ᴛʀᴀʙᴀʟʜᴏ ᴇᴍ ᴄᴏɴᴊᴜɴᴛᴏ?? - ᴄᴀᴘᴛ 12

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𝐌𝐚𝐲𝐚

Eu não conseguia disparar contra ele na intenção de ser um tiro fatal, algo estava me impedindo, eu estava em conflito comigo mesma. Acertei seu braço, a bala com toda certeza estava em seu músculo, ele havia caído no chão pela força da bala que o atingiu, milhares de disparos começaram, mas seu grito ecoou pelo salão.

- PAREM.- ele gritou para seus atiradores no 2° andar, que automaticamente pararam, com suas armas apontadas para o teto.

Todos aqueles atiradores estavam com expressões surpresas e descontentes, assustados com a forma que ele pediu para pararem, em um tom de desespero, como se a vida dele estivesse em jogo, mas não.

Andei em sua direção, abaixei e fiquei a sua altura.

- Está com medo de que?? Não quer me matar Damon??- o cinismo estava estampado em meu rosto.

Ele me olhou com ódio.

- Medo??- gargalhou- Nunca.- assumiu como se fosse nada.

- Sabe o que eu acho??- ele negou, mas não queria negar.- Que você tem medo de que alguém seja mais amedrontador que você, que alguém seja melhor que você, que alguém saiba seus pontos fracos, que alguém saiba te manipular, que saibam de usar, por isso ainda não sabe se deve ter medo de mim ou não.- sussurrei de forma manhosa bem próxima a seu ouvido.- Então, tenha.- levantei e pisquei para ele, me virei para o resto dos mafiosos presentes.

- Vocês.- olhei para eles, os atiradores. Meu olhar era mortal, seus olhos transbordavam insegurança.- Cuidado, a Morte anda solta, correntes não a prendem, palavras não a atingem, muito menos a pólvora a entorpece.- Meu aviso era claro.

Me virei novamente para Damon e abaixei ao seu lado.

Sorri e apontei a arma para o Capo que olhava em nossa direção exalando ódio,

- Se não tem medo de mim, é bom que tenha medo dele.- bati com a ponta da arma em sua têmpora de leve.

Disparos vindos da frente do salão foram feitos, era Santino.

- Maya Grey, Damon Montinelli e sua escória, quero TODOS fora daqui.- disse ele furioso, dando ênfase em "todos".- Amanhã, cartel 666, às 9 da manhã em ponto.- era um convite, ou melhor uma ordem, seria nossa punição, nossa reunião de encontro, quebramos a regra principal.

Alanna soltou a gola do paletó daquela mulher como se fosse nada, a olhou com uma cara péssima, começou a andar como se nada tivesse acontecido em direção a saída. Vicente e a outra mulher que trabalha para mim a esse ponto já estavam no meu galpão 12, trataria de assuntos pessoais com aquele filho da puta.

Caminhei indo para saída, mas antes parei ao lado do Montinelli e o olhei de cima como se tivesse dó e nojo ao mesmo tempo, com a ponta de meu salto apertei o local que saía sangue, o local que a bala que eu disparei perfurou, ele grunhiu e com um movimento rápido segurou meu tornozelo com força e empurrou o mesmo.

Sorri ladino e continuei meu caminho, mas parei ao escutar "finalmente essa vadia vai sumir, essa desgraçada acabou com a porra da festa", ele queria que eu escutasse, parei e me virei devagar para olhar o portador daquela voz.

- Quem foi??- Todos me olharam sugestivos e confusos.- Quem me chamou de vadia??- me virei por completo e dei passos lentos, e passei meus olhos por todos aqueles seres a minha frente, procurando qualquer vestígio de medo e foi nele que eu encontrei.

Um cara que tinha por volta dos 35 e 38 anos, com barba rala, alto o suficiente, robusto, musculoso e com terno extremamente limpo e sem nenhuma dobradura.

𝐏𝐔𝐗𝐄 𝐎 𝐆𝐀𝐓𝐈𝐋𝐇𝐎 - por Azzi (reescrevendo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora