69. Despedidas e Memórias

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Os dias que se seguiram em Sombria foram cheios de novidades. Todos os moradores comentaram sobre a súbita tempestade que quase estragara a quermesse e desapareceu tão rápida quanto surgiu. Os meteorologistas da capital explicaram que provavelmente teria sido uma tempestade elétrica, o que os cidadãos acabaram aceitando, já que não entendiam nada mesmo.

Mas, infelizmente, esse não tinha sido o único assunto que tomou Sombria. Os moradores daquela cidadezinha não esperavam descobrir algo que era quase digno de um filme. Após algumas semanas, os policiais da cidade trouxeram a público que Sombria havia abrigado dois assassinos.

Segundo alguns depoimentos, um rapaz e uma senhora asiática se instalaram na cidade e, ao que tudo indicava, queriam roubar o museu e o dinheiro arrecadado na quermesse. Os mesmos tinham sido visto no hospital da cidade e até na delegacia, provavelmente estudando a vigilância dali. Dizem que eles foram ao local do crime algumas vezes e numa dessas idas encontraram Pamela e Saulo. Por infelicidade do destino, ambos se tornaram vítimas, já que seus restos mortais foram encontrados dias depois enterrados nos fundos do museu.

Infelizmente, eles não foram as únicas vítimas. A notícia que se espalhou pela cidade era que dois bravos moradores descobriram seus planos malignos e acabaram confrontando os assassinos. Seus nomes eram Marcos Feitosa e Cora Vilar. Os dois interceptaram os criminosos no Casarão Silveira, que segundo seus moradores, seria alvo deles também. Aparentemente, os bandidos concluíram que não havia nada de valor no museu e seguiram para uma das casas mais antiga da cidade, em busca de algo valioso, antes de retornarem a festa e tentarem roubar o dinheiro.

Marcos e Cora tentaram impedir os assassinos, mas, infelizmente, foram mortos dentro do Casarão Silveira. Thábata, Thiego e César, testemunharam dizendo que os dois estavam ali tentando protegê-los, mas acabaram sendo assassinados. Patrícia e Carlos também testemunharam, confirmando a história.

No final, os supostos assassinos tinham fugido. Marcos e Cora foram tratados como heróis e tudo voltou a ser como era antes.

Na casa de Cora, Yasmim e sua mãe arrumavam as coisas dela, empacotando vários objetos e sentindo as lembranças emergindo em cada um deles

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Na casa de Cora, Yasmim e sua mãe arrumavam as coisas dela, empacotando vários objetos e sentindo as lembranças emergindo em cada um deles. Elas encontraram uma carta fúnebre, detalhando os últimos desejos de Cora. A bruxa queria ser cremada, não enterrada. Sua justificativa era que nunca sentiu que pertencia a algum lugar, e não era depois da morte que ia querer pertencer.

Após fazerem uma pausa, a neta realizou o pedido da avó, dizendo à mãe aquela misteriosa frase:

A ti revelo a verdade que está escondida em sua mente. — Ao dizer aquilo, viu os olhos da mãe se tornarem completamente brancos e, então, voltarem ao normal. Ela ficou surpresa com aquilo.

Judith começou a chorar, emocionada, o que fez Yasmim franzir o rosto em curiosidade.

— Mãe? — a adolescente a chamou. — O que houve?

Chaves Tropicais [✔]Where stories live. Discover now