L2|| XXII. Un Cirque Psychologique

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ALEXIS

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ALEXIS

Sigo um silêncioso Bauer por um longo e semi-escuro corredor composto de chão rústico e paredes de metal assim que ele me "permitiu" entrar aqui.

Não fiquei surpresa que precisei de algum tipo de passe mágico dado por ele. Imagino que o tal "hotél" esteja sob pesadas defesas invisíveis e que as senti queimar um pouco daquele símbolo que tenho nas costas entre as asas.

Não comentei a respeito disso. Seria essa barreira específica para mim e Verena? 

Sem respostas, apenas controlo minha respiração e continuo andando. A quantia de passos que temos que dar parecem eternos. Depois do corredor, uma escadaria de ferro nos levou para o subsolo espaçoso e sem janelas, iluminado por luzes cinzas em todas as paredes. Na entrada do salão há caixas de madeira, algumas fechadas, algumas abertas com objetos estranhos dos quais não reparo muito agora.

Ao passar por eles, já posso ouvir algumas vozes. Meu sangue esfria, mas posso sentir o nervosismo ser moldado em alegria. 

Especialmente quando paro e finalmente a vejo, de costas para onde estou.

É ela.

Estatura tal qual a minha, cabelos vermelhos e longos até a cintura.

Mabelai.

Meu coração pára.

— Chegou. — um homem que não conheço diz.

Mabel o ouve e se ergue de onde se senta. Posso ver que tem dificuldade de se colocar de pé, mas aos poucos o faz, enquanto estou congelada lembrando de tudo o que passei até aqui, pensando em qual será a primeira palavra que vou dizer para minha irmã.

O nervosismo cai por terra assim que ela finalmente se levanta e vira para mim. Com um fraco sorriso, avisto os traços que eu deveria reconhecer de seu rosto contornados pela cinza e fria luz que ameniza o choque do momento. Eu acho que sorrio de volta, não sei dizer, não me movo.

Parada ao lado de Dimitri, espero pelo próximo acontecimento. 

Não saber quem ela é, quem fui ou quem fomos me pesa mais do que esperei. Não saber todas as condições que nos colocaram aqui neste momento é uma pedra que eu sei que deveria, mas não sei como deixar de lado. 

Ainda assim, ela parece sorrir sem timidez. Será que também se esquecera de tudo, assim como Verena e eu? Após alguns segundos de incerteza e impasse entre nós, o pesado silêncio apaga a presença de todos os outros aqui e para mim, só resta nós duas. 

Ela vem em minha direção com pensados passos, que ficam mais rápidos para que ela se aproxime e me abrace. 

É estranho por um momento. Abraçar minha irmã que não conheço, mas pela qual tanto procurei e tanto significa para mim. 

Mabelai, finalmente aqui.

— Alexandrai! — ela exclama.

Eu posso sorrir. E com a tranquilidade que há muito não sentia, dentro de seus braços que me apertam eu finalmente o faço. Quando percebo que não a abraço de volta, múrmuro um pedido de desculpas contra seu ouvido. Minha voz mal sai, se entrelaçam a alegria que corre fora de meu controle. 

ADARISOnde as histórias ganham vida. Descobre agora