Desculpe? Desculpe.

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É novamente outro dia

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É novamente outro dia. Bem, outra manhã. Não vi o dia de ontem terminar de passar, porque meus olhos estavam ocupados demais derramando outra vez, demasiadas lágrimas. Eles não se cansam.

Os ponteiros do relógio marcam oito horas, trinta e seis minutos e quarenta segundos, no qual meu coração está doendo.
Não é dor de doença, visto que é uma doença, mas é de amor ou desamor ou rancor, não sei ao certo.
Além das minhas pernas, que latejam incessantemente. Estou perambulando de um lado para o outro desde ás cinco da manhã, tentando tomar uma decisão que corroe-me...

Ontem, durante a tarde, não troquei uma palavra sequer com Dylan. Talvez seja porque não tenha o visto depois, pois tranquei-me neste quarto e não mais sai nem para comer.
Menti em todas as batidas sobre a porta de Gregory, Nicholas e Audrey, dizendo que estava sentindo dor de cabeça.
Sempre sobra para a cabeça.

Eu o vi sair ontem á noite para ir a faculdade, já que seu período é noturno, e depois ao trabalho, pela janela.
Não. Não consegui dormir, meus olhos parecem querer saltar para fora de tão inchados, além do meu corpo querer repousar para não mais levantar.
Porém, quando menos percebi, já estava espiando-o. Foi mais forte que eu.

No entanto, ele não estava bem. Não sei quantas vezes chutou a grama e sussurrou algo para si mesmo.
Além de querer arrancar seus fios de cabelo em cada puxão que dava.
Ele não procurou-me porque também sabia que não era um bom momento e eu não procurei-o, já que nós dois estamos errados, pois, ele beijou-me e eu cedi, porque não tive forças.
Mas estou tentando criar agora.

Acredito que ele já tenha voltado, escuto altos murmúrios no andar debaixo.

- E-Eu irei apenas desculpá-lo e ele desculpar-me. Pronto, tudo voltará a ser como antes. Tudo irá se resolver. Até porque, foi só um beijo. Uma vez que até pensei em ir embora novamente sem rumo, já que eu não tenho rumo, porque não iria conseguir olhar em seus olhos, nunca consigo logo de início trocar olhares quando sinto algo por alguém que talvez sinta por mim também, não que eu esteja sentido algo por Dylan, é apenas uma confissão... Ou talvez esteja? Não, não estou. Não irei apaixonar-me por um beijo, irei? Ahhhhhh, Maryanne, pare! - Sussurrei entredentes.-
Entretanto não fui, pois lembrei-me que ele foi o único que socorreu-me e que se não fosse por ele, não estaria aqui. Apesar de ainda não ter pedido-me perdão, ele se arrependeu.
Também seria mais que uma idiotice de minha parte fazer isso. Além de estar agindo conforme uma adolescente mimada. Algo que não quero me tornar. Tenho que colocar em mente que acidentes acontecem... O corpo humano ás vezes é falho e algumas coisas tornam-se incontroláveis. E assim como ele disse, devo aprender a passar por nevoeiros. Neste caso, o amor. Porém, irei cortá-lo antes que cresça e floresça.- Sussurrei. Logo caminhei vagarosamente até a porta.
Assim que a abrir, antes mesmo que eu colocasse meus pés para fora, deparei-me com Dylan setado sobre o carpete do corredor. Ele logo levantou-se. Nos entreolhamos em silêncio por alguns minutos.
Eu estremeci. Gelei. Vi-me como uma pessoa muda. Meu coração acelerou rapidamente.
Quase fechei novamente a porta, mas algo impedia-me e insistia para que eu continuasse ali.

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