Não Me Abandone

By LilianeReis

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Elisa é considerada uma das garotas mais populares do colégio Maria Montessori. Ela é estudiosa, tem uma boa... More

Informações + Book Trailer
Epígrafe
Prólogo
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Conto do Teo
Aviso de Disponibilidade - CONTO
A continuação chegou

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By LilianeReis

— O que aconteceu? — Teo perguntou, me olhando depois que eu consegui controlar minhas lágrimas. — Por que você está assim?

Eu funguei e pensei no que responder.

Ele não podia saber da verdade. Teo nunca mais olharia na minha cara se soubesse que eu mandei fotos nuas para Pedro, mesmo sendo um momento de embriaguez e total estupidez.

Respirei fundo e respondi, sem olhar em seus olhos:

— Pedro me ameaçou... Ele disse que ia fazer de tudo pra eu ser expulsa se eu não desse um jeito pra ele sentar com a gente — omiti e o olhei. Isso não era uma mentira de qualquer forma. Pedro ia mesmo conseguir isso se eu não fizesse o que ele queria. — Eu não posso ser expulsa, Teo! Eu quero um futuro!

— Aquele otário tem que vazar dessa escola o mais rápido possível — Teo disse, pensativo.

— Mas não faz nada, por favor! — implorei, temerosa. — As coisas podem piorar e eu não quero que isso aconteça. Por favor...

— Relaxa — ele esfregou as mãos nos meus braços, tentando me tranquilizar. — Eu não tenho nenhum plano em mente mesmo.

Eu respirei um pouco aliviada dessa vez.

— Mas então era isso que ele queria conversar com você hoje de manhã? — Teo me perguntou.

Eu assenti e logo perguntei:

— Você tá bravo comigo? Desculpa por ter te deixado de fora. É que eu não queria que vocês começassem a brigar e sobrasse pra você...

— Eu não tô bravo com você — Teo me interrompeu, pegando na minha cintura e me trazendo para mais perto dele. — Pelo menos, não mais.

Sua boca se encostou na minha e ele começou a me beijar, uma de suas mãos quentes subindo até o meu rosto. Eu envolvi seu pescoço com os braços e inalei seu cheiro inebriante.

— Ai, que nojo vocês dois.

Recuei a boca da de Teo e olhei na direção da voz, já sabendo quem era.

Bianca olhou para nós com uma expressão mista de nojo e raiva enquanto passava ao nosso lado.

— Chegou a invejosa — falei, olhando para ela.

— Esquece ela — Teo disse, olhando para mim como se Bianca nem estivesse ali. — Não vale a pena.

— Aproveite enquanto pode — Bianca soltou, demorando os olhos em Teo. — Eu sei que isso não vai durar muito. Logo, logo, você vai voltar correndo para os meus braços, Teo.

Eu estava prestes a abrir a boca, mas Teo soltou uma risada debochada.

— Nem nos seus sonhos, Bianca — ele disse, encostando os lábios quentes no meu rosto, dando beijos demorados na minha pele.

Eu sorri com o que ele disse, vendo o ódio transbordando dos olhos de Bianca. Ela direcionou um olhar assassino na minha direção antes de sair de perto de nós, seguindo pelo corredor.

— Que garota insuportável — desabafei.

Teo interrompeu seus beijos no meu rosto e disse:

— Ela não vale seu tempo. Só ignora.

— Eu queria que fosse tão fácil assim.

Em seguida, eu envolvi sua cintura com os braços e encostei o rosto em seu peito. Os dedos de Teo começaram a acariciar meu cabelo e dessa vez, eu estava me sentindo muito mais relaxada.

De repente, eu ouvi um som de um toque meio abafado e constatei que era o celular de Teo.

Parei de abraçá-lo enquanto ele tirava o celular do bolso da calça para atender a chamada.

— É a minha irmã — ele avisou, deslizando o dedo na tela. — E aí, Alana?

Eu me afastei um pouco de Teo e me encostei na parede, o observando enquanto ele conversava com sua irmã. Logo, senti um nó na garganta por eu não ter sido sincera com ele. Teo era tão compreensível comigo, será que ele não iria me entender?

Não. De jeito nenhum. Isso era muito humilhante. Teo ia me odiar, ia sentir vergonha de mim e terminar comigo.

E o que eu menos queria agora era terminar com ele. A gente estava só começando e eu gostava tanto dele que eu não poderia aguentar isso.

— Está tudo bem agora — Teo disse à sua irmã. Ele se aproximou de mim e esboçou um meio sorriso. — Você quer conhecer ela? — ele fez uma pausa e baixou os olhos no meu rosto.  — Vou ver com ela e te aviso. Tchau.

Teo encerrou a chamada e olhou para mim com expectativa.

— Por acaso, vocês estavam falando de mim? — perguntei, levemente curiosa.

— Sim — ele respondeu, me agarrando pela cintura. — Você quer conhecer a minha mãe e a Alana amanhã à noite?

— Uau — falei, impressionada. — Quanta responsabilidade.

Teo riu e disse:

— Se você não quiser, não tem problema.

— Não, eu quero — falei.

— Beleza — o sorriso dele se alargou antes dele me apertar em seus braços fortes.

Poucos minutos depois, Teo e eu retornamos para o refeitório. Todo mundo estava voltando para suas salas de aula e bem no meio da multidão, eu avistei Pedro andando na direção dos banheiros.

— Pode ir na frente — avisei para Teo. — Eu vou no banheiro.

— Tá bom — Teo deu um beijo na minha bochecha e seguiu na minha frente.

Eu respirei fundo e olhei na direção de Pedro. Ele estava quase chegando perto dos banheiros.

Andei rapidamente na direção dele e quando ele estava prestes a entrar no banheiro, eu o puxei pela camisa.

— Você ainda não cumpriu com o combinado — rosnei.

Pedro se virou para mim e abriu seu sorriso nojento de deboche.

— Eu achei que você tinha deixado pra lá, Elisa — ele disse.

— Me dá seu celular — pedi.

Pedro tirou seu celular do bolso, deslizou o dedo na tela e me ofereceu seu aparelho.

Eu vi minhas fotos seminua e nuas na tela e senti meu rosto queimando devido a minha tolice. Logo, apaguei as fotos e encarei Pedro.

— Se você mandou minhas fotos pra alguém, eu te mato — falei.

Pedro riu e eu continuei o encarando, séria.

— Eu tô falando sério, Pedro.

— Não se preocupe, Elisa — ele disse. — Eu já consegui o que eu queria. Agora vou ficar mais pertinho de você.

— Você é louco.

— Você ainda não viu nada — ele sussurrou e piscou para mim. — E já que você tá aqui, que tal me fazer um oral no banheiro?

— Vai se foder! — joguei seu celular contra o seu peito e me virei, saindo rapidamente dali.

***

Na sexta-feira à noite, eu borrifei um pouco de perfume no pescoço e eu estava pronta para jantar com Teo e sua família.

De repente, meu celular vibrou com uma nova mensagem de Teo e eu peguei o aparelho.

Teo: Tô em frente à sua casa.

Rapidamente guardei o celular na minha bolsa, peguei o casaco preto em cima da cama e saí do quarto, o salto alto da minha sandália preta fazendo toc toc no piso.

Meus pais não estavam na sala, mas como eles já sabiam que eu ia sair, não precisei avisá-los.

Assim que eu saí para o lado de fora, encontrei Teo encostado em seu carro, que estava estacionado ao lado da calçada.

Teo assobiou enquanto eu parava em sua frente e eu não pude evitar de sorrir.

— Uau — ele me puxou pela mão, envolvendo minha cintura com um braço. — Como você pode ficar ainda mais linda?

Eu dei risada. Eu estava usando um vestido de seda de cor vinho, alguns centímetros acima do joelho.

— Obrigada, mas você que é o lindo aqui — falei, pegando em seu rosto e dando um beijo em seus lábios. O cheiro da sua colônia me invadiu e eu não queria mais parar de beijá-lo. — Meu Deus... Como você pode ser tão irresistível, Teo?

— Eu também me pergunto isso todo santo dia.

Eu ri e dei um tapinha em seu ombro. Logo, prestei atenção na parte exposta de seu peitoral. Teo estava com os três primeiros botões de sua camisa preta desabotoada e uma imagem do seu corpo nu passou rapidamente pela minha mente.

— Vamos — falei, saindo dos meus devaneios. — Sua mãe e sua irmã devem estar morrendo de esperar.

Aproximadamente quinze minutos depois, Teo e eu entramos em um restaurante super requintado. Haviam lustres no teto e eu tinha certeza que as taças eram feitas de cristais. Um prato naquele lugar devia custar a mensalidade do colégio.

Agradeci mentalmente por eu ter saído bem vestida de casa, pois a maioria das pessoas dali só usavam roupas de grife.

— Que restaurante chique — comentei, caminhando ao lado de Teo.

— Minha mãe quis escolher o melhor da cidade — Teo disse, como se aquele lugar não fosse nada de mais. — É meio exagerado, mas você merece o melhor — ele sorriu para mim.

Logo, imaginei a mãe de Teo como uma mulher da alta sociedade, arrogante e fútil, mas logo afastei essa imagem da minha cabeça, caso o contrário, eu iria ficar ainda mais ansiosa.

De repente, paramos em frente a uma mesa redonda com quatro lugares, sendo que dois estavam ocupados por uma mulher loira de meia idade, acompanhada de uma garota também loira que parecia ter a mesma idade que eu. Era a mesma garota que eu vi abraçando Teo em frente à casa dele.

— Senhoritas, — Teo disse, colocando a mão no meio das minhas costas. — Essa é a Elisa.

As duas abriram um sorriso simpático para mim e a mãe de Teo se apressou em dizer:

— Que bom te conhecer, Elisa — ela estendeu a mão para mim e eu a apertei. — Eu sou a Rosana, mãe do Teo.

— Muito prazer — falei, sorrindo.

— E eu sou a Alana — a garota ao lado de Rosana disse. — A irmã mais velha desse gato aí.

— Prazer em te conhecer — falei e sentei na cadeira enquanto Teo colocava meu casaco nas costas da cadeira.

— Eu estava tão animada pra te conhecer — Rosana disse, sem tirar o sorriso do rosto. — Teo me falou muito de você.

— Sério? — perguntei, olhando para Teo.

— Sério — Alana confirmou. — Inclusive, eu até lembro dele mencionando o seu nome no ano passado. Paixão platônica que fala, né?

— Cala a boca, Alana — Teo disse.

— Ele fica todo envergonhado, tá vendo? — Alana esticou o braço e apertou a bochecha de Teo. — Que coisa fofa, tá namorando.

Eu segurei o riso enquanto Teo tirava a mão de sua irmã de sua bochecha.

— Não liga — Rosana disse para mim. — Eles são assim o tempo todo.

— Eu imagino — falei.

Assim que o garçom anotou nossos pedidos e trouxe os nossos pratos, Rosana perguntou:

— Quais são planos para o próximo ano, Elisa? Você pretende entrar para faculdade?

— Sim — respondi. — Eu tô em dúvida entre Psicologia e Moda.

— As duas opções são ótimas — Rosana comentou após beber um gole de água da sua taça. — Eu tenho certeza que você vai se sair bem em qualquer uma delas.

— Claro que ela vai — Teo disse, olhando para mim. — Ela é a menina mais inteligente do colégio.

Eu sorri com o elogio.

— Você é tão exagerado — falei e olhei para mãe dele. — Não é pra tanto.

— São apenas fatos, amor.

— Ai, vocês dois são tão fofos juntos — Alana disse, toda sorridente. — Eu tô apaixonada.

Eu sorri com a reação de Alana. Ela estava sendo tão legal. Não apenas ela, Rosana também. Ambas eram totalmente o oposto do que imaginei que seriam.

Quando terminamos a refeição, eu pedi licença para ir no banheiro dar uma conferida na minha maquiagem.

No momento em que toquei na maçaneta da porta do toalete, uma mão envolveu o meu braço e eu olhei para trás no mesmo instante.

Era Teo.

— Que susto — falei.

— Desculpa — ele me virou para si, encostando seu corpo no meu. — Eu tô morrendo de vontade de te beijar e não posso esperar mais.

Dito isso, ele pegou meu rosto com as mãos e começou a me beijar, completamente necessitado.

Eu segurei nos pulsos de Teo e me envolvi com o beijo enquanto ele abria a porta do banheiro, me guiando pelo local.

Eu ergui as mãos até seu cabelo, inalando seu cheiro delicioso quando...

— Mas o quê isso?

Eu interrompi o beijo e olhei para trás, me deparando com uma senhora idosa nos olhando com a expressão horrorizada.

Merda.

A senhora colocou a mão sobre o peito, seus anéis reluzindo a luz do local e exclamou:

— Este é o banheiro feminino!

— Eu sei — Teo disse, parecendo tranquilo. — Desculpa a invasão, mas a gente não vai incomodar. Pode continuar o que a senhora estava fazendo.

Teo pegou na minha mão e me puxou para dentro do box mais próximo, fechando a porta.

— Que baixaria! — ouvi a senhora comentar do outro lado.

— Você é louco? — perguntei para Teo.

— Sou — Teo respondeu, começando a beijar meu pescoço. — ... Você me deixa completamente louco...

Ele voltou a me beijar na boca e eu grudei os dedos em sua camisa, colando seu corpo quente e forte no meu.

Teo deslizou as mãos até meu quadril e depois apalpou minha bunda por cima do vestido.

— Eu tô vendo seus pés por baixo da porta, Teo — a voz de Alana soou através da porta do box.

Eu separei minha boca da de Teo e olhei para ele.

— É melhor a gente sair — falei e me afastei dele para abrir a porta.

Alana me olhou com um sorriso travesso e ergueu os olhos para Teo. Eu queria que a parede me engolisse de tanta vergonha.

— Seu safado — ela disse. — Você não se comporta nem em público?

Teo envolveu minha cintura por trás e respondeu:

— Eu só quero ficar um pouco com a minha namorada.

Olhei para ele dessa vez.

— Agora eu sou sua namorada? — perguntei a ele.

— Claro que você é.

— Ai, vocês são perfeitos um pro outro — Alana disse, parecendo encantada com nós dois.

Depois que saímos do banheiro, Rosana pagou a conta de nós quatro e nos preparamos para ir embora.

Depois que eu me despedi de Alana e de Rosana, acompanhei Teo até seu carro no estacionamento do restaurante. Ele abriu a porta para mim e eu entrei dentro do veículo.

Em seguida, meu mais novo namorado se sentou no banco do motorista antes de se inclinar na minha direção, selando meus lábios com os seus.

— O que você achou da minha mãe e da Alana? — ele perguntou.

— Eu gostei delas — falei, sincera. — Elas são muito simpáticas — toquei em seu maxilar definido e eu estava prestes a beijá-lo quando notei algo pelo canto do olho.

Rapidamente eu olhei para atrás e tomei um susto com o que estava no banco de trás do carro.

Era uma máscara de palhaço. Uma máscara horrorosa dentro do carro de Teo.

O palhaço.

Olhei chocada para Teo.

Não.

Não é possível.

— Elisa... — Teo começou a dizer, mas eu apenas me virei e abri a porta com tudo.

Logo, eu saí do veículo em pulo, quase quebrando os meus saltos e andei apressada pelo estacionamento.

Eu não acredito.

— Elisa! — Teo chamou atrás de mim. — Isso não é o que você tá pensando!

De repente, eu comecei a correr na tentativa de ficar longe de Teo.

Ele era o palhaço.

O tempo todo era ele.

Eu fui enganada mais uma vez. Como que eu fui burra!

Continuei correndo com o coração na garganta e finalmente deixei o estacionamento para trás, virando na esquina do restaurante.

Não havia ninguém na rua e eu parei de correr, andando em passos rápidos. Olhei para trás com a respiração ofegante e quando virei o rosto para frente, avistei duas figuras caminhando na minha direção.

Rapidamente diminui meus passos conforme as duas pessoas se aproximavam. Bastou mais alguns segundos para eu perceber que as duas pessoas estavam usando máscaras de palhaço.

Ai. Meu. Deus.

Sem pensar duas vezes, eu me virei e comecei a correr na direção da esquina da rua, mas acabei virando o pé e caí de joelhos no chão.

Olhei para trás e meu coração quase saiu pela boca quando vi um dos palhaços bem perto de mim.

Me esforcei para ficar de pé, mas antes de eu dar um passo, fui agarrada por trás, meus pés se suspendendo do chão.

— Me solta! — gritei em desespero, me debatendo como louca. — Me solt...

Me interromperam, tapando a minha boca com a mão enluvada e me viraram na direção do segundo palhaço que estava segurando uma pá.

Esse palhaço começou a raspar a parte de metal da pá no asfalto, causando faíscas e quando a levantou no ar, eu fechei os olhos, ciente de que ele ia acertar a ferramenta diretamente na minha cabeça.

_________________________________________

"Thaissa 2.0" ataca novamente.





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