ᴀ ᴛʀéɢᴜᴀ - ᴄᴀᴘᴛ 13

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𝐃𝐚𝐦𝐨𝐧

Ao ouvir o Capo dizer que teríamos que trabalhar juntos, o ódio tomou conta da minha mente, mas eu sabia que eu teria mais consequências com qualquer tipo de argumentação contra essa ordem, travei o maxilar e quase que um rosnado saiu de minha boca, ela não retrucou, olhou para Santino com ódio e raiva no olhar, de cima à baixo, esperando a próxima ordem dele para sair daquele lugar.

- Quero que derrubem todas as gangues e delinquentes de Greack City, lado a lado, sejam os donos daquela cidade, comandem aquilo como um território de vocês.- sua voz não soava sacana e sim como alguém que já venceu, que já tem tudo em suas mãos, que nós éramos Rei e Dama contra outro Rei, éramos o xeque-mate.- Isso é tudo, voltem e reivindiquem seus tronos.

Maya não pareceu tão contente, mas seu sorriso prepotente demonstrava tudo, eu nada diferente dela. Até que a mesma levantou o olhar para a ampulheta, uma das decorações daquele lugar morto e apontou com o dedo.

- aguarde e verá, não esqueça que o tempo é um grande aliado meu, Santino.- ela se levantou e aquele foi seu recado final para Santino, antes de sair ela se virou e olhou nos fundos dos meus olhos.- Não se engane Damon, eu não preciso de você para nada, mas infelizmente eu preciso te livrar dessa...- respirou fundo e sorriu vitoriosa.- Terá que voltar comigo, se voltar sozinho, assim que entrar no território de Greack irá morrer, ou, sairá muito machucado.

Olhei para ela sugestivo, cruzei os braços me fazendo de desentendido.

- Eu mandei te matar e não importava por onde você chegasse, fosse pelo céu ou pelo asfalto, você iria morrer.

Gargalhei, me levantei e fui até ela, ficando com nossos corpos quase colados.

- Não se esqueça Morte, a cidade também é MINHA, eu sei de tudo que você faz ou deixa de fazer pelas ruas.- o "minha" soou como uma ameaça.

Os pelos de seu pescoço se arrepiaram, com toda certeza o ódio nela estava cada vez maior. Me virei e reverenciei ao Capo, voltei meu olhar para ela, pisquei para a mesma com o olho esquerdo, suavemente e ela fez uma cara de quem não havia gostado nada disso, passei por ela e fui andando em direção a saída, coloquei as mãos nos bolsos, o mesmo homem abriu a porta.

Consegui identificar seu carro, olhei para trás e vinha ela sozinha, com passos largos e confiantes, ela rapidamente entrou no carro e acelerou o mesmo parando ao lado do meu.

- Se não quiser morrer, é melhor que me siga Damon, não se engane achando que já sabe sobre minhas estratégias, assim que chegar perceberá que não sabia nem da metade.- disse tudo aquilo sem colocar seu olhar sobre mim, seu olhar não desviava da estrada e aquela frase toda soou com uma frieza impura.

Entrei no carro rapidamente e logo a segui, olhei pelo retrovisor e vi a poeira que nossos carros levantavam correndo em conjunto, em alguns momentos Maya me deixava para trás, sua forma de dirigir é diferente, ela dirige como um corredora.

(...)

Estávamos chegando próximo a cidade, Maya acelerou mais, atiradores de elite apareceram de todos os lados, todos aqueles pontinhos verdes pelo meu carro, lasers de todos os lados. Maya apenas colocou a mão para fora da janela do motorista e fechou a palma da mão, como sinal para não abrirem fogo, todos saíram das posições e colocaram sua armas ao lado do corpo, 4 carros pretos apareceram em uma velocidade absurda saindo dos arbustos, dois atrás do meu carro e mais 1 em casa lado, ela sequer parou, sem desviar o caminho segui seu carro.

Não sabia onde ela estava me levando, então apenas deixei que ela me levasse, não ousaria atacar nessas condições, eu estava sem defesa alguma. Passamos por ruas que eu conhecia, até ela entrar em um túnel, que não era mapeado e muito menos visível aos que não sabiam de sua existência, esse lugar era inabitável, nenhuma alma viva estava presente naquele lugar. Alguns minutos depois naquele túnel, a luz estava mais próxima, inúmeras câmeras eram instaladas pelo túnel, nada alí passaria despercebido.

𝐏𝐔𝐗𝐄 𝐎 𝐆𝐀𝐓𝐈𝐋𝐇𝐎 - por Azzi (reescrevendo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora