Prazer, sou Dylan...

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- Por favor, saia, não iremos te fazer mal algum, jamais. - Disse um dos rapazes.

- Não. Vocês irão matar-me! - Exclamei temerosa.

- Não iremos te matar, tudo bem? Nós... Nós vamos retirar seu cérebro para uma simples experiência. Mas não se importe, logo devolvemos! E também observar seus rins e talvez, fazer o uso de um, aliás estão a preço de ouro.

- Não diga isso, Audrey, i assustá-la ainda mais...

- Vocês são um bando de alienados. Irei chamar a polícia.- Murmurei.

- Estou brincando, Dylan, apenas.- Gargalhou.

- Mas esse tipo de brincadeira não está ajudando, Audrey.- Suspirou - Perceba, não tem por que ligar para a polícia. Podemos resolver isso trocando palavras. Vamos, retire-se. Somos gentis, caso contrário, por que te esperaríamos acordar para matá-la?

- Nunca se sabe, ora. Há assassinos que sentem prazer em perceber dores alheias. Portanto, não irei sair daqui... Não os conheço, como posso confiar em vocês?

- Já faz duas horas que você está aí e nós aqui, tentando te convencer. Não gritamos, não chutamos a porta, não estamos te obrigando, mas sim pedindo para que saia. Tem duas horas que você está bem, tem duas horas que não te fizemos mal algum. Como ainda não pode confiar em nós? Está apenas hesitante acerca de tudo o que está ocorrendo. Mas podemos te explicar os motivos pelos quais está aí, neste quarto e em outra casa. Os motivos pelos quais seus ouvidos não reconhecem estas vozes.

Calei-me. Aliás, por que estou aqui?

- Ela não irá sair. Deixe-a quieta, Dylan.

- Entenda, ela está mal. Não podemos deixá-la sozinha!

- Mas estamos atrasados! Todos já foram, menos nós!

- Pode ir. Chego lá em uma hora.

- Tem mesmo certeza?

- Sim.

- Então tudo bem. Mas se aquela cobra da sua namoradinha questionar-me irei dizer a verdad...

- Sim. Diga a verdade. Estou com a garota e não posso deixá-la sozinha, seria um desrespeito de minha parte. Caso ela queira, diga para vir para cá também, para nos fazer companhia.

Escutei passos largos retirarem-se. Logo em seguida um silêncio ensurdecedor.
De repente o barulho de algo arrastando-se se manifestou.

- Maryanne, não é mesmo? - Indagou. Fiquei novamente em silêncio.- Não irei te machucar, juro.

- Acho que sim. - Disse sentando-me perto da porta.- Mas como tem conhecimento de meu suposto nome?

- Não há como esquecer. Seu nome era dito todas as noites durante o jantar. É mesmo a verdade, não duvide. E por incrível que pareça, eu tinha vontade de escutar.

- Quem o pronunciava? - Perguntei.

- Marcus.

- Esse nome... M-Meu pai? - Perguntei.

Desventuras De MaryanneWhere stories live. Discover now