•O SOLDADO•beauany [Concluído✓]

capítulo 49

Maratona 2/5

Any Gabrielly

As aulas de música tem sido incríveis, e meus colegas de turma são maravilhosos, ainda não tive oportunidade de falar com o Josh então tudo aí está em segredo.

Max tem me ajudado muito com as coisas em que tenho dificuldades, o que não agrada muito algumas garotas da turma. Ele vêm se mostrando muito gentil e simpático.

Nos aproximamos muito, o que fez Joalin ficar com raiva, eu sinceramente não entendo toda essa implicância com ele, e eu não acredito muito nisso de "sexto sentido Beauchamp".

As aulas acabaram agora e estou saindo da universidade, hoje é o aniversário de casamento do meu chefe e por isso ele deu folga para todos hoje, quando eu soube quase lhe dei um beijo. Estou super cansada.

Como hoje é sexta-feira irei ficar três dias em casa, sem trabalhar. Eu e meu corpo agradece.

— ei Moranguinho, me espera! - olho para trás e vejo Max correndo para me alcançar.

— tudo bem? - pergunto quando ele está em minha frente com a respiração acelerada por conta da pequena corrida.

— sim, eu só queria saber se você não quer sair comigo para algum lugar. - ele diz baixo olhando para os lados.

— por que está falando baixo?

— tô com medo da anã assassina aparecer. Parece que ela sabe quando estou perto de você.

— anã assassina?

— é a sua amiga loira. Parece que a qualquer momento ela pode me matar. - ele diz se referindo a Joalin. E eu começo a rir porque é verdade.

— ela é um amor de pessoa, vocês apenas não se conhecem direito aínda.

— então mudando de assunto, você aceita sair comigo?

— eu de verdade adoraria sendo qualquer outro dia sem ser esse. Estou muito cansada.

— o que você faz depois da universidade para ficar tão cansada. - ele diz e eu volto a andar e ele me acompanha.

— eu vou ao meu trabalho onde fico em pé praticamente o tempo inteiro, e quando saio vou direto para a casa dos meus sogros ver o meu filho. - digo e ele arregala os olhos.

— você tem filho?!

— sim, um de quatro patas. Buster é um pastor alemão. - digo e vejo ele ficar aliviado.

— espera, você disse sogros? Você namora?

— sim, para as duas perguntas. - digo para o mesmo que agora está com uma expressão indecifrável.

— ele estuda aqui?

— não, ele não faz faculdade. Agora ele está viajando por causa do trabalho, porquê antes você o veria o tempo todo aqui. - digo rindo me lembrando das inúmeras vezes que ele interrompeu as aulas.

— ele trabalha com o que?

— ele faz parte dos serviços especiais. - digo ao mesmo que arregala os olhos de novo. - ele é do exército, agora ele está no Afeganistão.

— deve ser difícil ser namorada de um soldado né?

— sinto saudades dele e sempre fico preocupada pensando se ele está bem.

— entendo.

— mas vamos parar de falar do meu namorado, não quero começar a chorar na frente de todo mundo. - falo dando uma breve risada e ele me acompanha.

Poucos passos depois chegamos no prédio do meu dormitório.

— tchau Max, obrigada por me acompanhar até aqui. - digo parando em sua frente.

— se você quiser, te acompanho até a porta do seu dormitório sem problema nenhum.

— ah obrigada mas não precisa.

— então tá bom. Tchau Any.

— tchau.

Vou andando até o elevador mas antes que eu entre escuto alguém me chamar. Olho para traz e é a inspetora dos dormitórios.

— tudo bem senhora Ruth? - pergunto andando até ela.

Ela nunca me parou para conversarmos. As únicas vezes em que ela falou comigo foi quando entregou a chave do dormitório pra mim, e quando ela me disse que eu não dividiria o dormitório com ninguém por enquanto.

— sim, tá tudo bem. É só que chegou isso para você. - ele diz me entregando uma carta onde avia apenas o meu nome. E endereço da universidade e do prédio do dormitório.

— obrigada. - digo ainda estranhando a carta.

— de nada.

Tento pegar o elevador de novo mas estava demorando. Então vou de escada, assim malho as pernas e chego em casa rápido, são só três andares, e assim vou para as escadas que levam para os andares do dormitório.

Péssima escolha Any Gabrielly, ainda estou no segundo andar e já tô morrendo. Pra que eu fui inventar isso? Pra voltar é mais fácil e já deve ter algum elevador. Não, agora eu vou subir até a minha casa, isso virou um desafio pessoal!

Depois de alguns minutos chego na porta do meu dormitório. Se eu não tivesse tão cansada faria uma dancinha de comemoração. Abro a porta e jogo minha bolsa no chão e vou até o sofá quase rastejando.

— você tá muito sedentária Any Gabrielly! Vamos começar a se exercitar, todos os dias! Menos hoje. - digo comigo mesma e com muito custo sento no sofá.

Olho para a carta em minha mão e começo a abrir.

Querida Any

Você não faz idéia de como estou morrendo de saudades de você, a cada dia longe de você é um pesadelo, o que me faz permanecer em pé, é pensar que em breve irei lhe ver de novo e olhar o nascer e por do Sol, isso faz com que eu me sinta mais perto de você de alguma forma, já que você é o meu Sol. Está muito difícil para nós aqui, se comunicar com os familiares, então o que melhor que uma carta para conversar? Estou me sentindo em um filme de época, escrevendo uma carta para o meu grande amor hahaha. Como estão as coisas aí? Você está bem? Está se alimentando direito? Lembre, nada de comer só besteiras! Só quero que saiba que está tudo bem comigo. Eu te amo, até logo Any!

Joshua B.

Sorrio lendo a carta e vou até minha bolsa, pego uma folha do meu caderno e uma caneta e começo a escrever uma carta pra ele.

Assim que acabo de escrever vou direto para a cozinha fazer alguma coisa para comer. Como não vou trabalhar, começo a estudar enquanto a comida fica pronta.

Minha comida não se compara com a de Josh, quando acabo de comer arrumo a casa, vou no mercado comprar algumas coisas que faltam.

Já é de noite e eu não consigo dormir, rolo de um lado para o outro mas nada de o sono vir. Resolvo levantar e fazer um leite quente, assim que o leite está pronto vou até a varanda e sento no banco, olhando para o céu.

E assim eu consigo dormir, olhando para a Lua e pensando no Josh.

→Continua←★