.Epílogo.

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Autógrafos. Dá pra acreditar?! Eu, Bruna Garlick, estava dando autógrafos para pessoas que nem sequer conhecia!

Isso era estranho.

Naquele dia fazera exatamente um ano que meu livro havia sido publicado, por isso a tarde de autógrafos: era uma comemoração.

Após assinar mais de cinquenta livros, minha mão já estava doendo e, por isso mesmo, decidimos fazer uma pausa.

Caminhei até uma porta no fundo da sala que dava passagem para outro cômodo, onde estava a minha família, meus amigos e meu namorado, é claro.

— Olha se não é a melhor escritora do mundo inteiro — assim que me viu, Christian abriu um sorriso enorme, foi ao meu encontro e colocou um selinho em meus lábios.

— Eca!

Adivinha que reclamou? Muito bem: Emma!

— Cala a boca, pirralha — falei sem conseguir conter o riso enquanto afagava seus cabelos.

— Bruna, agora que você é rica, será que tem como me dar uma bicicleta nova logo?! Eu não aguento mais aquele trambolho que tem lá em casa! — Emma reclamou de novo e não consegui não rir.

Talvez ela estivesse passando por uma puberdade precoce, já que minha irmã estava prestes a fazer oito anos e estava apresentando grandes mudanças em seu humor.

Eu não discordei. Claro, eu não era rica, mas era isso que iria dar para Emma na semana que vem como presente de aniversário.

— Eu estou cansada — suspirei enquanto sentava em um sofá que havia na sala.

— É, claro! Quem iria aguentar ficar duas horas escrevendo o próprio nome sem nenhum descanso?! — foi Jhonatan quem disse.

Infelizmente seu relacionamento com David durou só seis meses, mas em compensação, Jhonatan não estava mal com isso e decidiu que iria seguir em frente e procurar por mais pessoas. Eu disse a ele que se estivesse triste, era para viver a tristeza e não fingir que estava tudo bem quando não estava — eu dando conselhos sobre sentimentos, irônico, não? —, mas ele disse que estava tudo bem e que na verdade o término foi como tirar um peso das costas, já que o relacionamento dos dois andava meio cansativo para ambos os lados.

— Previsão para o próximo livro? — dessa vez, quem questionou foi Hillary, com um sorriso no rosto.

— O QUÊ?! Você está louca?! Eu nem sequer comecei a escrever! — todos riram do meu desespero, o que conduziu meu riso também.

Já Hillary se descobriu bissexual, no entanto há algumas semanas, Adam e Hillary assumiram o namoro, nunca vi um casal tão apaixonado quando eles — tirando eu e Christian, é claro.

— Não está com fome? Posso pegar algo para você comer, se quiser, querida. — meu pai perguntou, mas eu realmente não está com fome.

— Eu não sou sua querida! — Imediatamente tampei minha boca com minha própria mão.

Eu tinha lido A Seleção já tinha um tempo, e por algum motivo eu não conseguia mais ouvir a palavra "querida" sem lembrar da frase. Mesmo achando a série bastante machista e o segundo livro bem irritante e problemático. Mas eu simplesmente não conseguia me conter: era meu instinto animal dizer a frase toda vez que ouvia a palavra.

Meu pai me lançou um olhar mortal.

Pedi desculpas e respondi sua pergunta, falando que não estava com fome.

— Você precisa parar com isso — Christian sussurrou perto de mim.

— Eu sei, mas é impossível! — Ri outra vez e Christian repetiu meu ato.

— Temos quanto tempo? — ele perguntou baixo outra vez.

— Tempo suficiente. — Levantei e peguei em sua mão, o conduzindo até um lugar mais reservado.

Acho que não preciso dar detalhes do que aconteceu, preciso?

Acho que não preciso dar detalhes do que aconteceu, preciso?

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