ᴏʟʜᴀʀᴇs - ᴄᴀᴘɪᴛ 20

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A tenção daquele elevador só aumentava, ela abaixava diversas vezes para ver o curativo e encostava a bunda dela em mim, eu não me movia, apenas desviava o olhar e tentava me afastar. Três outras luzes se acenderam no painel, esse elavador iria parar mais três vezes.

A primeira vez era um homem, tinha por volta dos 55 anos, fitou ela por inteiro, respirei fundo na tentativa de que ele não olhasse para ela, mas foi tentativa em vão. A segunda parada era uma mulher, entrou e não observou muito, agradeci aos deuses por isso. Na última parada entraram dois caras, esses sim me irritaram, olharam ela por inteiro, assobiaram e tentaram persuadir ela.

Pigarreei com a garganta tentando desviar a atenção deles, mas não funcionou, entrei na frente dela, evitando que todos olhassem para ela, fiquei de cara fechada para eles até todos saírem quando o elevador chegou ao térreo.

- Maya, não abre a boca por favor.- Avisei vendo que ela iria falar algo, um sorriso estampou o rosto dela, saiu de trás de mim e foi andando para qualquer direção.- É por aqui.- Ela voltou até mim mancando e foi me seguindo até eu deixar ela em seu carro.

- Temos trabalho ainda hoje, reunião com os assistentes do Santino, esteja lá.- Ela entrou no carro e me alertou sobre isso, assenti vendo ela trocar a marcha para ré e acelerar com tudo até a saída, o porteiro me viu e abriu o portão as pressas, Maya passou pela brecha, virou o carro fazendo os pneus cantarem e partiu em direção a estrada.

(...)

𝐌𝐚𝐲𝐚

Cheguei em minha casa, tomei um banho longo e extremamente relaxante, assim que saí, refiz o curativo e analisei bem os pontos, Damon realmente sabia o que estava fazendo, fui até o closet e separei um sutiã de renda branco, uma calça de alfaiataria cinza que ficava um pouco larga na perna, para não afetar a cicatrização e uma jaqueta de couro, com um colar corrente grosso.

Deixei o cabelo secar naturalmente e consequentemente formariam ondas simples. Fiz uma maquiagem básica e coloquei um salto preto.

Comi uma macarronada que pedi para Alanna preparar para mim uns dias antes, peguei a chave do meu McLaren 570S Coupé e fui para o meu edifício.

(...)

Subi de elevador e assim que entrei Alanna encontrou seu olhar com o meu, arregalou os olhos e veio rápido até mim.

- Você tá ficando louca de sumir assim??? Eu recebi a porra da notícia que você tomou um tiro, causou uma puta explosão e desapareceu.- Ela checou meu corpo por completo, puxei ela para um abraço, seu abraço era forte, me apertou com força como se tivesse me perdido.

- Eu tô bem minha Rainha.- ficamos assim por alguns minutos, fiz carinho em suas costas.- Tá tudo bem.- ela segurou meu rosto e me encarou, depositei um beijo em sua testa, ela sorriu e se afastou.

- Quem te ajudou??- Fui dando passos curtos tentando não mancar e ela me seguindo.

- Damon Montinelli.- Ela parou no meio do caminho, olhei previamente e sua feição era de surpresa. Antes de entrar em meu escritório vi Damon chegando, abri a porta e fiquei esperando o mesmo que estava com um terno preto, gravata preta, camisa branca e um coldre atravessado em sua ombro. Ele passou por Alanna que segurou seu braço com força e provavelmente o agradeceu, mas acompanhou de um xingamento provavelmente.

- De nada Mocréia.- Ele olhou nos olhos dela e se desvencilhou, vindo até meu escritório comigo.

- Olá, minha cerejinha.- "minha cerejinha"????? Fiz cara de quem não gostou nada desse apelidinho. Ele estava extremamente cheiroso, seu cabelo molhado representando que o mesmo acabara de tomar banho, ele entrou e se sentou no pequeno sofá que tenho no canto do cômodo. Se sentou bem jogado, com as pernas abertas e os braços no encosto do sofá.- Teremos o que hoje??

𝐏𝐔𝐗𝐄 𝐎 𝐆𝐀𝐓𝐈𝐋𝐇𝐎 - por Azzi (reescrevendo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora