Capítulo 164

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- Soph, você está bem? - segurou seus cabelos enquanto vomitava.

- Meu Deus! - estava trêmula e gelada - o que foi isso?

- Não sei, você sentiu o que? - abaixou a tampa do sanitário fazendo Sophia sentar no mesmo.

- A comida, tinha um gosto estranho - estava se lembrando, a ânsia veio novamente fazendo ela levantar a tampa e soltar tudo.

Micael segurou seus cabelos, estava preocupado.

- Vamos pro hospital.

- Não, eu não quero - estava pálida.

- Você precisa ir, Sophia.

- Você é médico, eu não preciso ir.

- Sou fisioterapeuta e não clínico - ficou bravo - vamos pro hospital, agora.

- Micael, eu não quero - estava tão fraca, por Deus o que tinha comido?

- Não tem o que discutir - pegou ela no colo saindo do banheiro, estava fraca em suas mãos fortes.

O moreno buscou a chave do carro colocando Sophia deitada no banco de trás, deixou com ela um balde pra caso de emergências com ânsias. Foram até o hospital, ele evitava fazer o máximo de curvas possíveis.

- Micael, que mico - estava sendo carregada por ele ainda.

- Por que mico? Você quer vomitar no chão do hospital enquanto anda?

- Eu quero sair daqui, eu estou bem - se queixou.

- Se estivesse bem não vomitaria as tripas - pegaram o elevador.

- Pra onde estamos indo?

- Clínico geral.

- Micael, eu não estou doente!

- Você vomitou, Sophia. É claro que eu vou ficar preocupado.

- Deve ser uma virose, ou uma infecção, já disse que não gosto de comer comidas japonesas, ainda mais em delivery.

- Vou fingir que acredito - saíram do elevador indo até a sala do clínico geral que por sorte tinha plantão.

Micael deu duas batidas na porta e entrou com Sophia, o clínico de cabelo grisalho achou graça.

Não era todo dia que via um homem carregando no colo uma mulher, sem fazer alguma ficha e avisar ele.

- Micael - riu leve - como vai?

- Doutor Raul, essa é a minha noiva - sentou Sophia na cadeira - ela passou mal, vomitou todo o jantar.

- Olá, mocinha - pegou um bloco de notas - você vomitou do nada?

- Estava jantando e senti um gosto horrível, corri pro banheiro - se queixou de frio encolhendo os ombros.

- Hum - Raul saiu de sua cadeira indo de encontro com Sophia, mexeu em suas têmporas - sente alguma dor aqui? Quando pressiono.

- Não - disse leve.

- O globo dói? - checou os olhos de Sophia com a pequena lanterna apropriada.

- Também não - piscou várias vezes.

- É - coçou o maxilar - eu vou mandar você para o ambulatório, pra ter questão que meu diploma de medicina não está errado - riu deixando os dois confusos.

- Obrigado Doutor Raul, voltamos daqui a pouco.

- Aguardo vocês - sorriu vendo Sophia e Micael deixar a sala.

A loira estava tão pálida que poderia desaparecer se fosse sua mãe na época falando, era tão exagerada, assim como Sophia. Foram até o ambulatório entrando na sala com ar condicionado forte e cheiro de éter misturado com álcool. Sophia sentou-se na cadeira afofada enquanto Micael ficava escorado esperando pela enfermeira.

- Desculpe a demora - a moça entrou, era aparentemente jovem - vi o chamado do Doutor Raul agora.

- Não tem problema - Micael sorriu.

- Você tem medo de agulha? - brincou com Sophia que viu a enfermeira tirar uma seringa da caixa e logo após a agulha.

- Depois de tantas cirurgias, não tenho - ela riu.

- Então está bom, tem gente que não aguenta a pressão - foi até o braço branco de Sophia verificando suas veias.

Passou o algodão com álcool revelando suas veias mais visíveis, foi com a agulha rápido tirando o sangue necessário de Sophia e guardando no frasco.

- Prontinho, o exame sai daqui a duas horas.

- Só isso? - Sophia perguntou.

- Estamos com novos recursos, não vai demorar nada. Podem esperar na sala ou até mesmo lá em baixo.

- Vamos ficar na minha sala, obrigado - Micael disse sorrindo docemente. Pegou Sophia escorando ela pelo seu braço e foram até sua sala.

Tinham duas horas pra saber o que realmente era.

As Sessões - The SessionsWhere stories live. Discover now