Epílogo - 1º parte "Em comemoração"

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Os anos passam e com eles surgem novos caminhos, novas derrotas e conquistas. A batalha é que a soma sempre seja para as conquistas eliminando ao máximo as derrotas, mas existem derrotas que lhe trazem grandes possibilidades de conquistas e sem elas nunca aprenderíamos a lutar.

A porta bateu e Anahí se sobressaltou no escuro da sala. Checou o relógio e se deu conta de que novamente Clara lhe dava trabalho, o dia seguinte seria uma guerra mais uma vez.

— Clara? – Questionou e a menina parou rolando os olhos. Que mania era essa de ficar esperando no escuro do sala?

— Mãe, porque não esta dormindo? – Questionou a menina iluminando o ambiente, não tinha mais como escapar mesmo.

— O combinado não era chegar a essa hora, o que conversamos semana passada Clara? – Questionou se irritando ao notar que a filha estava de pilequinho e rolava os olhos enquanto ela falava.

— Mãe nem é tão tarde assim, que graça teria chegar em casa a meia noite quando a festa só começou as onze? – Revidou a menina.

— Eu não perguntei se tinha graça Clara, eu questionei o que foi combinado? – Clara respirou fundo pedindo paciência.

— Poxa mãe, você já viveu essa fase, você sabe como é, porque não me deixa? – Resmungou.

— Clara, seu pai esta viajando, se acontece alguma coisa com você, como eu faço? – Devolveu tentando fazer a menina entender o quanto estava preocupada.

— Está bem, na próxima vez eu chego cedo, dessa já foi – Sorriu debochada e Anahí a fuzilou com os olhos.

— Veio sozinha? – Questionou querendo entender.

— Não, o Eduardo me deixou aqui – Já subia as escadas tentando fugir da conversa.

— Ele bebeu Clara? – Questionou querendo saber os perigos que a filha havia corrido.

— Mãe, boa noite – Correu deixando Anahí indignada para trás.

— Ah! Clara, amanhã você terá que explicar essas coisas para seu pai, você que se resolva, eu não defendo mais não.

O domingo começou com uma briga entre as irmãs, o motivo uma saia que Clara havia emprestado a uma de suas amigas.

— Não era sua, não deveria ter emprestado – Gritava Alana. Anahí respirou fundo pedindo paciência a Deus. Não era nem dez horas e as duas já estavam a beira de se pegar por causa de uma saia.

— Alana quem vê pensa que você usava – Revidou Clara – Ela vai devolver e ai eu não pego mais as suas porcarias.

— Se são porcarias porque você usa e ainda empresta? – Considerou Alana batendo a porta e então o choro de Giovanna se inicia. Anahí fecha os olhos já sabendo que os problemas só estavam no início.

— Que inferno essa casa – Gritou Arthur de seu quarto – Final de semana a gente nem pode dormir até tarde – Anahí se forçou a levantar, mas tinha que concordar, tudo que ela mais queria era dormir um pouco mais.

Passou pelo corredor ignorando a bagunça que as meninas haviam feito e foi ao quarto da filha mais nova.

— Giovanna? – A menina ainda chorava em sua cama – Foi só a sua irmã batendo a porta, nada aconteceu filha.

— Mamãe eu assustou – Considerou a menina ainda chorosa. Anahí se sentou na beira da cama e sorriu, a menina se arrastou para seu colo buscando aconchego que a mãe jamais negaria.

— Já passou, vamos levantar? – Sorriu arrumando os cabelos bagunçados da pequena – Papai já deve estar chegando.

— Ele vai trazer meu presente mãe? – Anahí sorriu a beijando o rosto seguidas vezes.

Queria Muito Te Odiar - Livro 03Donde viven las historias. Descúbrelo ahora