Capítulo 88

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- Até meu pau está congelando - entraram dentro da casa, Micael deixou Sophia perto da lareira acendendo em seguida.

- Isso é bom, você não vai ficar excitado a todo o momento.

- Você que pense - ela riu.

- Trouxe todas as malas?

- Trouxe sim, estão todas aqui - foi de encontro com Sophia - está mais quente.

- Eu gosto de climas frios, é bem melhor do que o clima de Denver.

- Que tal tomarmos um chocolate quente enquanto nos enrolamos nas cobertas? - optou.

- Ótimo, eu quero o meu com marshmallows.

- Não força - o moreno riu indo até a cozinha americana, abriu os armários que até gritaram de horror.

- O que houve?

- Não tem nada aqui, só uma granola velha - pegou o saco franzindo o cenho.

- Vamos ter que ir no mercado?

- Tecnicamente sim - buscou o celular no bolso - vamos tomar um banho e sair, assim quando chegarmos já ficamos quentes.

- É uma boa - a loira sorriu.

Tomaram um banho e foram até algum mercado que fosse perto da casa, lógico que não acharam nenhum, os mercados grandes ficavam apenas no centro da cidade, como de costume.

- Toma, não precisamos de um carrinho hoje - entrou a cestinha pra Sophia que segurou enquanto Micael andava com a cadeira levemente nos corredores.

- Precisamos de chocolate em pó e um pacote de marshmallows - a loira decretou, Micael foi na sessão de chocolates.

- Pronto - colocou na cesta - o que acha de fazermos uma compra reforçada? Não tem nada no armário.

- Pode ser - pausou - creme de avelã, isso é ótimo.

- Você quer levar?

- Só se a gente usar pra outra coisa - olhou maliciosa.

- Você tem tesão por fazer sexo com comidas? - riu leve.

- Ficaria uma cena engraçada, imagine você colocando creme de avelã nos meus mamilos e chupando depois, que nem naquele filme.

- Não seria tão ruim - foi a vez de Sophia rir.

A compra dos dois foram de pura besteira, o que prestava ali era o macarrão e alguns legumes com temperos, passaram no caixa e foram pra casa repletos de sacolas.

- Será que agora dá pra gente tomar um chocolate quente? - Sophia perguntou encarando a lareira acesa, estava se aquecendo.

- O leite está fervendo, apressada - riu colocando um cobertor no corpo da loira.

- Micael, me explique uma coisa.

- Diga - foi até o fogão verificando.

- Quando eu achar um novo doador e fazer a cirurgia - engoliu seco - eu vou voltar a andar de verdade ou vou ficar que nem aqueles velhos da praça Holdman com bengalas esquisitas? - ele não se aguentou e riu.

- Meu amor, é claro que você vai andar - explicou - vai levar um tempo pra você ficar que nem eu, mas vamos treinar bastante.

- Eu não quero que demore - suspirou.

- Infelizmente vai - colocou o leite em duas canecas jogando o chocolate em seguida, abriu o pacote de marshmallows colocando dois na caneca de Sophia. Andou até ela.

- Um passo de cada vez - sorriu pegando a caneca - obrigada.

- Minha vez de te fazer uma pergunta - sentou no colchão que tinha ao lado da cadeira e de frente para a lareira.

- Pode mandar - encarou ele.

- O que você sabe sobre pessoas masoquistas?

- É sério? - riu incrédula.

- Eu quero saber a sua opinião sobre isso, quer dizer - engoliu seco - sei lá, a sua opinião.

- Se as duas pessoas estiverem de comum acordo, por mim tudo bem.

- Eu tive a mesma ideia que a sua - não teve não.

- Mas deve ser excitante, ainda mais a mulher fazendo no homem - queria se aprofundar no assunto - por que essa pergunta?

- Nada, eu só queria saber da sua opinião. É que cada um tem uma, não é?

- É sim - bebeu o chocolate - não sei você mas já estou ficando cansada.

- Quer dormir um pouco? Eu também estou com a vista doendo - queixou-se, afinal dirigir por sete horas não era fácil.

- Vamos nos deitar, eu iria propor em assistir TV mas aqui não tem.

- Não vamos precisar - sorriu deixando a caneca de lado.

Foi até Sophia levando a cadeira ao quarto, a cama era de casal, cada lado com criado mudo acompanhado de dois abajures. Micael retirou a camada de coberta colocando Sophia na cama que se ajeitou do jeito que podia, estava muito frio, foi a vez dele de se acomodar ao lado da loira, se cobriu e encarou a mesma que não demorou pra fechar os olhos.

Era o cansaço, se não fosse por isso sondaria Sophia a noite toda, como adorava fazer.

As Sessões - The SessionsWhere stories live. Discover now