Capítulo 20

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Lais chegou em casa cheia de curiosidade, na hora do almoço pensava em como iniciar o assunto com a mãe, Davi estava presente e ela precisava ser discreta ou levaria bronca na certa.

Lais: Mãe hoje teve uma aula .... digamos diferente na escola – contou e Luma a olhou, assentiu para que continuasse. – Mas o assunto da aula, eu.. eu acho que você não vai gostar muito não – considerou e Luma a olhou agora curiosa.

Luma: É mesmo? E porque acha isso? – questionou agora curiosa.

Lais: Porque já falamos disso, você mesma disse que esse assunto era um assunto sigiloso, eu não poderia sair por ai falando sobre, nem mesmo com Alana – Luma olhou para a filha tentando lembrar quando foi que falou isso, só havia tido uma conversa assim, quando ela se tornou mocinha, mas não poderia ser esse assunto, a escola jamais faria disso. Lais esperava a mãe chegar a conclusão.

Luma: Ai Lais está me deixando curiosa – reclamou – Fala logo menina – disparou sem paciência. Lais se irritou, como ela poderia ser tão devagar, olhou para Davi que deixou a mesa apressado, só estava ali porque a mãe havia obrigado, assim que engoliu a ultima garfada o vídeo game o esperava.

Lais: Ok, a aula foi sobre sexo – disparou e escutou o barulho do prato de Davi no chão, Luma estava tirando a mesa – Eu disse que não iria gostar – considerou assustada.

Luma: Lais quem foi o alucinado que foi falar disso com você? – questionou preocupada, essa história de pedofilia a deixava neurótica. Lais revirou os olhos, agora seria o interrogatório, mas quando ela poderia fazer o seu próprio interrogatória?

Lais: Foi os professores horas. Chamou todos os alunos entre onze e quinze anos e falou tudo – contou e Luma tinha os olhos arregalados.

Luma: Tudo o que? – questionou incrédula.

Lais: Tudo, tudo horas, o negocio todo de como vocês colocam o ... bem você sabe dentro da.... enfim tudo – Luma não podia acreditar no que escutava – Mãe você coloca aquilo na boca? – questionou fazendo careta e Luma ficou roxa, era demais escutar a filha perguntando aquilo.

Luma: Lais some da minha frente – pediu impaciente, sentia o coração saltando no peito, a vergonha também era muita.

Lais: Mas mãe, eu quero saber – devolveu. Luma lhe lançou um olhar tão frio que a menina saiu rapidinho.

Luma sentou em busca de ar, como uma escola poderia fazer isso? Precisava ter certeza que Laís não estava mentindo, vai que algum engraçadinho havia tentado algo com a menina. Mas quem poderia esclarecer? Não queria chegar na escola colocando banca e depois passar pela vergonha de saber que era mentira, pior Laís poderia ficar falada. A campainha tocou e ela saiu para atender no automático. Dulce a esperava na porta, um sorriso largo, Nicolas ao lado sorrindo.

Dulce: Que cara mais feia - considerou rindo.

Luma: Tem um terremoto na minha cabeça - disparou fazendo a outra rir ainda mais.

Dulce: O que foi? - questionou preocupada, a cara da amiga não era das melhores.

Luma: Laís anda fazendo perguntas impróprias - considerou e Dulce franziu a resta.

Dulce: Tipo Clara? - questionou achando graça - Ela já não passou da idade? - completou.

Luma: Pior que Clara. Naquela época a Clara queria saber o que era, a Laís sabe o que é, mas ela que os detalhes - Dulce gargalhou - Chegou dizendo que teve uma aula na escola sobre o assunto - comentou enquanto as duas sentavam na cozinha.

Dulce: Nossa ... preciso ir embora, se teve essa aula, preciso ver a cara da Anahí explicando para as meninas - as duas riram - Isso eu não perco - gargalhada.

Luma: Dulce você é má - ria com a outra. - Mas sei lá. Será que realmente foi a escola? Tenho medo dela estar mentindo - confessou e Dulce entendia, depois do nascimento de Nicolas tudo lhe dava medo.

Dulce: Liga para Anahí e pergunta se as meninas falaram a respeito. Uma coisa é certa. Aquelas duas não deixam passar nada, se aconteceu mesmo eu tenho dó da Annie - As duas voltaram a rir.

*****

Anahí trabalhava tranquila quando seu telefone tocou, assim que atendeu a preocupação veio em seus olhos e Amanda tentava descobrir o que era, minutos depois a ligação foi finalizada.

Anahí: Amanda eu tenho que ir embora - anunciou nervosa.

Amanda: O que foi Annie? - questionou preocupada.

Anahí: Arthur parece não estar bem. Preciso ir até lá - anunciou angustiada, Amanda assentiu e ela saiu apressada. Na creche do filho o menino não estava tão mal, um pouco de febre e muita manha. De qualquer forma Anahí queria estar com ele, pegou o menino e foi para casa.

*****

Alana e Clara não sabiam o que fazer, se abrissem a sacola o lacre seria rompido é a mãe saberia. Se não abrissem não saberiam o que tinha dentro e o que deixou a mãe tão nervosa.

Clara: Abre logo, ela vai deixar a gente de castigo por .... um mês talvez - considerou.

Alana: Papai vai ficar bravo também - Acrescentou é as duas se olharam

Clara: Eles não brigando ... - deu com os ombros.

Alana: Ok - largou a sacola fazendo o sinal da cruz. Quando rompeu o lacre escutou o barulho da porta. As duas saltaram do cama desesperadas, mas o pai já estava dentro do quarto.

Alfonso: O que as duas estão aprontando aqui? - questionou ao ver a cara de assustada da duas.

Clara: ham... nada - tentou. Alfonso olhou para as filhas sabendo que havia algo errado, estavam muito assustadas. Alana tinha a sacola atrás do corpo na tentativa de esconder.

Alfonso: O que tem aí? - questionou estendendo o braço, queria a sacola. Clara se deu por vencida e Alana estendeu a sacola.

Alana: Pai não conta para a mamãe, ela vai ficar brava - implorou e Alfonso riu.

Alfonso: Se sabem que a mãe de vocês não gosta, por que mexem nas coisas dela? - questionou segurando a sacola, não fazia menção de abrir.

Clara: Pai ela ficou toda nervosa quando Alana quis abrir, então ficamos curiosas - considerou despertando a curiosidade de Alfonso.

Alfonso: Mais um motivo para ficarem longe da sacola - repreendeu e as duas saíram o deixando sozinho no quarto do casal. Alfonso havia passado em casa por causa de um cartão de credito que precisava, havia esquecido pela manhã. Seria rápido, mas a curiosidade era grande, Anahí não poderia esconder coisas dele, pensando assim abriu a sacola e arregalou os olhos. Não havia apenas a fantasia, coisa que ele adorou, já imaginava ela dentro daqueles trapos, sorriu malicioso com isso, mas o pênis de silicone e as algemas, presentinho de Amanda, não gostou não. O que Anahí pretendia fazer com aquilo?

O barulho da porta novamente fizeram as meninas desgrudarem da televisão, dessa vez era a porta da sala. Anahí surgiu carregando Arthur que dormia.

Alana: Porque todo mundo chegou cedo hoje? - questionou estranhando.

Anahí: Arthur não esta bem - comentou sem se dar conta que Alana se referia ao pai também.

Alfonso escutou a voz da mulher, resolveu esperar com a sacola nas mãos, Anahí não seria louca de usar aquele pênis, se sentia traído por um troco de borracha. Anahí deixou o filho no próprio quarto e seguiu para o seu, queria tirar aquela roupa, assim que abriu a porta deu de cara com o marido segurando o pênis de borracha. Paralisou.

Alfonso: Posso saber para que você comprou isso? - questionou sério e ela mordeu o lábio, merda, merda, merda.

Queria Muito Te Odiar - Livro 03Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora