Capítulo 23

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Felipe: Laís venha aqui - chamou em tom sério, a menina foi apreensiva. - Esse tipo de pergunta não se faz, você sabe de coisas que são impróprias para sua idade, mas mesmo eu que sou casado e adulto não perguntaria uma coisa assim para meus pais. - Luma assistia a cena calada, Felipe era um ótimo pai, sentir-se orgulhosa dele, era como se todo seu sofrimento do passado fosse pago a cada dia de convívio.

Laís: Desculpa pai, eu fiquei curiosa, achei que não havia problema falar disso com vocês - abaixou a cabeça envergonhada.

Felipe: Não tem problema, é até melhor falar com a gente do que com outras pessoas, mas filha intimidade é uma coisa que não se pode sair falando, é feio. - Laís assentiu.

Luma: Quando for mais velha vai entender muita coisa, quando tiver um namorado não vai querer falar dessas coisas comigo ou seu pai e entenderemos por que a maioria é assim - explicou.

Felipe: Eu acho que sua escola foi precipitada em falar do assunto, isso cabe aos pais, mas já que fez deveria ter dito que é um assunto muito íntimo e que não se deve ficar falando por aí. Curiosidade a respeito todos temos, é sempre teremos, mas cada um descobre pouco a pouco no momento certo, com a pessoa certa - a menina voltou a assentir - Agora cama, vai - beijou a testa da menina que saiu para se despedir da mãe, quando estava no corredor - Laís - a menina virou olhando o pai - É feio se esconder para escutar conversas - repreendeu e ela arregalou os olhos, achou que tinha passado despercebido.

*****

Quando finalmente Anahí chegou em casa, o apartamento já estava em silêncio absoluto, foi direto para o quarto, Alfonso saiu apagando as luzes e foi preparar mais uma mamadeira para o filho, Arthur não queria outra coisa. De barriga cheia o menino pegou no sono.

Alfonso: Vai deixar ele na beirada? - questionou ao perceber que ela já separava o pijama.

Anahí: É - olhou para o marido um tanto sem graça.

Alfonso: O que foi? - questionou estranhando.

Anahí: Nada - fugiu para o banheiro e Alfonso ficou sem entender. Anahí era tão protetora com os filhos, Arthur na borda da cama? O risco de queda era iminente, mas enfim estava cansado demais para se ligar em detalhes, tirou a roupa ficando apenas de box e deitou-se a esperando. Assim que ela deitou no meio da cama ele se virou a abraçando. Anahí se virou de frente para ele correspondendo o abraço. Alfonso adorou aquilo, mas estava estranhando.

Alfonso: Eu não estou reclamando - avisou rindo - Mas você está estranha - observou e ela enfiou o rosto no pescoço dele.

Anahí: Eu estou carente - disparou com a voz abafada e Alfonso voltou a rir.

Alfonso: Carente é? - ela assentiu - Alfonso a apertou em seus braços, a beijou no ombro, subiu para pescoço, até que chegou a boca. Aquele beijo carinhoso era como dizer a ela o quanto ele a amava, era reconfortante para Anahí depois daquele dia cheio. No fim uma infinidade de selinhos, os dois queriam mais que um beijo, mas não havia condições - Eu te amo - declarou em um sussurro.

Anahí: Eu amo muito mais - devolveu e ele sorriu colando a testa a dela.

Alfonso: Vou sonhar com aquela fantasia - brincou e ela corou o levando ao riso. - Ansioso - agora ela quem ria.

Anahí: Final de semana - Alfonso se afastou para olha-la.

Alfonso: Porque no final de semana? Falta muito - Anahí se segurou para não gargalhar. - O que eu fiz de errado? Nem sabia que estava de castigo - acrescentou e ela selou a boca dele.

Queria Muito Te Odiar - Livro 03Onde histórias criam vida. Descubra agora