ᴀ ᴘᴀʀᴄᴇʀɪᴀ - ᴄᴀᴘɪᴛ 14

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𝐌𝐚𝐲𝐚

Com as mãos sobre os braços da poltrona escutei o walk tok iniciar três vezes, era um chamado da Alanna. me desvencilhei de Damon que olhou para mim um tanto quanto confuso, fui até minha mesa e peguei o radinho, apertei o botão que me permitia conversar com Alanna.

- Na escuta.- digo aquilo esperando uma resposta de Alanna, mas sem tirar o olho dele, ele está se fazendo de bom moço.

- Maya, quero saber o motivo do qual te fez desistir de meter uma bala na cabeça daquele abutre.- ela se referia ao Damon, Alanna tinha sido encarregada de preparar a cidade para chegada de Damon e assim, o matar. Ele me olhou desconfiado e com um sorriso sarcástico no rosto.

- Código 15, estamos trabalhando juntos, por ordens do Capo.- o código 15 era uma forma de dizer para a outra que estávamos acompanhadas e que não deveríamos falar mais que o necessário.- Haizel precisa de você, coloque ordem no galpão, aquele cara está passando dos limites, chego em 15 minutos e é provável que eu não esteja sozinha, quero o perímetro inteiro liberado.

- Entendido.- ela desligou.

Levantei meu olhar para Damon, que prestava atenção em cada movimento e palavra minha, me sentei em minha cadeira novamente e enchi o pente de sua glock, segurei a mesma pelo cano e o entreguei, ele conferiu a arma, se levantou e guardou a mesma em seu cinto, no pé de sua barriga.

- Parece que sua rata ficou encarregada de me matar. - Ele gargalhou e olhou no fundo dos meus olhos enquanto chegava mais perto.- galpão?? 15 minutos?? Acho que está atrasada.- ele tombou a cabeça e tamborilou seus dedos sobre minha mesa.
- Acho que estou livre de você.- Se virou e foi andando em direção a saída.

- Damon, quer ver um show de graça??- chamei sua atenção, um sorriso presunçoso e sem mostrar os dentes era expressado em meu rosto.

pensei em não comentar com o mesmo sobre Vicente, mas a idéia de ele ir tomou conta, ele iria ver seu parceiro de trabalho sendo torturado por mim, sua nova parceira de trabalho, já que são amiguinhos, gostaria de saber como ele irá reagir.

- Claro, por que não??- Ele não é burro, sabe que quando se trata de um galpão, as coisas nem sempre permanecerão calmas.

Andei em direção da porta e abri a mesma, alguns olhares curiosos apareceram discretamente, ou melhor, tentavam ser discretos. Damon me seguia e não mudava um passo sequer da rota que eu traçava até a saída do edifício, apenas no elevador foi quando ele se espaçou para o meu lado.

- Olha que ótimo, deixou de ser minha sombra??- falei aquilo em tom sério e ele me olhou como se aquilo não fosse nada, ele não estava com medo, ele estava testando os que trabalham pra mim.- Está em minha proteção e não em uma coleira.- chegamos no sub-solo e a porta do elevador se abriu.

- Devo te seguir novamente ou irá colocar cães de guarda em minha cola???- pronunciou em tom desafiador.

- Não irá com cães de guarda, mas aconselho que aprenda a correr mais com o carro que você tem, não suporto gente lerda.- lembro de algumas horas antes, quando estávamos voltando para Greack, ele era lerdo demais, minha forma de dirigir é totalmente diferente da dele e tive que me adaptar para não deixá-lo para trás.

Abri a porta do carro e entrei, observei pelo retrovisor que Damon fez o memo, liguei o transmissor de voz que tem em meu carro, pedi para que abrissem as portas e que assim que eu saísse, era pra ligar todos os alarmes, até aqueles que detectavam uma maior área.

Acelerei o carro e parti em direção ao galpão, vi todos os sistemas de segurança serem ativados, em 15 exatos minutos chegamos no galpão, assim que descemos do carro e Damon se aproximou e dois milicianos apontaram seus fuzis para ele.

𝐏𝐔𝐗𝐄 𝐎 𝐆𝐀𝐓𝐈𝐋𝐇𝐎 - por Azzi (reescrevendo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora