Capítulo 04

4.4K 147 9
                                    

Anahí: Você é um filho da puta, dona Ruth que me perdoe - o abraçou e dois riram.

Alfonso: Eu te amo - mordeu o ombro dela.

O resto da manhã foi tranquilo dentro do possível. Clara estava de castigo, Alfonso até queria saber os detalhes da arte da filha, mas perguntar para Anahí estava fora de cogitação.

Na hora do almoço a família se juntou na mesa, o silêncio era terrível.

Alana: Mãe amanhã a gente vai no batizado da Julia? - antes não havia duvidas, mas agora que Clara havia aprontado...

Anahí: Claro que iremos - olhou para Clara e a viu respirar aliviada.

Arthur: O que é batizado? - questionou e Alfonso sorriu.

Alfonso: É quando uma criança é abençoada por sua religião e promete ser cristão, seguir as regras de Deus em sua vida - tentou explicar, para ele o conceito também não era tão claro.

Clara: Mas a Julia só tem um ano, como ela vai jurar alguma coisa? - se interessou.

Anahí: Na verdade quando as crianças são muito pequenas os pais e padrinhos fazem esse juramento pela criança, promete o conduzir perante a igreja até a criança ter idade suficiente para entender - explicou.

Clara: Mãe eu fui batizada na igreja? - questionou curiosa.

Anahí: Foi sim - sorriu - Bem pequenininha, você ainda tinha meses - contou, toda a raiva sumiu ao lembrar da filha bebê.

Alana: Nem parece né - considerou olhando a irmã que devolveu o olhar com estranheza.

Clara: Porque não parece? - encarou a irmã franzindo a testa.

Alana: Mesmo batizada você sempre foi atentada - disparou e todos riram, Clara queria se manter seria, mas não conseguiu.

Clara: Pai eu vou bater nela - apontou e Alfonso tentava parar de rir.

Anahí: Ela não mentiu filha, você sempre aprontou tanto - ria da cara da filha.

Clara: Eu era tão terrível assim? - fez bico e Anahí riu ainda mais.

Alfonso: Não se preocupe filha você tem a quem puxar - olhou pelo canto do olho para Anahí que o fuzilou com os olhos levando os três filhos a gargalhar - Claro que eu não falava de você amor - ria.

Anahí: Claro que não, como poderia falar de mim tendo a Raquel como irmã? - zombou e Alfonso continuava a rir.

Arthur: A tia Quel é mal? - questionou tentando entendeu.

Anahí: Não amor, mas ela era bem danada igual a sua irmã. - olhou para Clara que fez careta - Clara sua tia aprontava varias, conta para ela amor - pediu e Alfonso engoliu o suco rindo.

Alfonso: Nossa, só de lembrar eu tenho vontade de matar aquela criatura - as meninas esperavam atentas - a tia de vocês na adolescência era ... - respirou fundo e sorriu - Acreditam que um dia para conseguir sair colocou fogo na porta de casa? - as duas arregalaram os olhos espantadas, Arthur olhava do pai para as irmãs sem entender muito o que aquilo queria dizer.

Clara: Ela era louca - disparou causando graça em Anahí.

Alfonso: Ela e sua mãe eram que nem cão e gato, brigavam tanto que sobrou para a Mai que levou um tapa na cara da sua mãe - Anahí ria divertida.

Alana: Mamãe você bateu na tia Mai? - ria espantada com a história.

Clara: A vovó Thissi me disse que vocês dois também se odiavam antes de namorar, que minha mãe nem queria ouvir falar seu nome papai - considerou observando os dois que se olharam rindo.

Alana: É verdade? - perguntou achando ser impossível.

Anahí: É verdade, eu odiava seu pai - fez uma careta - O que acontece é que quando eu ainda estudava, tinha umas meninas que viviam me infernizando, a sua tia Raquel adorava andar com elas e me provocar, um dia brigamos feio de sair na pancadaria, a avos de vocês foram chamadas, mas a sua avó Ruth não pode ir, então a sua tia queria ser a maior - ironizou e Alfonso riu da forma que ela falava - Eu sou maior e você não - imitou fazendo as meninas rirem. - Mesmo assim Alfonso acabou indo lá defender a peste da Raquel, no meio da confusão pouco antes dele chegar eu acabei perdendo a paciência e bati na Mai - contou rindo. - Seu pai me chamou de animal, nunca vou esquecer isso - acusou e Alfonso a puxou a beijando no rosto.

Alfonso: Mas você marcou o rosto da Mai amor, eu tinha que defender minha irmã - argumentou, as meninas tinham as sobrancelhas levantadas tamanha a surpresa.

Anahí: Minha mãe ficava defendendo ele, nossa como isso me irritava, seu avô me deixou sem televisão, internet e telefone como castigo, coisa que eu deveria fazer com você Clara - aproveitou e a menina fez beicinho.

Clara: Mas mãe eu nem fiz tudo isso - se defendeu.

Alana: Mas como vocês viraram namorados se não se suportavam? - questionou e os dois voltaram a se olhar cumplices.

Alfonso: Eu comecei a trabalhar em uma revista e seu avô era amigo do dono, colocou sua mãe para trabalhar lá, no começo deu muita confusão, mas depois eu me apaixonei pela briguenta - considerou e levou um tapa, todos riam.

Anahí: Ele era grosso comigo, me odiava - reclamou fazendo graça. Parecia uma criança fazendo queixa para os pais.

Alfonso: Nem foi tanto assim vai amor - argumentou.

Anahí: Meninas se vocês soubessem tudo que tive que enfrentar para estar aqui agora contando isso? Eu não tive paz, primeiro ele sendo grosso, ignorante o tempo todo, depois quando me apaixonei as vadias.

Clara: Eu lembro da Luana - considerou e respirou fundo lembrando.

Alana: Nem fala esse nome - considerou e Alfonso ficou sem graça - Ela era uma chata - completou.

Anahí: Mas isso é passado - olhou para as filhas, Alfonso estava quieto, não queria que as filhas e Anahí tivessem sofrido tanto por sua culpa - Hoje não tem mais ninguém tentando nos separar, somos felizes ne amor? - questionou tentando o deixar confortável. Alfonso assentiu, pegou a mão dela levando a boca.

Clara: Ainda bem - sorriu ao ver o pai corresponder aos carinhos da mãe.

Anahí: Clara, agora vamos falar de você - mudou de assunto e Clara encostou-se à cadeira já prevendo - Eu fiz teatro por anos e esse seu golpe já apliquei muitas vezes no seu avô, então nem tente fazer isso comigo porque enquanto você esta iniciando sua arte eu já me graduei - Alana riu.

Arthur: Mamãe a Clara me bateu de manhã - fez manha aproveitando a situação para denunciar a irmã.

Anahí: Arthur isso também é errado, você esta querendo que sua irmã seja punida outra vez por uma coisa que ela já pagou - repreendeu e Clara se segurou para não tirar onda da cara do irmão.

Clara: Desculpa mãe, eu só queria ir a uma festa hoje, mas vocês nunca deixam - resmungou cruzando os braços.

Anahí: Não é trapaceando que vai conseguir - avisou seria e Clara assentiu. - Amanhã tem o batizado da sua prima, agora essa é a sua única festa.

Alfonso: Clara e Alana vocês duas não precisam aprontar, aos poucos deixaremos vocês irem a festas, mas precisamos ter certeza que é seguro - considerou repreendendo as filhas.

Alana: Pai você vai deixar irmos a viagem para a Disney com a Tia Luma? - questionou e Clara se ajeitou na cadeira ansiosa. Alfonso e Anahí se olharam e riram, já haviam combinado com Luma e Felipe, nessa viagem elas iriam, mas isso ainda não estava decidido aos olhos das filhas.

Anahí: Vai depender das suas notas - disparou e as duas se olharam sorrindo, as notas estavam impecáveis.

Arthur: Eu também quero - levantou o dedo e Alfonso riu.

Alfonso: Só vai se suas irmãs forem.

Anahí: Meus três filhos irão me abandonar - fez bico. Clara deixou a cadeira e foi abraçar a mãe, os dois menores acabaram por fazer o mesmo no que resultou em um abraço coletivo onde Alfonso também se envolveu e todos riam.

Queria Muito Te Odiar - Livro 03Where stories live. Discover now