Queria Muito Te Odiar - Livro 03

Capítulo 33

Alfonso: O que foi isso? – questionou puxando Anahí para mais perto, os dois ofegavam, era a terceira vez que transavam depois da explosão de tesão da primeira. Ela sorriu envergonhada. – Sabe que ainda me lembro de como você ficou naquela noite em que eu quase a beijei no ponto de ônibus – ela enfiou o rosto no peito dele rindo, envergonhada – Você não mudou nada, ainda se envergonha por besteira – riu a beijando a testa.

Anahí: Nem tanto – tentou. – Eu estou envergonhada porque estou com essa roupa ridícula – fazia desenhos no peito dele.

Alfonso: Quando você vai entender que não está ridícula? – a olhou por inteira e Anahí tapou a intimidade nua com a mão o causando uma gargalhada. – Boba – selou a boca dela.

Anahí: Eu fico envergonhada quando me olha com esse olhar de tarado – acusou e ele a puxou a colocando sentada de frente em seu colo, Anahí ajeitou as pernas como se fosse se ajoelhar. Alfonso estava nu, mas naquele momento não havia tesão, estava esgotado – Outra vez? – sorriu envergonhada – Amanhã eu não irei sentar – ele voltou a gargalhar.

Alfonso: Não... acho que hoje já fizemos muitas vezes, não que eu me canse de você, eu faria mais umas dez se meu corpo permitisse – confessou e ela sorriu – Eu quero que olhe no meu olho – ela o encarou agora os dois sérios – Eu preciso que entenda uma coisa – encaixou os dedos entre os dela carinhosamente – Annie ... estamos juntos a quatorze anos, é uma vida meu anjo, eu.... se alguém um dia me questionasse .... como seria minha vida no futuro no dia em que entrei na faculdade, eu poderia dar trinta possíveis histórias, mas eu nunca .... em nenhuma das trinta .... imaginaria que estaria tão feliz como hoje – Anahí sentiu os olhos se lotarem de lágrimas – Não por causa dessa fantasia, não estou falando de hoje em si.... estou falando do nosso cotidiano, de acordar juntos, de levar os nossos filhos ao colégio – sorriu ao citar os filhos, eram fruto do amor deles – ir busca-los, de acordar a noite com o Arthur te querendo ou da Alana com suas dores de garganta, a Clara fazendo birra para tomar café... eu amo isso, eu amo o nosso dia a dia, eu amo você – ela já chorava.

Anahí: Eu também te amo e amo... tudo isso, amo... esse seu jeito de me tratar, de entender que eu sou mimada, mas que eu estou tentando ser diferente....

Alfonso: Ei... – a segurou pelo rosto – Eu quero você do jeitinho que você é... eu nunca pedi para você mudar, eu me apaixonei pela estressadinha, pela garota de nariz em pé, pela filha de papai... eu te amo do seu jeitinho – selou a boca dela e passou os polegares secando as lágrimas – Tira da sua cabeça, seja lá o que escutou.... – ele a olhou nos olhos – Eu não quero você insegura, não quero que imagine que um dia eu vou embora, ou que estou com você por medo do passado – ela assentiu o abraçando, os dois ficaram juntos por alguns minutos enquanto ela chorava aliviada.

Anahí: Eu ... eu nunca quis sentir essa insegurança – fungou – Eu sei que isso acaba passando para as meninas, eu não quero que elas sofram – Alfonso acariciava os cabelos dela a deixando desabafar – Mas as vezes parece que os seus amigos te conhecem mais do que eu – se afastou para olha-lo – Naquela noite no bar a Fabiana me disse coisas ... ela acabou me deixando assim, ainda tinha a sombra da Luana.... – ela balançou a cabeça e respirou fundo.

Alfonso: A Fabiana e você nunca se deram bem, ela ... nunca se deu com a Luma também quando eu e ela estávamos juntos. Miguel e a Paloma me avisaram para tomar cuidado com a Fabiana, que ela poderia gostar de mim de outra forma, mas eu sempre deixei claro o amor que eu sinto por você, não só para ela, para todos... a Luana foi um erro Annie, um erro que gostaria de apagar do meu passado, mas eu a deixaria mil vezes por você.... quando me deixei envolver o objetivo era te esquecer, mas a primeira vez depois de dois anos que voltei a vê-la a relação já ... acabou, porque eu nunca deixei de amar você – ela sorriu o abraçando forte.