A luz do Sol bateu diretamente em meus olhos, fazendo-me acordar.
- O que eu estou fazendo em um banheiro? - Perguntei a mim mesma em um sussurro.
De repente, percebi que Austin estava ao meu lado, ainda dormindo.- Austin... Acorda!- Cutuquei-o.
- Diga, Mary...- Sua voz saiu entre um bocejo.
- Por que estamos em um banheiro?
- Como?- Perguntou. Seus olhos estavam entreabertos.
- AUSTIN, ACORDA! - Gritei entredentes.
- Tudo bem, tudo bem... Estou acordado!- Levantou-se em um galope.
- Diga-me, por que estamos em um banheiro?
- Realmente não se recorda do que aconteceu?
- Não. - Murmurei - O que aconteceu? - Arqueei a sobrancelha.
- Quando íamos passar as mercadorias que havíamos comprado, você ousou em discutir com a filha do gerente.
- Sério? - Indaguei boquiaberta. Ele assentiu.- Quais palavras saíram de minha boca? De baixo calão? - Olhou-me. Entendi perfeitamente seu olhar. Passei os dedos entre meus fios de cabelo.- C-Como tudo isso teve início?
- Ela te empurrou, talvez, sem querer. Você xingou-a ao ponto de debaterem-se fisicamente. Tentei separá-la, mas era impossível. A garota acabou chamado o pai, que mandou os seguranças virem atrás de nós. Entre outras controvérsias ocorridas, nos escondemos neste banheiro.
- Mas por que não fomos pelo fundo?
- Você quis ousar. Queria brincar de fuga.- Riu.
- Maryanne, Maryanne... - Sussurrei.- Às vezes me arrependo de algumas atitudes. Entretanto, desde quando estamos aqui?
- Desde ás quatro da tarde de ontem até agora.
- E quantas horas são?
- Ainda está escuro... - Olhou pela grade que havia no banheiro.- Deve ser aproximadamente duas da manhã.- Respondeu.
- Então quer dizer que nós estamos presos no banheiro de um supermercado?
- É, realmente sim. Só podemos sair daqui quando estiver um pouco mais claro. Ou melhor, quando o supermercado abrir.
- AUSTIN, VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO DA EMOÇÃO QUE EU ESTOU SENTINDO... - Gritei.- ESTOU REALIZANDO UM SONHO! Agora entendo o porquê de estarmos aqui. Senti esta mesma emoção ontem!
- Porém, você não vai...- Olhou-me torto.- É errado o que está pensando, Maryanne.- Sorriu.
- Depois nós pagamos. Ou... Não. Agora vem!- Puxei-o.
- Mas e as câmeras junto aos vigias? - Perguntou acompanhando-me.
- Droga! - Disse entredentes.- Havia esquecido-me das câmeras. Entretanto, olhe pelo lado bom, não há vigias neste supermercado por ser pequeno.- Soltei seu pulso.
- Senão....- Seus olhos estavam fixados nos meus. - Caso encontrarmos a sala onde são controladas as câmeras, podemos desligà-las. Acredito que só verão a imagem amanhã de manhã.
- Isso! - Disse euforicamente.
Saímos do até que arrumadinho banheiro e caminhamos por um longo corredor coberto por inúmeras portas.
Agora basta encontrar a porta correta.***
- Conseguiu encontrar?- Eu perguntei.- Bem... Acho que sim.- Sorriu.
- SÉRIO!
ČTEŠ
Desventuras De Maryanne
TeenfikceA vida de Maryanne Campbell Navarro não é nada pacata mas extremamente turbulenta, como a vida de algumas outras adolescentes consideradas rebeldes. Seus problemas começam aos cinco anos de idade e sua vida muda repentinamente aos dezesseis. E nes...