𝐏𝐔𝐗𝐄 𝐎 𝐆𝐀𝐓𝐈𝐋𝐇𝐎 - por Azzi (reescrevendo)

ʀᴀɪɴʜᴀ - ᴄᴀᴘɪᴛ 29

𝐌𝐚𝐲𝐚

Durante 3 dias Damon foi até o galpão para fazer o que eu pedia, as mensagens foram escritas diretamente no corpo de Rick, cada parte do seu corpo com uma palavra que no fim formariam uma frase para Luke, ele pode ser meu maior medo, meu pior pesadelo, mas isso não significa que eu tenha que ser fraca até nosso encontro, posso continuar sendo meu pior até ele entender com quem está lidando.

Montinelli cuida de mim como se fosse seu bem mais precioso, algo frágil mesmo sabendo que não sou, com todo amor que eu nunca recebi antes, posso dizer que estamos mais próximos do que eu planejava e sinceramente não encaro isso como algo ruim, ele está me fazendo resistir a tanta coisa que eu nem lembro dos dias em que disse que iria o matar sem que fosse uma ameaça trivial.

Não sei o que somos e muito menos o que iremos nos tornar, mas temos algo que não sabemos explicar e nem rotular, apenas vivemos isso como podemos de acordo com a vida que levamos.

- Damon, precisamos trabalhar, lembra no dia que nos apresentamos?? Alanna nos avisou sobre os 08, encontramos eles e parece que estavam à nossa procura, a procura dos comandantes do inferno, parece que estamos conhecidos assim.- Sorri de canto entrando no cozinha, vi ele beber um copo d'água sem desviar o olhar de mim.

- Comandantes do inferno...- Soltou uma risada anasalada enquanto colocava o copo sobre o balcão.- Parece que somos conhecidos pelos apelidos que você mesma criou, Muerte.- Falou em Espanhol meu codinome e veio até mim as passos lentos.

- Eu ainda prefiro ser reconhecida apenas como Muerte e não como Comandante do inferno.- O provoquei, minha palavras bateram contra ele, um sorrisinho se instalou em seu rosto.

- Sério??- Perguntou com sarcasmo e segurou minha cintura com força.

- Põe sério nisso.- Falei mais baixo olhando para sua boca, ele percebeu e passou o dedo indicador desde meu pulso até chegar meu queixo e o levantou fazendo eu olhar em seus olhos.

- Que pena que não gostou, a partir de hoje seremos conhecidos como os comandantes do inferno, o demônio as vezes também pode dar ordens e mais uma vez você vai obedecer ele.- Eu nunca disse isso, mas amo quando ele tenta colocar ordem em mim, justo em mim.

Sorri de canto como se tivesse conseguido o que eu mais queria.

- Tem certeza que ela vai te obedecer??- Tirei suas mãos de minha cintura e fui avançando nele, cada passo que eu movia ele dava um para trás.

- Quero que ela tente me desobedecer.- Nesse momento eu parei, ele me desafiou?? Estava à um passo de cair no sofá, inclinei a cabeça para o lado, molhei os lábios e seu olhar subiu e desceu tantas vezes que posso ter certeza que nesse momento ele está tonto.

- Resposta errada.- O empurrei fazendo o mesmo se assustar e sentir o alívio imediato ao cair no sofá.- Acho que está provocando a pessoa errada Montinelli.- Sorri de canto enquanto sua expressão era de quem não consegue descifrar o que está por vir.

- Você é uma bomba, Grey. Posso te desarmar, mas também posso te fazer explodir tão fácil quanto.- Gratificante mesmo é escutar isso daqueles mais próximos de você, daqueles que te conhecem o suficiente para saber de tudo e ao mesmo tempo nada, não conseguir me decifrar mesmo que eu esteja pronta para ser lida como um poema, não ser compreendida quando está tudo explícito.

- Agora, quem vai me obedecer vai ser você e se isso não for cumprido, quem sairá perdendo é apenas você.- Ele já estava sem camisa então levei minhas mãos até a barra de sua calça, desamarrei o nó e fui abaixando aos poucos, percebi que ele já estava sem cueca.- Parece que você anda facilitando as coisas para mim.- Olhei em seus olhos, mordi o lábio inferior e ele me olhava como se eu fosse Deus, como se eu estivesse perto de realizar seu milagre.