ᴠɪɴɢᴀɴçᴀ - ᴄᴀᴘᴛ 4

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𝐌𝐚𝐲𝐚

– Eu espero que tenha entendido. – Tamborilo os dedos sobre a mesa, enquanto olho nos olhos da moça a minha frente.

Missão simples, porém se executada da forma errada, seriam menos peças em nosso tabuleiro.

– Fica tranquila, Maya. – Alanna estava tranquila, como sempre. Nunca a vi perder o controle, perder a cabeça. Não na frente de todos. – Essa missão é nossa, não tem como dar errado. É o plano perfeito.

– Sei disso, até porquê quem criou ele fomos nós, mas Lanna se esse plano for descoberto você tá morta, eles irão te matar na mesma hora. – a preocupação finalmente toma conta de mim. Belmont esteve comigo desde meu retorno, desde meu nascimento, ou melhor, renascimento. Desde que me entendo por pessoa, Alanna esteve ao meu lado.

– May, relaxa. – Ela tocou o dorso da minha mão, acariciou com o polegar como se aquilo fosse apagar a chama de medo em mim. – Se qualquer coisa acontecer comigo lá, você é livre para entrar e estourar a cabeça de cada um presente naquele lugar. – tentando me acalentar, mas não resolveu muito.

– Alanna, antes mesmo de acontecer algo com você eu mato cada um que está lá dentro. – Seriedade tomando conta, retirei minha mão de baixo da dela, não preciso de condolências, nada aconteceu e nem vai.

– Eu sei, Vagabunda. –com um sorriso acolhedor. – Mas que clima nojento de melação em, quando eu sair daquele lugar eu quero ir para uma balada e das boas. – Ela se levanta, ajeitando a saia colada ao seu corpo. – E eu espero que você ache uma. – Seus olhos fitam os meus por tempo suficiente para ela ver o pote de doces atrás de mim, geralmente são muito úteis para quando tenho queda de pressão.

Seus passos se tornaram pulinhos de satisfação e ela acelerou para pegar o pote inteiro.

– Deixe tudo aí, pegue apenas um e vá trabalhar. – Sorri, abrindo o notebook em seguida para colocar em ordem as planilhas da semana e conversar com meus sócios. – Vamos a balada Synamon, a que você tanto gosta, ou melhor... – Olho para ela de canta, caindo em uma gargalhada gostosa, após ela ter engasgado por saber o que eu diria.

Vejo suas mãos cheias de doce e me viro olhando o pote, quase vazio. – Vamos em carros diferentes, não tô afim de esperar você transar para poder ir para casa. – Sinceridade pura em seu tom. Alanna geralmente me espera em ocasiões como essa.

– Olha sua piranha, eu só vou transar se tiver um cara à altura do meu tipo, pra sua informação minhas exigências são altas, ok?? – Cruzei os braços, vendo ela levantar os ombros, logo em seguida um sorriso de criança levada brotou em seu rosto.

– Ah, é claro.- Lanna completa sendo irônica. – Porque pra me cogitar como uma opção, seu tipo tem que ser muito elevado mesmo, tá vendo??? – Ela da umas voltinhas mostrando o quão perfeita é.

Abri a boca como se tivesse acabado de ser traída, peguei a minha blusa presa a minha cadeira e joguei na direção dela, mas ela foi rápida o bastante para fechar a porta antes que a atingisse.

Não estou sendo importunada pelo Montinelli, estou sentindo falta de uma emoção em minha vida. Minha gangue está esperando os comboios passarem para atacar, com toda certeza aqueles três irão me render uma boa grana. Não houve movimentação em minhas novas aquisições, meu novos contratos para cassinos, que eu me presenteei com a luxúria de Damon Montinelli, queria poder visitá-las, mas vamos deixar elas paradas por enquanto, se eu for lá vou acabar revelando minha identidade, e isso eu só quero que aconteça no dia do baile... Ah esse baile, irá resultar em grandes consequências.

Ligo para Alanna.

– Quero os Albuquerque aqui imediatamente, Johan também. – Cruzei as pernas, olhando pela imensa janela de vídeo a minha frente. – E você também é uma das convocadas.

𝐏𝐔𝐗𝐄 𝐎 𝐆𝐀𝐓𝐈𝐋𝐇𝐎 - por Azzi (reescrevendo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora