Parque de diversões

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Point of view: Bill (1 semana depois)

Deitado no carpete de meu quarto, termino de ler a última página do livro emprestado por Evan. 

"Esta é, para mim, a mais bela paisagem do mundo, e também amais triste. É a mesma da página precedente. Mas desenhei-a de novo para mostrá-la bem. Foi aqui que o principezinho apareceu na terra, e desapareceu depois. Olhem atentamente esta paisagem para que estejam certos de reconhecê-la, se viajarem um dia na África, através do deserto. E se acontecer passarem por ali, eu lhes suplico que não tenham pressa e que esperem um pouco bem debaixo da estrela! Se então um menino vem ao encontro de vocês, se ele ri, se tem cabelos de ouro, se não responde quando interrogam, adivinharão quem é. Então, por favor, não me deixem tão triste; escrevam-me depressa que ele voltou..."

Nossa Evan estava certo esses livro é maravilhoso, eu amei.

Começo a ouvir alguns sons vindo do quarto de Tom, então resolvo ir ver o que era e aproveitar para falar um pouco com ele. Eu preciso falar sobre o que anda acontecendo comigo e com o Evan.

Abro a porta do quarto do meu irmão e entro, não havia apenas ele mas também Georg. Os dois estavam jogando algum jogo de luta.

— Ei o que é isso, você convida esse menino para cá e não me fala nada? — finjo indignação, apenas para irritar Georg.

— Aí falando assim nem parece que eu venho para a casa de vocês, desde que vocês tinham 10 anos — Georg diz com as mãos para cima como se estivesse se rendendo.

— Calma gatinho, só estava brincando — faço uma pausa dramática e me encosto no batente da porta — Tomtom eu preciso falar com você — digo forçando tristeza.

— Hm, lavem bomba. Sou todo ouvidos para você maninho — Tom diz em ironia. Vou até ele e me deito em suas pernas cruzadas, colocando os pés em cima das pernas de Georg.

— Tá bem, olha só — pauso um pouco tentando pensar em como falar sobre a situação  — O Evan me odeia.

— Fontes? — Tom pergunta.

— Da minha pequenina cabeça.

— Bota pequena nisso viu — Tom da um tapinha em minha cabeça — Você é maluco né Bibo, só pode! Desde quando o Evan, o seu "ruivinho", te odeia? — ele diz "ruivinho" tentando me imitar. 

— Aí Tom eu não sei, mas eu só sei que ele me odeia — digo me afundando mais em seu colo.

— Tudo bem. Fala o que ele te fez. Ai a gente vai julgar se ele te odeia ou não — Georg diz fazendo grandes momentos com as mão.

— Olha, depois do dia do show que fizemos, o Evan ficou completamente estranho comigo. Ele parou de querer ficar ao meu lado. Eu sei que quando estamos em público não podemos, mas ele não fica do meu lado nem quando não estamos em publico, isso não é o normal dele. Ele não está conversando muito comigo e quando ele conversa é completamente estranho. Alguma coisa aconteceu neste dia, mas eu não sei o que é.

— Eu entendo. Mais Bibo, talvez, pode ter acontecido alguma coisa na vida dele. Você não pode ficar se culpando — Tom diz enrolando seus dedos em meus cabelos.

The pain of loveWhere stories live. Discover now