O que ela está fazendo aqui? 🆗

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- Valeu por sua generosidade em me ajudar... Eu não sabia que Geografia era tão fácil e dinâmica.- Disse caminhando até a porta da minha casa. Havia passando as duas horas de uma intensa chuva na casa de Noah, o novo vizinho.
Foi meio difícil terminar a tarefa com as folhas do livro e caderno molhados. Mas consegui. E decerto que, não ficamos duas horas fazendo uma atividade extremamente estressante de uma matéria irritante, fizemos algo ainda mais prazeroso e sublime... Comemos. Mas não fui qualquer comida, porque não sabemos cozinhar, mas sim a esplêndida, sensacional, marivolhosa, incrível, fantástica, saborosa, extraordinária torta de frango de Janine, esposa de Oliver, o dono do armazém. Estava espetacular. Até porque, não é atoa que Janine foi parar até na TV.

Lembrei-me que a cópia da chave da porta fica sempre em meio a alguns flores do jardim, mais especificamente em meio aos lírios. Quando estamos cegos pela irá não lembramos de nada, pelo menos eu, somente de quebrar a cara de alguém. Sim, eu ainda estava com ódio.

- Geografia também é minha matéria predileta, mas perde para Química e Biologia. Nunca irei me cansar de adquirir conhecimento quando se trata delas. - Ele sorriu. E que sorriso!

- Também gosto de Biologia. É interessante. Porém, Noah, eu não sou desprovida de inteligência, como deve está pensando... Eu apenas tenho dificuldade. Não porque eu quero ter essa dificuldade, é que eu já nasci com ela. - Sussurrei. - Sou... Sou... Disléxica.- Suspirei. 

- Eu entendo. Já li bastante sobre esse distúrbio. Mas isso não te faz ser inferior a ninguém. Vi seu interesse em aprender. Você não é desprovida de inteligência, nenhum de nós somos, apenas não nos encaixamos em algumas coisas, despertando em nosso cérebro o desânimo.

- Pelo menos alguém enxergou o meu lado. - Sorrir.

- Não tenha medo de dizer isso a ninguém. Se não, eles vão pensar que você é uma aluna desinteressada e você não é.- Sorriu.

- Eu... Eu nunca disso isso a ninguém.- Olhei-o. - Bem, quase ninguém. Lhe disse porque... porque...  Não sei. Confiei em você? - Ele sorriu - Mas por enquanto, é melhor esconder. Ficaria grata se não comentasse a ninguém.

- Tudo bem. Nosso primeiro segredo. - Assentir timidamente -No entanto, irei ingressar-me em um colégio por aqui. Quem sabe nós possamos nos tonar colegas de classe... Assim, poderia te ajudar sempre.

- Quem sabe...- Sussurrei. - Enfim, não quer entrar? Tomar um chocolate quente?

- Não hoje, amanhã, talvez.

- Tudo bem... Deixe-me entrar...- Abrir a porta.-  É... Saiba que foi bacana te conhecer. Você não é nada entediante, Noah.

- Igualmente, Maryanne. - Ajeitou os óculos. Olhei-o por alguns segundos.

- A-Até mais...- Disse. Ele assentiu.
Fechei a porta. Irei defini-lo em poucas palavras pelas poucas horas que fiquei ao seu lado... Ele é bastante inteligente, bastante Sexy, bastante sério, bastante reservado e extremamente tímido...

Logo joguei minha mochila em canto qualquer e as chaves também. Depois fui de encontro ao sofá. Não havia nada para fazer. Nada mesmo. Ou seja, o resto do dia será enfadonho.

- Mas bem que eu poderia...-
Levantei-me sofá e abrir em galope a porta.- NOAH! - Gritei-o. Ele já estava do outro lado da rua. - VENHA ATÉ AQUI NOVAMENTE? - Perguntei. Ele logo veio.

- Aconteceu algo? - Indagou.

- Não quer mesmo entrar? Não tenho nada para fazer... Irá ficar chato aqui. Poderíamos conversar um pouco mais. Ou melhor, poderíamos ver aquele filme que você tanto comentou! Tenho toda a saga, mas sempre tive desânimo de ver e hoje, por incrível que pareça, estou com ânimo.

- Não é uma boa ideia, você está sozinha, podem pensar mal, já que não me conhecem.
Além disso, tenho que terminar de organizar algumas coisas em meu quarto, esperar um telefonema dos meus pais, tirar alguns livros da caix...- O interrompi.

- Nada disso, venha. Depois eu te ajudo a organizar seu quarto, tenho um ótimo senso para isso.  E eu tenho a certeza de que seus pais não irão te ligar agora... - Puxei-o pelo pulso. -  E caso alguém diga algo, eu darei um jeito. Conheço cada habitante deste bairro e tenho várias cartas na manga.- Pisquei.

- Tudo bem... Mas não poderei ficar por muito tempo, Maryanne.

- Pode me chamar de Mary, todos me chamam assim.- Bem, sinta-se confortável em minha casa. Não é lá aquelas mansões... - Tirei meu casaco.

- A decoração é surpreendente. - Ele disse.

- Tem anos e ela nunca foi alterada. Gosto imensamente desta casa. Recorda a minha mãe, mesmo sem ter conhecido-a.

- O que houve com sua mãe? - Sentou-se no sofá.

- Ela... Ela se foi quando dava-me á luz. Bem, é o que dizem.

- Desculpe. Eu não queria.- Sussurrou.

- Tudo bem, Noah, eu...- Calei-me.

- Eu realmente adorei. Muito obrigada...- Disse uma voz reconhecível.

- Olhei e vi que era para você. - Disse outra voz, bastante reconhecível.

- Noah, espere só um minuto. Já, já irei buscar o filme.- Eu disse.

- Não se preocupe. Mas você está bem? Mudou repentinamente de humor.

- Eu estou muito bem, não se preocupe.- Subir os degraus da escada.- Super bem...

- Amanhã irei te levar para...- Austin calou-se quando viu-me

- Poupou meus passos. - Parei no corredor e cruzei meus braços. Vocês andam bem grudados ultimamente, não? - Olhei-os.

- Mary? O que está fazendo aqui? - Perguntou Joyce.

- Eu moro aqui. Já você, não.

- Quem é aquele? - Austin perguntou.

- Aquele, Austin, é alguém que não é da sua conta conhecer. Agora é a minha ver de perguntar, o que ela está fazendo aqui?

Desventuras De MaryanneWhere stories live. Discover now