sᴏʙ ᴀ ᴘóʟᴠᴏʀᴀ - ᴄᴀᴘɪᴛ 32

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𝐌𝐚𝐲𝐚

As horas se passaram, com o medo eu me infiltrei na mente daquele desgraçado, fui até o fim e tirei tudo que eu podia, arranquei parte por parte a força até que eu conseguisse informações concretas e verídicas, não qualquer baboseira que esse filho da puta tenha visto com a bunda colada em uma poltrona de frente para uma televisão. Descobri coisas sobre ela, sobre como achar a mesma, sobre aqueles que estão aos seus pés, sob sua asa, em seu total cuidado, zelo e proteção, o contrário do que me foi dado.

Ghustavo não era um de seus lacaios favoritos, está aqui em forma de se redimir de mais um erro, mas acho que mamãe não sabe administrar muito bem seu próprio jogo tendo em vista que ela mandou esse cara diretamente para o olho do furacão, com pequenas instruções intrusivas do que fazer, mas ela não queria que ele voltasse, ela contava com isso, contava com sua morte, queria que o chip ficasse ligado por mais tempo possível, quanto mais ela pudesse escutar seria melhor, era isso que ela queria, em outro países caras desse tipo são chamados de Homem Bomba, morrem por uma causa que estão sabendo e que querem lutar a favor, esse daqui, eu chamaria de o Homem de lata, o homem chip, não soube nem se preocupar em perguntar como voltaria ao seu covil.

- Bom, Ghustavo. Parabéns pelo péssimo acréscimo que você é para Yamara, mas também tenho que te informar. Voltará e levará um recado...- Parei para pensar alguns segundos, um sorriso diabólico surgiu no meu rosto.- Levará meu presente e meu recado, será minha pombinha preta.

Branco, é a cor que ela vai usar no dia que for queimada por mim.

- Eu... Não... Vo-vo-vou ague... aguentar...- cuspiu todas essas palavras junto ao sangue e espuma que saíam de sua boca.

Dei uma gargalhada curta e profana.

- Vai, é óbvio que vai e você não imagina o quanto que ainda tem para aguentar.- Falei olhando nos olhos dele, que me encaravam pedindo o socorro que estava impossibilitado de gritar, seus olhos esbranquiçadas informando que ele está próximo de morrer.

Ergui minha cabeça, fui até a parede de controle sem tirar os olhos dele, não se anda de costas para seu inimigo, nem que esteja morto. Com o peito da mão eu soquei o botão para os meus treinados em medicina, meus enfermeiros e médicos, eles nunca erram, levantam até defunto de cova, esse aí é só mais um que eles precisarão reanimar.

Em menos de 3 minutos a porta de ferro com sensor de aproximação me informou com 2 bips que eles haviam chego, fui até a porta, abri aquela  imensa camada de ferro que lacra o cômodo, todos me averiguaram rapidamente com o olhar, procurando machucados em mim, nenhuma feição de espanto vinda deles, nenhuma expressão corporal me dizia que estavam relutantes, entraram e o direcionaram a ala médica ao lado desta, foi colocada alí especialmente para isso.

- Tipos de experiência, Srta.Grey??- Eles sempre fazem isso, pedem para que eu fale ou anote tudo que utilizei com meu brinquedinho.

- gás, ácido, cortes, drogas, choque... O resto está naquela folhinha azul em cima da mesa, está tudo anotado em ordem cronológica alí.- Abaixei levemente minha cabeça sinalizando respeito a eles, já que muitos dali principalmente o que está se comunicando comigo, salvaram minha vida mais vezes do que posso contar.- Se precisarem de mim, não hesitem em me chamar.

- Não foi isso que o Sr.Montinelli nos instriuiu, pediu para que não a incomodassemos mais.- franzi levemente o cenho, mas assenti e então ele passou a mão por aquela folhinha, saiu da sala imediatamente e foi atrás do Ghustavo e seus companheiros.

Com passos firmes, sem exitar eu voltei para área central da sede. No momento em que o elevador indicou que havia chego alguém todos os olhares pousaram sobre mim, suas mãos segurando o cabo de suas armas presas ao coldre de cintura, respirei fundo e antes que eu voltasse a focar na quantidade de coisas que estavam me sufocando, eu parei, parei e percebi que devo estar alí como porto seguro daquelas pessoas, não como alguém que só manda e desmanda.

𝐏𝐔𝐗𝐄 𝐎 𝐆𝐀𝐓𝐈𝐋𝐇𝐎 - por Azzi (reescrevendo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora