61. Um Plano Perigoso

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Thiego ergueu os olhos para Patrícia, Carlos e Yasmim, que estavam em choque. As palavras do demônio os atingiram de um jeito que nem ele e nem sua irmã podiam imaginar. Afinal, eles eram moradores de Sombria há mais tempo que os dois irmãos. Toda a sua cultura, todo o seu medo... Nunca tinha sido deles. Era de Gael. Sempre foi de Gael. O demônio construiu a cidade sobre o medo e, nas sombras, reinou sobre ela. Ele já era um rei, mesmo que ninguém percebesse.

Thábata se voltou para o irmão com um olhar preocupado.

— Não podemos entregar a chave pra ele — avisou.

— Não temos escolha — ele disse. — É a vida do César que tá em jogo. E eu não vou perder mais ninguém.

— É muito arriscado.

— Eu sei — disse, abrindo um leve sorriso confiante. — Mas eu tenho um plano.

— E qual seria? — Carlos perguntou, recuperando-se do choque emocional. Patrícia e Yasmim se juntaram a ele.

— É arriscado, mas vão ter que confiar em mim — falou, encarando a irmã, que não parecia nem um pouco animada com aquilo. — Todos vocês.

Cora observou o relógio de pêndulo no hall de entrada

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Cora observou o relógio de pêndulo no hall de entrada. Já se passou uma hora, pensou, espero que o garoto não apareça, por favor, não apareça. Foi quando ouviu a campainha tocar. Droga!

Ela caminhou até a porta da frente e a abriu, encontrando Thiego ali.

— Você deve ser muito idiota mesmo — falou, indignada.

— Diz a mulher que tá trabalhando com um demônio.

— Estou protegendo a minha família.

— Eu também.

Cora — alguém chamou atrás dela. Thiego desviou os olhos e viu Gael descendo as escadas, segurando o corrimão com toda a pompa, como se fosse o dono da casa —, isso não é jeito de tratar as visitas. Deixe que o garoto entre.

A bruxa encarou o adolescente por alguns segundos e deu um passo para o lado. Thiego entrou e Cora fechou a porta atrás dele. O adolescente se voltou para o demônio, franzindo o rosto.

— Visitas? — perguntou. — Que eu saiba, essa ainda é a minha casa.

— Não mais! Vai ser meu quartel general, por enquanto. Eu gosto da casa. É perfeita pra mim, mas mudando de assunto... — Esquadrinhou os olhos pelo adolescente. — Trouxe a chave?

— Sim — Thiego enfiou a mão no bolso e a ergueu no ar.

— Perfeito. — Sorriu.

— E onde tá o César?

O demônio desviou os olhos para a bruxa.

— Cora?!

A mulher acenou com a cabeça e caminhou em direção ao porão.

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