𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐒
─ ᴍɪᴋᴇʏ (ᴍᴀɴᴊɪʀᴏ sᴀɴᴏ)
Uma mercenária que há anos vem tendo sua vida repleta por sangue, suas mãos eram sujas pelo líquido vermelho das pessoas que matava. Ela queria fugir disso, queria se livrar desse fardo que há anos carrega sobr...
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Pov's Yumi Sukehiro
Mexendo os dedos de forma nervosa, olhei para Draken que franzia o cenho, achando estranho o local onde estacionava o carro. Ele me olhou me fazendo desviar o olhar constrangida.
– Você mora aqui?
Apontou para o prédio preto, onde tinha uma placa bastante vulgar que piscava em uma cor néon vermelha. Entrava e saia gente de todo o tipo, muitos eram casados ou até mesmo políticos corruptos, líderes de gangues, solteiros sedentos por sexo e por aí vai.
Um belo bordel.
– Só tinha esse lugar quando me mudei para o Japão. – dei de ombros. – Aliás, não moro lá dentro, moro no porão.
– E o dinheiro que recebe de Kisaki? Pensei que era rica pelo tanto que recebe dele. – perguntou confuso.
– Uso o dinheiro para outras coisas, pelo menos não preciso me preocupar com aluguel. Contanto que eu ajude aí. – falei calma vendo ele arregalar os olhos.
– Você... – deixou a frase no ar, me fazendo rir.
– Sim. Mas é de vez em quando. Só quando uma das meninas falta, aí precisam de alguém para completar o número de prostitutas. – tirei o cinto e saí do carro acompanhada dele.
Ele olhava atentamente para o prédio, seu olhar surpreso me fazia rir. Ele estava tão chocado com isso, acho que Mikey levou o que disse mais cedo na brincadeira, pois não pareceu tão chocado igual Draken.
Indo para os fundos do prédio, peguei a chave que escondia debaixo de uma lata de lixo e abri o porão vendo que ele estava do jeito que havia deixado antes de sair para a missão.
– Até que é grande. – ele disse, se abaixando um pouco para poder passar pela porta.
Essa altura dele me assusta.
– Sim, eu gosto daqui. Melhor que meu antigo lar. – fiz uma careta ao lembrar do lugar em que morava. – Aqui eu posso simplesmente ser eu mesma.
Enquanto ia para a cozinha, encontrei o que tanto queria e o motivo de ter ficado tão desesperada, por ter passado uma semana inconsciente e longe de casa.
O pequeno gato pulou sobre meu colo enquanto lambia minha face, me fazendo rir baixo e deslizar meus dedos sobre sua pelagem macia.
– Também senti sua falta, pequeno. – mumurrei feliz por vê-lo, porém, logo o coloquei no chão. – Você deve estar com fome. – falei ao ver sua vasilha de ração vazia, a de água até que estava meio cheia.
Pegando o pacote de ração, despejei uma boa quantidade em sua vasilha vazia. Suspirei aliviada ao vê-lo comer, vê-lo alimentado me deixa mais calma agora.
– Draken, você pode esperar um pouco? Preciso só ajeitar minhas coisas.
Falei para ele que não me respondeu, mas em vez disso ouvi um forte barulho me fazendo sobressaltar. Era uma pancada seguido de um corpo batendo contra o chão.
