o Cemitério dos Aventureiros
Nota do Autor I
Capítulo 28 - Na sombra do colosso
Capítulo 29 (Parte 1) - Confissões pre-mortem
Capítulo 29 (Parte 2) - A história de Adriel
Capítulo 30 - Quando os cavalos fugiram
Capítulo 31 - Pra não dizer que não falei das pedras
Capítulo 32 - Criatura indestrutível
Capítulo 33 - O senhor do trovão
Capítulo 34 - Por um fio
Capítulo 35 - O valor de uma vida
Capítulo 37 - O peso da responsabilidade
Capítulo 38 - Ao final da fenda
Capítulo 39 - Exploração no templo de pedra
Capítulo 40 - O sinal de Meriedro
Capítulo 41 - Calma aí, garanhão
Capítulo 42 - A sala do espelho
Capítulo 43 - De volta ao castelo
Capítulo 44 - Maiêutica
Capítulo 45 - Último suspiro
Nota do Autor II
Capítulo 46 - O tão esperado perdão
Capítulo 47 - É assim que se guarda um tesouro
Capítulo 48 - Ponte de pedra
Capítulo 49 - Eu ou ela?
Capítulo 50 - Batalha na grande ponte
Capítulo 51 - A única forma
Capítulo 52 - Reflexo sobrenatural
Capítulo 53 - Holmër Espada de Sangue
Capítulo 54 - Mentiras e verdades
Capítulo 55 - Hora da vingança
Capítulo 56 - O que há além da vida
Capítulo 57 - Um último obstáculo
Capítulo 58 - A queda
Capítulo 59 - Nêmesis
Capítulo 60 - Difícil escolha
Capítulo 61 - Apenas peões
Capítulo 62 - Viver ou morrer, eis a questão
Capítulo 63 - Meriedro x Mondegärd
Capítulo 64 - Eu escolho morrer
Capítulo 65 - Mentirosa
Nota do Autor III
Mensagem aos personagens
A Balada de Drakengarden

Capítulo 36 - Caminho estreito

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By RenanBiazotti

Com a ameaça do gigante rochoso superada, ao menos aparentemente, o grupo prosseguiu cauteloso. Naquele trecho, nem três pessoas cabiam uma ao lado da outra. O caminho era extremamente estreito e escuro. Andando juntos e um passo por vez, penetraram fundo no estreito vale. O espaço desaparecia progressivamente, assim como a luz, que começara a ceder.

- Está ficando escuro...

A colocação de Adriel não teve resposta; nem mesmo uma brincadeira do tipo “Verdade? Não me diga!”. Estavam todos tristes com a morte de Gerolt e preocupados com os próximos desafios que surgiriam a qualquer momento.

Entre eles, apenas Mondegärd já havia cogitado a possibilidade real de alguém morrer. Nem mesmo Dario esperava em seu íntimo perder sua vida ou a vida de um de seus comandados. Para o príncipe, guerreiros daquela tropa de elite estariam preparados para qualquer desafio que aparecesse. Treinava com eles quase diariamente em Targodriath e sabia do valor de cada um como oficial.

Dentre todos esses pensamentos, o que mais perturbava Dario era o fato de estar desacordado quando tudo aconteceu. “Como pude ser tão tolo, tão frágil?”, matutava, tentando encontrar respostas para seu descuido na luta contra o gromav. Para ele, tudo teria sido diferente se não tivesse desmaiado.

Indiferente aos tormentos de Dario, o caminho seguiu e estreitou-se até caber apenas uma pessoa. Em fila e sem espaço nas laterais, não era mais possível se desviar das rochas no chão. Era preciso passar sobre elas e até escalar as maiores. Assim, o ritmo foi comprometido e muito tempo e passou sem chegarem a lugar algum. O trajeto era penoso especialmente para Mondegärd. O mago estava mais cansado que o habitual. Celine achava que era por causa de ter usado todo seu poder mágico, mas também poderia ter algo a ver com a morte de seu melhor amigo. “Claro que tem, sua tonta!”, repreendia-se enquanto pensava no amigo.

Felizmente, Gerolt tinha se desfeito de sua bolsa de tranqueiras antes de pular. “Até nisso ele pensou”, todos amarguraram. Nela eles encontraram um pedaço de madeira dobrável e um acendedor metálico: era um conjunto de tocha portátil. Sem ela, seria preciso esperar o sol nascer para continuarem a marcha.

- Quero sair logo daqui. Tenho a impressão que passamos pelas mesmas pedras duas e até três vezes – bufou Isa. Suas pernas doíam, pois era cansativo escalar pedras de armadura.

- Você pode tirar sua armadura, Isa... – lembrou Adriel.

- Está louco?! Um guerreiro tem de estar prevenido a todo momento. Não me estranharia se você fosse o próximo...

Isa parou instintivamente e sentiu um aperto no coração. Sua brincadeira fora desrespeitosa além do extremo. Ninguém disse nada, entretanto.

De qualquer forma, tirar suas proteções metálicas era impensável para a guerreira. Sem armadura completa, Isa sentia-se nua.

- Então... Concordo com a Isa quando ela diz que já vimos estas pedras antes... Também acho – venceu o silêncio Celine. – E se estivermos perdidos andando em círculos pelo mesmo caminho diversas vezes? Nunca sairemos daqui assim!

- Duvido, mas não podemos descartar a possibilidade.

Dario estava convicto de que o caminho os levaria para a relíquia que Meriedro falhou em recuperar. “Será que Meriedro morreu lutando contra o gromav?”, pensou Dario.

O maior dos problemas na opinião do capitão era o frio. Os ventos fortes e gélidos diminuíam a sensação térmica de minuto em minuto. Se a queda de temperatura prosseguisse naquele ritmo, seria preciso acampar em breve.

Celine foi a primeira a reclamar:

- Nossa, gente... Que frio... Parece que o vento está cortando minha pele.

A jovem usava a roupa mais leve entre os aventureiros do grupo: uma blusinha de manga curta e um shortinho sob uma saia; as luvas compridas até o cotovelo e as meias que se elevavam até os joelhos ajudavam, mas boa parte do corpo estava exposta diretamente ao vento.

Dario parou repentinamente e Celine trombou em suas costas.

- Uma bifurcação... – avisou o capitão.

- E agora, Dario? – perguntou Celine, apreensiva.

- Vamos dar uma olhada! – adiantou-se Isa.

Todos dividiram-se e tentaram enxergar o máximo possível, mas só haviam duas tochas. Dario e Isa andaram alguns metros seguindo cada um um dos caminhos. O príncipe seguiu a passagem da direita, deixando a outra para Isa. Pouco tempo depois, o som dos ventos foi abafado pelo grito da guerreira:

- Rápido! Venham ver!

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