Capítulo 45

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Gustavo: E então, você que ir conosco? – questionou acariciando o rosto da menina com o dedo. Perola ainda assustada assentiu, afinal queria sair um pouco.

Márcia: Eu vou troca-la e voltamos daqui a pouco, não é mesmo Perola? – a menina voltou a assentir. Era assustador para Perola, ainda não havia perdido as esperanças que a mãe um dia aparecesse dizendo que era tudo mentira e que as duas iriam para casa. Por tardes inteiras ficava sentava de frente para o portão na espera que sua vida voltasse a ser como antes.

Flávia: Então te esperamos ok? – sorriu para a menina. Perola saiu de mãos dadas com Márcia. A diretora poderia pedir a qualquer funcionário que levasse Perola, que a trocasse, mas ela queria conversar com a menina.

Márcia: Perola, lembra que havia prometido que você voltaria ter uma mamãe? – perguntou enquanto colocava a menina sentada na cama e tirava seus sapatos. – Perola fez o de sempre apenas assentiu – Pois bem, Flávia pode ser sua mãe se você quiser, se vocês se derem bem – contou olhando bem a reação de Perola, mas a menina parecia apática.

Perola: Eu não queria outra mamãe, eu queria a minha mamãe – considerou começando a chorar, não era escandaloso, era apenas lágrimas sentidas, sinceras.

Márcia: Eu já expliquei meu anjo, sua mamãe está no céu, ela não pode voltar – secou as lágrimas e retirou o vestidinho colocando outro.

Perola: Eu sei, mas... como eu faço para papai do céu me querer também? – Márcia parou com aquela pergunta, se ajoelhou a frente da menina sem saber o que responder, era sofrido para ela também só por ver o sofrimento daquela maneira.

Márcia: Sabe Perola, as vezes achamos que papai do céu é injusto, mas isso não é verdade. Um dia você vai entender isso, hoje eu não sei a resposta da sua pergunta – Perola respirou fundo antes de desabar a chorar. Márcia a deixou chorar, ela precisava desabafar, para sua idade era realmente muito difícil entender o que estava acontecendo, Márcia tinha fé que o casal pudesse dar o amor que aquela criança precisava. Vinte minutos depois Márcia levou Perola até o casal que esperava ansiosos pela menina. Se o passeio seria bom o suficiente para que Perola pudesse superar aquela tristeza ninguém saberia dizer, mas valia a pena tentar.

*****

Anahí havia colocado uma calcinha e uma camisa de Alfonso, ele apenas uma bermuda por cima do boxer, os dois agora estavam agarrados no sofá enquanto comiam.

Anahí: Humm.. – lambeu os dedos, a boca cheia de bolo – Vamos buscar as crianças agora ou só mais tarde? – questionou e Alfonso mordiscou a dobra do pescoço dela.

Alfonso: Mais tarde porque eu ainda quero me aproveitar de você – disparou malicioso e ela riu. O interfone tocou no momento em que ela iria responder, Alfonso fez uma careta e ela voltou a rir – Eu vejo quem é – saiu do sofá. Quando o porteiro revelou quem era Alfonso franziu a testa sem entender, o que Fabiana fazia o procurando em casa? – Amor? – chamou e ela o encarou – Eu nem sei como dizer isso, mas é a Fabiana – comunicou esperando.

Anahí: O que ela quer aqui? – questionou incrédula.

Alfonso: Não faço a menor ideia, assim como não sei se devo atender – esperou Anahí pensar.

Anahí: Agora estou curiosa, a deixe subir, vamos ver – a cara fechada já denunciava que não gostou nada, mas não havia muito o que fazer, nem ele mesmo gostou daquela visita inesperada logo o dia em que os dois estavam curtindo um ao outro. Alfonso autorizou o porteiro, enquanto Fabiana caminhava para o elevador com a cara mais feliz do mundo, Alfonso correu em busca de uma camiseta, receber Fabiana sem camisa seria pedir briga com Anahí, por outro lado, ela nem se mexeu, estava semi nua, é dai? Estava curtindo seu final de semana com o marido e queria que a outra notasse.

Queria Muito Te Odiar - Livro 03Where stories live. Discover now