𝐅𝐔𝐆𝐈𝐓𝐈𝐕𝐀 | Diana Evans sempre tivera contato com o karatê, graças ao pai e ao tio que foram grandes lutadores nos anos 80. Praticar o esporte era o seu hobby favorito quando criança, até acabar com o braço engessado em um pequeno incidente.
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A BRIGA NA ESCOLA FOI UM COMPLETO DESASTRE.
Dizer que Diana não estava com saudade do pai, de Jhonny, dos amigos, de Gregory e até mesmo de David era uma grande mentira. A garota sentia falta deles, muita, mas não ao ponto de voltar para casa.
Havia fugido com Robby por um motivo, se encontrar. Poderia não ter alcançado seu objetivo, mas pelo menos estava na companhia do garoto que fazia seu coração acelerar e seu estômago encher-se de borboletas.
— Você acha que eles vão nos encontrar? — Robby perguntou quando se sentou ao lado da garota na calçada.
— Não se soubermos nos esconder. — Diana sorriu para o rapaz.
— O que tem em mente? — o rapaz perguntou cauteloso.
— Isso! — tirou uma tesoura do bolso do casaco que usava.
— Onde arrumou uma tesoura, Dianis? — Keene começou a rir pela aleatoriedade do objeto. — Por favor, fala que você tem uma bolsa mágica ou algo do tipo.
— Nada disso. — Evans balançou a cabeça. — Tava no porta-luvas do carro.
— Não me diz que...
— Precisamos dar um jeito no seu cabelo, Rob. — Diana falou enquanto passava as mãos nas madeixas do rapaz. — Eu juro que aquela mulher reconheceu você ontem.
— Por que acha isso? — Keene arqueou uma sobrancelha. — Já pensou que o fato dela ter me encarado seja porque eu sou lindo?
— Eu tô falando sério.
— Eu também. — Robby sorriu com seu argumento, e Diana sorriu ao ver ele sorrindo. — Tudo bem, pode cortar.
— Assim tão fácil? — a garota perguntou desconfiada. — Qual o truque?
— Confio em você. — confessou Keene.
— Não devia. — Diana piscou, em seguida empunhou a tesoura. — Acredite, isso vai doer mais em mim do que em você.
Dito isso, Evans iniciou sua obra, a calçada em que estavam era em uma rua sem saída, e por isso, o risco de serem reconhecidos era quase inesistente. E baixar a guarda por alguns minutos não fariam mal a ninguém.
— O que achou? — Diana perguntou assim que terminou de cortar o cabelo do rapaz e este se levantou para observar seu reflexo no vidro da janela do carro que haviam roubado da concessionária Larusso.
— Você fez um bom trabalho. — Robby sorriu e se aproximou da garota enquanto botava as mãos em sua cintura.
— Obrigada. — Diana sussurrou pela aproximação repentina, pois desde que fugiram juntos ambos não haviam feito nada demais, dormiam lado a lado no carro roubado, e era só isso.
— Posso te falar uma coisa? — o jovem perguntou e a garota assentiu. — Eu quero muito te beijar agora.
— E tá esperando o quê? — Evans respondeu baixo tentando conter o nervosismo, e Keene sorriu tomando os lábios da garota para si.
