Prólogo

78 7 19
                                    

Point of view: Evan

Sou acordado com leves sacudidas, pela minha diarista (Shirley), já que meus pais estão na Alemanha neste momento, trabalhando em as algum filme. Já estou acostumado de não os ver em casa, eles normalmente estão viajando a trabalho.

— Vamos senhor Evan, você precisa ir para a escola.

— Ahhh, por favor me deixa faltar hoje — faço uma carinha de cachorro pidão para ela, mas sou respondido por um rosto sério — Vamos lá, minha mãe não vai descobrir nada — faço uma voz manhosa.

— Nada disso, Evan, eu não sou paga para isso, não — ela puxa os meus braços fazendo força para me levantar.

— Tá bom, tá bom — levanto os braços em forma de rendimento e vou direto para o meu banheiro. Lá eu faço meu ritual de higiene e vou para o meu closet.

— Hoje eu preciso não chamar atenção — murmuro, para mim mesmo, vasculhando o meu closet.

Ali eu encontro um moletom qualquer e uma calça preta, resolvo apena colocar uma corrente na mesma, para não ficar tão sem sal e vou arrumar meus cabelos

— Eu acho que deveria cortar ele, assim as pessoas não irão perceber tanto que sou ruivo...ou talvez começar a usar uma touca, não? — vou correndo para o meu closet e coloco uma touca preta na cabeça.

Já arrumando ou escondido, use o termo que você quiser. Desço as escadas e vou para a mesa comer algo. Me sento e pego um pão com queijo. Enquanto estou comendo, sinto meu celular vibrando, era minha mãe me ligando.

— Oi mamãe, como vocês estão?

— Olá querido... nós estamos bem e você??

— Ah eu estou bem, talvez eu esteja melhor quando voltar da escola.

— Sim... — Percebo que ela estava hesitante — Filho, a mamãe precisa falar uma coisa...

— Ué pode falar — começo a ficar um pouco ansioso, o que diabos ela quer me falar?

— Bem... nós iremos ficar aqui e você terá que vir para a Alemanha... — ela fica em silêncio — Nós vamos nos mudar.

— O... o que, eu vou ter que morar aí? em um lugar que eu não sei como é? Mãe, eu não sei falar alemão. Você se esqueceu disso?

— Querido eu te entendo, mas nós temos que nos mudar, não tem como você ficar aí sozinho. O seu pai recebeu diversas propostas de emprego, então será bem melhor do que ficar em Brighton. Com certeza você vai conseguir se virar, tem muito estrangeiros por aqui também. Fica calmo que vai dar tudo certo. Aliás você vive reclamando da sua escola talvez em outro país você não sofra tanto.

— É pensando assim, talvez isso seja bom mesmo... — fico pensando em como seria ter amigos e não sofrer bullying todos os dias — Eu tenho que ir para a escola agora, tchau.

— Se despeça dos seus amigos, que hoje é o seu último dia — ela diz isso e desliga.

— Que amigos, mãe — resmungo descontente, mesmo sabendo que ela já não estava mais na ligação. Pego a minha bolsa e vou para a minha escola.

Assim que chego na escola, arrumo a touca em minha cabeça e entro em minha sala, vou para a minha carteira de cabeça baixa, pego um livro e começo a ler (Sherlock Holmes - o cão dos baskerville). Não demora muito, três garotos de cabelos loiros e olhos azuis entram na sala, passam por mim e cada um me recebe com um tapa em minha cabeça e alguns xingamentos. E se sentam nas carteiras à minha volta. O professor de física chega, então eles me dão um pequeno momento de sossego.

The pain of loveWhere stories live. Discover now