O n z e

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O Bruno foi pra cima do Pedro tentando bater enquanto o Pedro tentava segurar ele.

- A mamãe já vai. - Falei pra Duda e agradeci pela parede estar tampando a visão dela.

Fiquei desesperada pensando no que fazer, eu via o quanto o Pedro estava se esforçando pra não socar a cara do Bruno.

- Parem!! - Berrei tentando me intrometer no meio. - A Eduarda tá vendo Parem essa merda!!!

Assim que falei isso o Pedro soltou ele, ele pensou em continuar a briga de novo mas desistiu.

- Não esperou nem a poeira baixar pra dar pra ele né Maria Julia. - o imbecil do Bruno falou e senti meu sangue ferver.

- Diferente de você eu respeitei o que a gente viveu, só deixei pra fazer depois enquanto você não pensou nem duas vezes antes de me trocar! - Cuspi e vi a raiva nos seus olhos.

- Sabe, eu vim aqui arrependido pensando em resolver as coisas... mas eu deveria imaginar que você é uma vagabunda mesmo. - Ele falou e dei um tapa na cara dele.

- Sai daqui. - Falei sentindo as lágrimas. - Sai daqui!!!

Ele me encarou ainda sem acreditar que eu fiz aquilo, parecia que finalmente ele tinha dado conta das suas palavras.

- Maju eu...

- Bruno sai. Acho que você já piorou demais a situação. - O Pedro pediu e recebeu um olhar de ódio.

Assim que ele saiu o Pedro me abraçou. Gostaria de não estar vivendo toda aquela merda.

- Não gosto de ver você chorar Maju, para, passou. - Sorri notando seu desespero.

Ele odiava quando eu chorava, até nas brigas ele se rendia as vezes... aquela lembrança fez com que eu me sentisse pior ainda, mas limpei o rosto me soltando do seu abraço.

- Leva a Duda no parque hoje? - Perguntei virando as costas e ele ficou em silêncio.

- Sozinho? - Ele perguntou e assenti como se fosse óbvio. - Mas...

- Pedro você vai precisar aprender a sair com ela sozinho, a guarda vai ser dividida, não vou estar o tempo todo junto com você. - Falei percebendo que fui grossa demais.

Seu semblante mudou pra um totalmente sério, me arrependi por ter falado daquele jeito, mas eu não via motivos pra maquiar a verdade.

- Mas... você vai onde? - Ele disfarçou. - Você vai ficar bem?

- Na casa da Isa, que coisa. - Respondi nervosa. - Vou ficar bem.

A Duda apareceu e olhei pra ele encerrando o assunto. Pisquei varias vezes pra afastar as lágrimas e ignorar o quanto as palavras do Bruno me magoaram.

- O que você acha de ir no parque com o Pedro? - Perguntei e ela abriu um sorriso enorme. - Vamos arrumar suas coisas.

Pisquei pro Pedro e subi. Dava pra notar o quanto ela tava feliz com aquilo... sei que pra ele era algo novo, mas os dois precisavam disso, precisavam se aproximar sem mim por perto.

Senti um aperto no peito em lembrar que daqui há um tempo eu teria alguns fins de semana vagos, era bom eu já planejar o que fazer antes que mudasse de ideia sobre a guarda dividida.

- Mamãe, você vai? - Ela perguntou calçando o tênis.

- Não amor, a mamãe vai terminar uns processos, tá? - Menti e ela sorriu assentindo. - O tio Pedro e você vão se divertir.

- Eu sei, eu gosto muito dele mamãe. - Sorri dando um cheiro e apertando ela que começou a rir.

As vezes eu tinha tanta vontade de segurar ela, prender pra que ficasse daquele jeito pra sempre.

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