Não, não, não!

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- Vai ficar tudo bem...- Sussurrou segurando fortemente em minha mão.

- E se não ficar? - Perguntei.

- Tenho certeza de que irá. Dr. Debrah é uma ótima Psicóloga.

Estávamos numa clínica de Psicológica.
Nunca imaginei-me numa clínica
Psicológica. Foi difícil dirigir-me até aqui, acreditem. Dylan convenceu-me toda a manhã.
Vim por pizza, havíamos entrado em um acordo, por mais irônico que seja.

- Eu não sei o que dizer... Por onde começo? Como termino? E se ela perguntar algo e eu não souber responder? Quero ir embora, Dylan.- Levantei-me. Ele segurou-me pelo pulso.

- Calma...No início, obviamente, ela irá te faz algumas perguntas, mas poucas e fáceis. Tenho certeza de que saberá respondê-las. Depois ela irá te analisar. Você irá se sair bem.

- E irei vir aqui por muito tempo?

- Até o tempo que Debrah determinar.

- Mas, Dylan... Eu não quero.- Fui interrompida.

- Maryanne. Maryanne Campbell Navarro. - Manifestou-se a secretária.
Estremeci por inteira.

- Não irei. - Sussurrei com os olhos arregalados.

- Mary...- Olhou-me. Haviam uns quatro, cinco pacientes por ali.
Alguns estavam distraidamente olhando as revistas. Outros pareciam não está neste mundo.

- Eu não quero. Estou com medo! - Murmurei.

- Não tenha medo. Não é nada demais.

- Maryanne Campbell? Senhorita Campbell? - Chamou-me novamente a secretária.

- Nada demais? Está aqui é como está na casa de um bicho de sete cabeças, Dylan! É difícil para mim socializar! Além disso, odeio lugares assim... Estranhos! Cujas pessoas parecem doentes! Eu não sou uma doente!- Murmurei - Entre comigo, por favor... Ficarei em silêncio e você responde por mim.- Implorei com um olhar penoso.- Você sabe dialogar... Tem argumentos singelos, um vocabulário rico e eu não.
Mal sei sinônimos e antônimos para dizer palavras venustas e conversar com fineza.

- Ela não quer palavras venustas, mas sim genuínas. E você não é uma doente.
Eu queria entrar, mas não posso. Debrah deixou claro.- Segurou em minhas mãos.

- Senhorita Campbell? - Chamou-me outra vez.

- Eu prometo ficar bem. - Sussurrei - Eu não preciso de uma Psicóloga, Dylan. Eu não quero que ela ouça meus problemas, não quero que ela saiba da minha vida. Não quero compartilhar minhas histórias, sejam elas ruins ou boas, com ela. Entenda-me!

- Eu te entendo, mas você ficará ainda melhor se entrar por aquela porta. Você não está tendo controle sobre suas emoções nos últimos dias. Isso é preocupante. Você pode... pode desencadear uma depressão. E eu não quero isso, Mary.- Olhou-me fixamente.- Entre por mim.- Sussurrou.

- Maryanne Campbell, está presente?

- Eu entro...- Suspirei - Por você. - Olhei-o - Por mim eu jamais pisaria aqui e em qualquer outro consultório.

- Se entrar sem receio, te levar ao cinema.

- Pensando bem, eu entro. Mas quero ir logo, logo. Não mês que vem ou no próximo ano.

- Quando quiser.- Acariciou meus fios de cabelo.- Agora vá.

- Última chamada, Maryanne Campbell Navarro.

- Já vou! - Resmunguei.

Logo curvei o corredor e entrei na sala com o coração palpitando.
Nunca gostei dessas coisas.
De abrir-me com pessoas desconhecidas.
Bem, apesar de ter aberto a Dylan. Mas não sentia-md desconfortável com sua presença.

Desventuras De MaryanneWhere stories live. Discover now