24. Gostava?

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.Bruna.

     Havia ido para o Clube de Literatura essa semana. Até que foi... interessante.

     Era mais como uma sala com pouquíssimos alunos e uma professora que acabara de assumir o cargo, que falavam sobre determinado livro, compartilham experiências com a escrita... Nada de mais.

     O que mais me impreciona é que Stra. McKenzie já trabalhou em uma das maiores editoras do país e mesmo assim, desistiu de tudo que construiu para dar aula! Disse que esse sempre foi seu maior sonho: ensinar. A editora era mais uma experiência, por isso não foi nenhum pouco difícil para ela largar aquilo. A admiro por isso.

     Faltam apenas alguns capítulos para terminar All About Angels — esse foi o título que dei ao meu românce. Realmente estou sendo bem produtiva. Escrevo entre dois e quatro capítulos por dia.

     Pelas minhas contas, terminarei  de escrevê-lo essa semana.

     Ouço batidas leves na porta e deixo que, seja lá quem for, entre.

    — Bruna? — meu pai chama antes mesmo de entrar no quarto.

    Desvio os olhos da tela do notebook para olhá-lo: está com um sorriso radiante no rosto, parece feliz.

     — Vamos sair! — Avisa com ainda mais empolgação.

    Franzo as sobrancelhas um tanto confusa.

    — Apenas se arrume — diz por fim, antes de fechar a porta.

    Ainda sem entender muita coisa, caminho até meu armário e faço o que ele pediu.

    Em menos de dez minutos, já estou pronta. Uso apenas uma calça jeans simplesmente e moletom. Moletom de quem? De quem? Adivinha? Adivinha???

   Do Mateo, muito bem.

   Desço as escadas o mais rápido que posso.

   — Para aonde vamos? — pergunto ao chegar na sala.

   — Você vai ver. — meu pai falou com um sorriso muito suspeito no rosto.

    — Ah, e o Adam irá junto — Mateo é quem diz dessa vez.

    Bufo. Por que ele precisa passar tanto tá assim com a gente? Ele tem uma família! Não é com se tivéssemos adotado ele.

...

     — Um parque? Fala sério!

     Reviro os olhos ao chegar no local.

   — Ah, agora vai dar uma de adulta e dizer que isso é muito infantil? — minha mãe debocha.

   — Não é isso. É só que... não existe lugar mais cheio do que um parque aos sábados.

   Desta vez vez minha mãe é quem revira os olhos.

   — Ah, deixa de frescura. Vamos! — Adam pega em minha mão e passa a correr comigo para algum lugar que desconheço.

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