Capítulo 75

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Any Gabrielly

Acordo sentindo uma dor forte na cabeça, em minha frente a uma mulher, ela parece ser alta, tem a pele clara, olhos azuis e os cabelos são em um tom castanho bem claro, quase loiro. Ela estava com um pano com cheiro forte em meu nariz.

E quando vê que acordei ela sorrir. Quando consigo raciocinar direito me sento rápido, cadê meus filhos? Olho ao redor e vejo que estou em casa.

— quem é você? O que está fazendo na minha casa? - pergunto a olhando apavorada, uma mulher entra na sala com Anthony no colo, me levanto rápido e o pego do colo dela. - cadê a minha filha? Cadê a Megan?! Quem são vocês? Eu vou chamar a polícia!

Eu iria subir a escada para ver se Megan estava em algum quarto mas a mulher que estava com o pano em meu nariz, me para.

— você está muito nervosa, se acalme. Me dê ele e senta no sofá, por favor? - ela diz e estende os braços para pegar Anthony mas eu o seguro forte, mas com cuidado para não machuca-lo.

— duas mulheres que eu nunca vi em toda a minha vida estão em minha casa. Uma delas estava segurando o meu filho, e nenhuma de vocês duas me disseram onde está a minha filha! Como você quer que eu não fique nervosa?! - digo sentindo as lágrimas se formarem em meus olhos.


— ela está certa. Seria estranho se ela não estivesse nervosa. - a mulher morena diz olhando para a de pele clara.

— cadê a minha filha?

— Megan está bem. Ela está no quarto dela dormindo - não espero ela terminar de falar e vou em direção a escada de novo mas como da outra vez, elas me impedem de ir até lá.

— por que vocês não deixam eu ver minha filha? Eu quero ver a Megan! - digo alto e Tony se assusta e começa a chorar.

— Any se acalma. Não somos sequestradoras ou nada do tipo. Meu nome é Dytto, e o da minha amiga é Nour, precisamos que você fique calma para conversarmos com você. Não iremos lhe fazer mal. - a mulher chamada Dytto diz e eu sento no sofá tentando acalmar Anthony.

— eu falei que ele ia estragar tudo. Nunca vi alguém ser tão afobado como ele.

— eu sou enfermeira, trabalhava nas forças especiais norte americanas mas não trabalho mais. A Nour é repórter. Viu? Não tem o que temer, somos pessoas boas, prometo.

— não acredito mais em promessas, uma pessoa que eu conheci era péssimo em cumpri-las. Como sabem o meu nome?

— Uma pessoa falou de você para nós, assim como falou sobre a Megan e sobre o Anthony. - Nour diz sorrindo.

— Any, até onde você se lembra antes de desmaiar? - Dytto pergunta e eu a olho confusa.

— eu desmaiei? - pergunto e ela assentem. - bom, eu me lembro de estar na cozinha, eu estava cortando algumas frutas para Anthony, eu iria levar ele e a Megan a um parque. Escutei alguém abrindo a porta e a Megan foi ver quem era e depois disso não lembro mais de nada.

Ter visto o Josh deve ter sido algum tipo de sonho enquanto eu estava inconsciente, só pode ter sido um sonho.

— não se lembra mais de nada? - Nour pergunta e eu nego.

— nem de mim? - escuto de novo aquela voz, a única voz que faz meu coração acelerar e borboletas sambarem em meu estômago.

Ele para em minha frente e sinto tirarem Anthony de mim mas eu não consigo desviar os olhos dele. Josh está parado em minha frente.

— eu disse que iria voltar. - ele diz e eu me jogo nele o abraçando o mais forte que consigo. Tenho medo de tudo ser mentira e ele desaparecer dos meus braços.

— v-você tá vivo o-ou e-eu estou doida? P-por favor diz que é a primeira opção. - digo ainda o abraçando e o s da sua risada acende algo em mim.

— não sei se você está doida, provavelmente, cuidar de duas crianças deve deixar você de cabelo em pé. Mas sim Any, eu estou vivo, mas eu acho que não por muito tempo. Você não está me deixando respirar, amor.

O solto e toco em seu rosto, sinto sua barba, passo a mão em seus cabelos, e ele apenas sorrir mas seu sorriso se desmancha quando lhe dou um soco.

— você sabe o que eu passei achando que você morreu? O que a sua família passou? A Megan chorava todos os dias, ficou um mês em casa porquê tinha medo que eu a deixasse na escola e não voltasse. E-eu chorei to-dos os dias p-por sua causa. Vo-você não t-tinha esse direito. - começo a soluçar e a gaguejar, ele me abraça de novo e esconde o rosto em meu pescoço, sinto suas lágrimas molharem meu pescoço.

— eu senti tanta a sua falta, meu amor. Eu sinto tanto por não estar aqui com você, não estar ao seu lado no nascimento do nosso filho, por ter feito a Megan sofrer tanto. Ela está lá em cima dormindo, sempre que eu tentava sair do quarto ela acordava e pedia para que eu ficasse lá. Assim que eu lembrei de tudo quis vir o mais rápido possível.

— eu acho que você têm muita coisa para me contar. - digo tentando não gaguejar e ele assente ainda com o rosto em meu pescoço. - pode começar me falando quem são essas mulheres na nossa casa? Eu quase chamei a polícia.

— elas que salvaram a minha vida, durante todo esse tempo eu fiquei na casa delas. Elas cuidarão de mim e me ajudaram a relembrar de tudo. - ele diz e eu sorrio para as duas que nos olham emocionadas. A porta é aberta e por ela entra Joalin, Sofya e Sina.

— cadê os sobrinhos mais lindos que eu tenho?! - Sofya diz sorrindo mas para assim que me olha, ou melhor, olha para Josh. Ela, Joalin e Sina estão estáticas.

— e você tem outros sem ser os meus filhos? - Josh diz e elas arregalam os olhos.

— eu acho que tô tendo alucinações. - diz Joalin.

— se você está tendo eu também tô. Estou vendo o mesmo que você - diz Sina.

Sofya continua calada olhando fixamente o irmão. Uma lágrima saí de seu olho e logo várias começam a sair desenfreadas.

— Josh. - ela diz baixo e anda até ele devagar, parece estar com medo de que não seja real.

Saio de perto do Josh e ela o toca, quando sente que ele é real o abraça apertado. Eu sorrio olhando a cena e em segundos Joalin e Sina já estão o abraçando também.

Olho para Dytto e ela está segurando Anthony, seus olhos estão marejados e ela sorrir olhando a cena. Nour também os olha e sorrir mas diferente da amiga, ela está chorando.

Pego Anthony do colo de Dytto e ele sorrir olhando para o pai e as tias. O pequeno não tem nem um ano e parece enteder o que acontece a seu redor.

— papa! - ele diz olhando Josh e balançando os pequenos bracinhos gorduchos em direção ao pai.

•O SOLDADO•beauany [Concluído✓]Where stories live. Discover now