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ESTUDAR NO SAINT LOUIS ERA como viver preso em um paradoxo: a qualidade da infraestrutura e das atividades parecia o paraíso, mas a quantidade absurda de tarefas e avaliações fazia a gente se sentir no inferno, tendo os próprios professores como nossos carrascos. Eles nem mesmo pegaram leve por ser início de ano letivo e já passaram trabalhos o suficiente para até o fim do carnaval!

Eu meio que já estava acostumada com o ritmo frenético dos estudos, mas, de vez em quando, simplesmente queria rasgar meus cadernos e entupir a privada com as páginas. No entanto, com Hiero em casa, eu tinha de me controlar para não dar a louca.

Aliás, havia muitas outras coisas rotineiras que eu me sentia inibida de fazer por causa da presença dele. Como por exemplo, sair do quarto de baby-doll ou com máscara de beleza no rosto (e sem maquiagem então, nem pensar!); beber o resto de refrigerante no gargalo; deitar-me espalhafatosamente no sofá para ver televisão enquanto destroçava de forma super "delicada" um pacote de Doritos; e por aí vai.

Mas a peça da vida mudara, e meu papel agora era o da "moça-comportada-de-família". Eu me impressionava tanto com minhas habilidades que até cheguei a considerar em seguir a carreira de atriz.

Ugh, você me dá arrepios — Bruno esfregou os braços como se estivesse se tremendo de frio após eu gentilmente me oferecer para lavar a louça da janta em seu lugar. — Tomara que esta doença mental não seja de família!

— Que isso, bobinho! — Sorri candidamente. — Tenho lido muito Jean-Paul Sartre. "Não fazemos o que queremos e, no entanto, somos responsáveis pelo que somos: eis a verdade". É uma boa meditação. — Pisquei um olho.

Ele olhou para mim como se eu fosse um alienígena.

— Ah, Beaaa, lava pra mim também... — Mikhael choramingou enquanto ele e Hiero colocavam os pratos e travessas na pia. — Aliás, você tá tão boazinha nestes dias... Nem briga mais comigo...

A vontade era de dar um cascudo naquele cabelo arrepiado.

— Oras, mas eu sempre fui legal assim, Mikhelzinho. — Minhas palavras saíam adornadas de flores.

— Eu hein, credo, pirou na batatinha foi? Desde quando...

— Vá assistir televisão com o Bruno, vai. — Eu o empurrei para fora da cozinha. — E só vou lavar na sua vez se suas notas saírem da média. Então é melhor largar o Game Boy e começar a estudar, mocinho!

O pirralho me deu a língua e saiu correndo para a sala.

Voltei com um sorriso angelical (embora a vontade fosse de também dar a língua), torcendo para que Hiero fosse desligado o suficiente para pescar algo.

— Posso ajudar em alguma coisa? — ele perguntou educadamente.

Confesso que as duas semanas passadas revelaram um Hiero muito diferente daquele em minha imaginação. Até agora, tinha se mostrado prestativo e responsável, sem querer invadir a privacidade da nossa família. Também não me tratara mal ou revelara nosso segredo ao pessoal da escola. Ainda assim, às vezes eu podia perceber uma aura muito estranha emanando dele.

Segredos dele, Mentiras delaTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon