𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐒
─ ᴍɪᴋᴇʏ (ᴍᴀɴᴊɪʀᴏ sᴀɴᴏ)
Uma mercenária que há anos vem tendo sua vida repleta por sangue, suas mãos eram sujas pelo líquido vermelho das pessoas que matava. Ela queria fugir disso, queria se livrar desse fardo que há anos carrega sobr...
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Pov's Yumi Sukehiro
Ele não matou apenas uma pessoa, ele matou dezenas. O asilo estava em chamas.
O jornal transmitia ao vivo o que estava acontecendo, os bombeiros tentavam à todo custo apagar o fogo que parecia não ter fim. Ao que tudo indica, o fogo começou no quarto de Kaede que já estava morta, a encontraram carbonizada.
Rapidamente depositei um tapa no celular dele, ao ver a foto censurada que a imprensa mostrou durante a reportagem.
- Isso só pode ser loucura. Você matou dezenas de pessoas, nós não fazemos isso, pai. - o olhei perplexa, recebendo sua risada em desdém como resposta.
- Não se faça de sonsa, é claro que nós fazemos isso. Só está dizendo isso por causa de Kaede e daqueles velhotes do asilo. - guardou o celular, colocando as mãos na cintura.
- Eu não mato pessoas que não estão em minha mira. Não mato para alimentar meu prazer! - exclamei, me levantando da cama.
Diante sua altura, me humilhei para olhar para cima, o encarando fixamente e observando a diversão banhada em seu rosto. Pode se passar anos, mas ele sempre continuará o mesmo de sempre.
- Quando você entrou na puberdade, o que mais fez foi matar pessoas. - deu de ombros.
-- De alguma forma, as pessoas que mato tem conexões com minhas missões. Pai, você matou pessoas inocentes, incendiou um lugar repleto de idosos que só foram para lá porque a "família" quis se livrar de cada um. Entenda, eles estavam conseguindo ser feliz mesmo diante a saúde frágil e a ignorância familiar. - profanei irritada, fazendo-o abrir mais um sorriso.
- É por isso que eu os matei. Viu o quão fraca você está?! - ele me agarrou pelo rosto e me pôs contra a parede. - Aprende com esse aviso que eu lhe dei, seja a porra da mercenária que eu criei.
- Continuo a mesma de sempre, só minha visão que é diferente da sua! Consigo diferenciar meus alvos, consigo ver quem é mau e quem é bom. - retruquei com dificuldade, sentindo sua mão ir se fechando contra meu rosto, o apertando com força.
- Aprenda. Não existe ninguém bom nesse mundo, todos que se aproximam de você é porque querem algo em troca. O mundo é assim, querida, tudo tem seu valor. Viu o que deu você ser fraca? Só se fodeu, indo parar o tempo todo no hospital. - a mão livre de Ricardo foi contra minha bochecha, em um tapa estalado que ecoou por todo o quarto. - Já sofreu tanto e ainda não aprendeu isso? Quanto mais fraca você é, mais fodida você fica.
- Eu não sou fraca! - exclamei elevando meu tom vocal. - Esses machucados foram causados por Blaise que me atacou quando ainda estava me recuperando de um acidente de moto e espancamento. Tudo que está acontecendo é por conta de você e de Kisaki que querem a cabeça daquela garota. Encarar sozinha o maior grupo criminoso do Japão não é fácil.
