Desventuras De Maryanne

O que está fazendo aqui? 🆗

- Mary...- Ele Sorriu ao me ver. Ah...

- Pedro... - Sorrir torto.

- Antes de tudo, desculpe. Não queria te deixar magoada.- Ele sussurrou. Eu assentir.- Está tudo bem com você? - Perguntou.- Não dormir direito durante dois dias, quando disseram-me que você estava no hospital... Até pensei em deixar tud...- O interrompi.

- Não estrague sua vida pela minha... Só irá se afundar comigo. E eu não sei nadar.- Disse.- Não é um dos meus melhores dias, confesso. Ou talvez semana, mês ou até mesmo ano. Mas estou bem. Ou finjo estar bem. Fingir ás vezes resolve. Aliás, sempre resolve. Porém, quem te disse que eu estava no Hospital?

- Karla. Ela ligou-me perguntando se você já estava melhor. Então Disse que estava no Canadá e não sabia o que estava acontecendo. Foi então que ela me disse tudo. Mas não o motivo.

- Foi apenas uma queda de pressão. Já estou em casa como pôde perceber. Bem, viu que eu estou bem, com isso, acredito que já seja o bastante. Escute, já são quase onze da noite, eu preciso dormir. Amanhã tenho que ir ao inferno, quer dizer, colégio mesmo não querendo.

- Pare, Maryanne, você não vai ao colégio amanhã. Vejo isso em seus olhos mortos. Não arrume palavras no qual é notório a falta de sagacidade ao pronúncia-las, para fugir de mim. Até porque, irei te perseguir até o fim. Você sabe que eu não vou desistir de você.

- Não estou fugindo de você... Eu apenas quero... quero... dormir. Além disso, eu te perdôo, não irei guardar rancor de você, jamais. Não posso te proibir de amar. Até daqui a um ano, Pedro.

- Espere... Antes de desligar, Eu quero te apresentar alguém... Eu juro que será rápido.- Ele insistiu.

- Tudo bem...- Bocejei. O sono finalmente havia chegado.

- Venha... Ela aceitou.- Ele disse olhando para seu lado esquerdo.

Escutei uma voz feminina. Já sabia o que ele pretendia. Não desliguei porque queria conhecê-la.

- Olá...- Acenou. Logo meus olhos passaram a enxergar fios negros e lisos. Uma pele da mesma cor que um doce de leite. o
Olhos esverdeados, meio azulados, da cor do mesclado das águas do mar. Lábios rubro, despejados. Ela é a verdadeira definição de beleza.

- Olá... - Retribui o aceno.

- Prazer, sou Íris, namorada de Pedro. Saiba que ele me disse muitas coisas sobre você.

- Maryanne...- Sussurrei - É uma satisfação imensa em te conhecer, Isis, perdão, Íris...

- Você é realmente muito bela...

- Ah, são seus olhos, esverdeados? Ou azulados? São tão hipnotizantes...- Semicerrei o olhar.

- Uma mistura de ambos.- Sorriu - Mas quando digo realmente, porque realmente é. Pedro tinha mesmo razão.

- Mas não igual a você. Aliás, ele tem grandes motivos para te amar, Íris.

- Pensei que iria desligar...- Manifestou-se ele.

- Até pensei... Não escondo. Havia visto-a passar ligeiramente atrás de você. Então fiquei. Queria conhecer o motivo de sua felicidade.

- Disse para ela que somos melhores amigos. E que eu sempre cuidarei de você mesmo estando em seus dias de baixo humor.

- Eu não tenho ciúmes. - Ela sorriu torto.- Mas sei como é difícil ter que dividir um amigo que você tanto gosta, com outra pessoa. Já passei por isso, no entanto, soube relevar.

- Saberei também.- Sorrir forçadamente. Eu queria ser gentil, mas meu interior não. Vamos lá, Maryanne, se esforce!

- Eu consegui dois dias para ir aí te ver.

- Sério? - Argueei minha sobrancelha.- Esplêndido, Pedro, esplêndido. Mas hoje não é primeiro de Abril.

- Estou falando sério, Mary. Por que mentiria?

- De alguns dias para cá não estou mais acreditando em você. Desculpe.

- Pode não acreditar, mas eu irei. Depois de amanhã é o previsto.

- Já que diz...- Dei de ombros.- Entretanto, Íris também irá vir?

- Você quer que eu vá? - Ela Indagou.

- Por que não? Não tenho ódio de você, Íris... Mas sim do seu namorado. Mas é passageiro.- Olhei-o. Ele sorriu torto.

- Será bom te conhecer pessoalmente, Maryanne.

- Quero te contar todos os segredos de Pedro.- Pisquei para ela. Ele revirou os olhos. - Bem, Aus... Quer dizer, Pedro... Eu quero desculpar-me pelo que eu te disse aquele dia. Reconheci que meu ato não foi uns dos melhores. Também quero corrigir algumas coisas que te disse.

- Quais? - Ele Perguntou.

- Irei deixá-los sozinhos. Até mais, Mary!

- Até, Íris. Boa noite! - Sorrir fraco.

- Pedro, estou no quarto ao lado, depois vá até lá. - Sussurrou. Ele assentiu.

Hum.

- Retomando ao assunto, serei direta.

- Tudo bem... Mas só não termine com nossa amizade.

- Não se preocupe. Ainda terá que aguentar-me por muitos anos. Porém, como você também havia dito, amores vêm e vão.

- Você também...- Olhou-me fixamente.

- Sabe, eu pensei que te amava. Mas não... Estava enganada. Bem, eu amo, mas como você me ama. Como amiga. Como melhor amiga. - Alguém bateu sobre a porta interrompendo-me.- Só um instante, Pedro.- Ele assentiu. - Caminhei até a porta.- Charlotte, eu já estava indo para a cama!- Girei a maçaneta. - Não é muito tarde, eu só estava falando com o Pedr..- Calei-me assim que o vi.- O que está fazendo aqui?