Sadie Sink

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— Você está entendendo alguma coisa?

— Não, absolutamente nada.

Sadie segurou a risada enquanto olhava para o livro na nossa frente. Tínhamos um trabalho para próxima semana onde teríamos que fazer uma resenha sobre o livro, mas nenhuma de nós estava entendendo ele.

— Talvez deveríamos assistir o filme - ela sugeriu, fechando o livro e deixando ele de lado.

— É, acho que pode ser.

A ruiva desceu da cama para ir até seu escrivaninha e pegou o notebook voltando a sentar do meu lado, em silêncio ela colocou o filme na tela, meus olhos acompanhavam seus movimentos com sutileza, admirando cada pedacinho dela.

— Porra, o filme tem duas horas? - murmurou um pouco emburrada - eles podiam fazer tudo em uma hora e meia, não? Pra quê mais?

— É, mas ele é muito bom, nunca viu? - falei, ganhando de volta um olhar divertido da garota - o que foi?

— Você já assistiu todos os filmes do mundo ou algo assim?

— Não, não é isso - respondi, rindo quando ela revirou os olhos - você que assistiu pouquíssimos, é difícil e preocupante também.

O filme começou e nós ficamos em silêncio, ela parecia bem interessada nas cenas, e eu aproveitei o momento só pra ficar em sua companhia.

Metade do filme já tinha passado quando trocamos de posição, Sadie agora estava deitada de barriga na cama, então eu me sentei ao seu lado, de vez enquanto ela pausava o filme para fazer algum comentário ou até mesmo anotar, em uma dessas vezes seu comentário me chamou mais atenção do que os outros.

— O conde é um filho da puta - ela xingou, e confesso que rir da sua cara emburrada - se eu fosse ela mandaria ele a merda.

— É, entendo, mas ela não pode - falei em um suspiro, Sadie me olhou confusa, e eu tratei de explicar - ela está apaixonada.

— Então ela é uma idiota.

— Você acha? - perguntei, prendendo seu olhar no meu, seu rosto de repente ficou vermelho, mas a garota pareceu ignorar isso, e só balançou a cabeça pra minha pergunta - não te passou pela sua cabeça fazer alguma loucura por amor? Fazer algo que não deveria?

A ruiva demorou um tempo pra responder, ela fez uma careta, enrrugando o nariz e franzindo os lábios.

— Só quando estão bêbada.

E nós rimos da sua resposta idiota, recuperando o fôlego entes de continuarmos a conversa.

— É, mas falando sério agora - falei, limpando a garganta pra usar um tom de voz mais sério, Sink fez o mesmo, e até sentou na cama para ficar de frente pra mim - pra você o conde é um filho da puta, e a condessa uma idiota por gosta dele, então o filme é sobre isso?

Não houve resposta, Sadie simplesmente ficou calada, ela olhava para alguns cantos do seu quarto, talvez buscando uma resposta, mas não acho, então resolvi continuar minha explicação.

— Ele é um romance, Sadie, mas não um romance estilo Hollywood, é uma história de amor complicada entre pessoas complicadas.

— História de amor? - ela me olhou desacreditada, parecendo não concorda comigo - não faz sentido, o conde só faz ela sofrer.

— E? Quando você ama alguém, você sofre. Sofre se ela te ignora ou se não está por perto, se estão com outras pessoas...

Mais um silêncio, Sadie tinha o rosto pensativo, seus olhos ainda brilhavam em dúvida, mas eu sabia que aos poucos ela compreenderia meu ponto de vista.

— Nós poderíamos fazer o trabalho como se fossem cartas, igual do filme - falou de repente, me fazendo sorrir pela ideia, era uma ótima ideia.

— Viu só, isso é uma ideia incrível, Sadie.

— Você acha? - perguntou animada, até mesmo se aproximou mais, deixando nossos rostos próximos.

— Sim, é criativo e interessante, vai ser ótimo - a ruiva tinha o rosto vermelho quando abriu um sorriso tímido em minha direção, as coisas entre nós estavam tensas, mas não do tipo ruim.

Os olhos dela oscilavam entre minha boca e olhos, e eu não estava diferente, nós só precisávamos de um empurrãozinho para acabar com a distância entre nós, a garota soltou um longo suspiro, fechando os olhos e abrindo instantes depois, suas pupilas dessa vez ditaladas, e quando notei isso a ruiva já se aproximava mais, então fechei os olhos com força e sentir sua boca se chocar contra a minha, de início era só isso, um encostar de lábios, mas não ficamos só nisso, ela moveu a cabeça pro lado e eu aproveitei pra pedir passagem com a língua, ganhando ela sem muito esforço.

O beijo aprofundou mais e mais, nós nem estávamos nos importando com a falta de ar, mas infelizmente foi o que nos fez separar, apesar de não ter me afastado completamente dela, a garota enterrou o rosto na curva do meu pescoço e pareceu está de escondendo, mas sua risada logo alcançou meus ouvidos e eu foi contagiada por ela.

— Uau...

— É, uau...


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Cês acreditam que o capítulo passado era pra ter sido o último? Que coisa hein.

Hoje eu tô carente e minha mulher resolveu que seria um bom dia pra ficar me ignorando (vamos fingir que eu não enchi o saco dela pra caralho), vida triste hein.

Hoje eu tô carente e minha mulher resolveu que seria um bom dia pra ficar me ignorando (vamos fingir que eu não enchi o saco dela pra caralho), vida triste hein

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*Sem revisão*

Imagine girls - 2Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt