𝐅𝐔𝐆𝐈𝐓𝐈𝐕𝐀 | Diana Evans sempre tivera contato com o karatê, graças ao pai e ao tio que foram grandes lutadores nos anos 80. Praticar o esporte era o seu hobby favorito quando criança, até acabar com o braço engessado em um pequeno incidente.
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O AMOR ÉDESCRITO como algo lindo, realista, duradouro e mágico. Diana não discordava disso, pelo contrário, acreditava fielmente em tal definição. No entanto, o amor era muito mais do que apenas flores.
Era também dor, desilusão, mágoas e mentiras. Para amar alguém é preciso entender o companheiro por inteiro, conhecer suas melhores e piores versões, entender seus jogos e nuances.
Diana queria que Robby também soubesse disso, porém, a loira não sabia como confidenciar ao rapaz que estava mentindo para todos que o odiava.
Para não prejudicar o tratamento de Miguel e para não estragar a relação com os irmãos e com os poucos amigos que ainda lhe restavam.
Evans queria ser verdadeira, mas temia ficar sozinha e perder a todos, Robby, Miguel, David, Gregory... assim como havia perdido Samuel, Falcão e Tory.
Mentir era a única opção.
— Uma moeda por seus pensamentos. — Robby falou bem humorado.
— Você ficou ainda mais lindo com esse cabelo. — Diana disfarçou enquanto entrelaçava seus dedos nos do rapaz. Os cabelos do mesmo ainda estavam curtos, da mesma forma que Evans havia deixado quando os cortou na época em que fugiam da polícia.
A pista de skate ainda estava longe, e decidida a realizar o primeiro desejo do rapaz após sair do reformatório, Evans não se importou em andar por longos minutos as calçadas nada movimentadas de All Valley.
— Tive uma boa cabeleireira. — Robby riu, em seguida, ficou apreensivo. — Foi você quem convenceu meu pai a vir me buscar?
— A ideia de vir te buscar partiu dele, Rob. — a moça parou de andar para encarar o jovem. — Jhonny está se esforçando.
— Devia ter feito isso nos últimos desesseis anos. — Keene soltou a mão da garota e cruzou os braços emburrado. — Ele me abandonou no meu primeiro dia no mundo, ele nem foi ao hospital. Não defenda-o.
Diana revirou os olhos por Robby ser tão teimoso. Isso ele puxou de Jhonny, com certeza.
— Ele mudou. — Evans defendeu o sensei, apesar de saber das inúmeras vezes em que ele falhou com Robby.
— Meio tarde.
— Ah, qual é, Rob? Todo mundo merece uma segunda chance.
— Eu não acredito em segundas chances, Dianis. — Robby disse, passando a língua pela bochecha.
Saber disso só deixou a loira ainda mais pilhada, temendo perder o garoto que amava por uma simples e boba mentira.
— Não quero brigar com você. Estou a meses sem te ver. — Robby sorriu fofo ao pegar novamente a mão da garota e vislumbrar a pista de skate ao longe. — Quero te beijar, te abraçar e esquecer que meu pai me odeia.
