Capítulo 25

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Micael e Molly entraram no tal barzinho, era meio escuro lá dentro e não tinha quase ninguém. Sentaram nos bancos grandes em frente ao balcão e pediram suas bebidas.

- Você mora aonde, Micael?

- Eu moro em Denver, estudo fisioterapia na faculdade Stollen.

- Que maneiro - bebeu sua cerveja - eu nunca quis fazer faculdade, sei lá.

- Por que? Não curte estudar?

- Na verdade eu sou bem fraca pra estudos, minha mãe sempre pegou no meu pé.

- Isso não é nada legal.

- Não é mesmo - ficaram em silêncio.

Conversa vai e conversa vem, Micael e Molly ficaram até o estabelecimento ser fechado, o dono tinha que tirar eles de lá, mas os mesmos não queriam sair, a conversa estava sendo prazerosa e divertida, Molly era muito legal.

Micael pagou uma bebida a menina e assim os dois saíram do barzinho, andaram até um pier perto dali e optaram por beber lá. Molly gostava da companhia do moreno.

- Você tem namorada?

Como responder essa pergunta?

- Você tem? - boa, Micael.

- Perguntei primeiro, nem vem - ela riu.

- Eu não sei.

- Como assim não sabe?

- É bem difícil de você ficar sabendo - os dois riram.

- Eu nem te conheço direito mas queria te pedir uma coisa.

Lá vinha bomba.

- O que?

- Eu tenho uma namorada - engoliu seco - e ela quer transar comigo mas eu menti pra ela.

- Pera aí, você é lésbica?

- Sou sim - respirou fundo.

- E você quer que eu te ajude?

- É.

- E como?

- A gente nunca transou e ela quer dar mais um passo na nossa relação, eu disse pra ela que tudo bem mas na verdade eu menti.

- Garota, não me diga que você ainda é virgem?

- Eu sou - Micael ficou pasmo - eu não deveria ter mentido mas foi mais forte que eu.

- Puta merda, puta merda - andou de um lado para o outro - primeiro, isso é ótimo porque é raro encontrar meninas de dezoito anos com hímen. E segundo, como você quer que eu te ajude?

- Transando comigo.

- OI? - arregalou os olhos.

- Eu não sinto nenhuma atração em você, te conheci agora e eu preciso não ser virgem, assim quando eu for transar com ela não vou estar mais mentindo.

- Acontece que você vai mentir duas vezes pra ela.

- O que?

- Você não está sendo fiel, se você transar comigo automaticamente isso será traição.

- Eu não posso mais mentir pra ela.

- Então não mentisse da primeira vez.

- Vai cara, você precisa me ajudar. Nem namorando você está.

- Acontece que eu amo muito ela e nem a pau eu vou transar com você, isso ia ser pedofilia.

- Por acaso você tem quarenta anos? - perguntou irônica.

- Molly, eu não vou tirar sua virgindade. Ponto.

- Por favor - ficou na frente de Micael - eu tenho dinheiro, podemos pagar um motel bem rapidinho, vai ser coisa de minutos. Eu li na internet.

- Molly, não.

- POR FAVOR - impediu Micael novamente, seus olhos brilhavam - se você não fizer isso não sei o que vai ser de mim. Eu amo muito minha namorada e ela vai ficar puta se me machucar desse jeito, eu conheço ela. Estou enrolando ela faz uns meses já, por favor.

Era errado, muito errado. Micael nem conhecia a menina, fazia algumas horas. Ela tinha namorada e queria perder a virgindade com um homem, doeria mil vezes do que um dedo. Estava loucamente apaixonado por Sophia, mas não tinha relação fixa alguma. Sua cabeça dava tantas voltas que o coitado parecia enjoado, ele não sabia o que fazer.

- E aí, o que me diz? - Molly esperava uma resposta, aquilo seria tudo.

- Vamos logo - disse frio puxando a menina - eu tenho muito o que beber ainda.

As Sessões - The SessionsWhere stories live. Discover now