Tara Carpenter

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Meus olhos encheram de água com a cena de minutos atrás, o lado isolado da fraternidade parecia um bom lugar pra chorar enquanto sua namorada estar nos lábios de outro, principalmente quando esse outro é seu melhor amigo.

Minha testa encostava nos meus joelhos, escondendo meu rosto provavelmente vermelho e molhado, os soluços já eram fracos, a garrafa de vodca que virei no gargalo parece não ter surtido efeito algum, apenas me fazia querer chorar mais e mais.

Uma voz gritava meu nome, meio longe, levantando a cabeça e encontrando uma Tara correndo em minha direção.

Eu não queria ver ela, meu coração parecia ter o triplo do peso quando a garota se abaixou em minha frente, com um olhar preocupado.

Amor, as meninas falaram que você não parecia bem, aconteceu alguma coisa? - a voz melodiosa e suave dela me davam ânsia, nojo da garota.

Como ela tinha a porra da coragem de vim falar comigo depois daquilo? E como caralhos eu não vi todos os alertas vermelhos?

A noite de estudo dos dois, eles saindo sozinhos, Tara sempre sentando ao lado dele quando estavam todos juntos, por que eu tinha que ser tão compassiva assim?

As mãos dela encostaram no meu rosto, afastando uma mecha de cabelo da frente, mas eu não consegui ficar com seu toque em minha pele, afastando ela antes de me levantar meio cambaleando e soltar uma risada sem graça pra ela.

A mais baixa tentou me segurar, mas desviei do seu toque, quase caindo, ela olhou em volta, se abaixando e pegando a garrafa que antes estava na minha mão.

— Você bebeu isso sozinha? - ela tava brava, seus lábios franzidos e sombrancelhas juntas não mentiam sobre isso, mas eu é quem deveria estar brava aqui - você sabe que não pode fazer isso, não sabe?!

De repente ela gritando comigo, meu cérebro não raciocinava direito o que a garota falava, mas eu sabia que tinha algo haver com meus pequenos vícios.

— Você falou que ia diminuir isso... - ela resmungou, soltando a garrafa na grama e tentando encostar em mim, mas eu não deixei que isso acontecesse - por que você tá fugindo de mim?

— Por que você não volta para o que tá a fazendo e me deixa em paz? - essa provavelmente vai ser a minha única frase concreta essa noite, ou nos próximos dias, eu realmente não me importo.

Os olhos dela ficaram nublados depois da minha pequena afronta, a morena entendeu o que eu quis dizer, claro que entendeu.

— Você viu...

— Agora é a parte que você fala sobre ter sido um erro? Ou talvez um deslize? Os dois? - meus olhos reviraram quando a garota movimentou a boca, mas som algum saiu - eu não preciso de você falando o que eu posso ou não fazer, Carpenter.

— Não quero que fique igual a ele, Remy.

Meus pés já não se aguentavam em pé quando me sentei na grama de novo, absorvendo as palavras da mais nova.

Claro que eu sabia de quem ela tava falando, meu maior medo é me tornar ele, mas o que eu posso fazer agora? Aceita a traição das únicas pessoas que eu achava que se importavam comigo? Ah, não, nem fudendo que isso vai acontecer.

— Se eu tiver o mesmo fim que ele, não vou reclamar.

Ela suspirou, só não sei se foi de cansaço ou por falta de paciência.

A única coisa que eu queria agora era mais uma cerveja, talvez duas, parecia aceitável para a minha atual situação.

Meu fim sempre será o mesmo, sendo deixada de lado e me afogando na única coisa que me abriga, o álcool.

Era um merda tudo isso, mas é a realidade.

Tara ainda me olhava com pena, talvez pelo o que disse, a garota se sentou de frente pra mim, quase encostando minha perna na sua, mas eu me afastei, de novo.

— Você foi a primeira pessoa que me fez se sentir em casa - uma lufada de ar saiu entre meus lábios, a noite estava frio, eu já nem sentia a ponta dos meus dedos - porque a minha vida toda eu venho lutando e nunca tinha sentido a sensação de conforto - uma risada sem graça escapou da minha garganta, e eu balancei a cabeça tomando coragem pra olhar pra ela - me desculpa não ser o suficiente, talvez eu tenha que ficar sozinha mesmo.

— Remy...

— Não, por favor, só me deixa em paz.

Com um pouco de relutância e insistência a garota me deixou alí, sozinha, coisa que não pode e nem vai mudar, mas no final eu já tô acostumada mesmo.

Estou tão acostumada com o silêncio solitário que já nem faz mais tanta diferença.

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Fiquem com essa imagem depois de um capítulo desses.

Fiquem com essa imagem depois de um capítulo desses

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*Sem revisão*

Imagine girls - 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora