Capítulo 57

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Josh Beauchamp

Ficamos mais um pouco na praça e depois fomos embora, Any falou com o chefe dela e ele deixou ela ficar em casa hoje. Dirijo até minha casa, Any que antes estava no banco do passageiro passou para trás pra ficar com Buster.

Quando descemos do carro após chegar em casa já consegui escutar falatórios dentro da casa. Entramos e vejo nossos amigos e meus pais, quando eles nos olham sorriem e vem me abraçar e damos um abraço coletivo.

— senti tanta saudades calopsita. - Noah diz me abraçando forte e faço o mesmo.

— também senti saudade Urrea. - digo e com muito custo ele me solta. E vou em direção aos meus pais.

Minha mãe como sempre estava com lágrimas nos olhos, beijo o topo de sua cabeça e lhe dou um abraço junto ao meu pai. Quando nos soltamos minha mãe me da um tapa ardido no braço.

— por que tá todo mundo me batendo?!

— porquê você fez a cagada de terminar com a Any! - minha diz agora raivosa.

— olha o que você fez Any! Agora tá todo mundo me batendo por sua culpa. - digo em tom brincalhão e ela rir.

— você que terminou comigo Beauchamp, a culpa não é minha. - ela diz rindo e por um momento me perco naquele sorriso.

— é sério isso? Vocês vão agir como se nada tivesse acontecido?! - Sabina pergunta séria olhando nós dois.

— antes de sermos namorados éramos e somos amigos, nosso relacionamento amoroso acabou mas isso não significa que a amizade acabou também. Voltamos a ser o que éramos antes, apenas amigos. - Any diz andando para perto de mim.

— e tá tudo bem. - digo pondo minha mão em sua cintura.

— não, não tá nada bem! Mãe, fala pra eles voltarem. - Joalin diz manhosa chegando perto da minha mãe e eu rio.

— é impressão minha ou vocês ainda não superarão nosso término? - digo e vejo Savannah me olhar irritada.

— não teve término nenhum! Vocês ainda namoram e pronto. Só a minha opinião importa. - Sav diz e Any rir.

[...]

Fizemos uma pequena festa por causa da minha volta mas ela não durou muito já que amanhã eles precisam ir para a universidade, todos já foram, menos Sina que vai dormir aqui e Any que já tentou ir embora mas minha mãe e as garotas não deixaram.

— você acha que eles vão superar? - ela pergunta quando nos deixam sozinhos na sala.

Nem eu ainda superei.

— acho que sim. É apenas questão de tempo, e não é como se eles tivessem escolha, vai chegar uma hora em que você vai começar a namorar e eles terão que aceitar. - digo mas o pensamento de saber que Any poderá namorar com outro cara sem ser eu me faz ter vontade de vomitar.

— eu acho que você irá começar a namorar primeiro do que eu.

— eu acho que irá ser você. Já tem até um pretendente. - digo e rimos.

E do nada ficamos em silêncio. Não um silêncio agradável que sempre ficamos, e sim um silêncio desconfortável. Nunca ficamos assim, eu não sei o que fazer.

Pego em sua mão me levantando e ela levanta também com confusão no olhar, sorrio e ando até fora de casa, a levando até onde tudo começou.

Abro a porta que leva ao Jardim e ela sorrir apenas em ver seu sorriso faz com que eu queira sorrir também. Entramos e vamos em direção a parte onde não tem flores.

Sentamos e ficamos em silêncio olhando pra frente, até nos olharmos ao mesmo tempo e rimos.

— parece que foi ontem quando tudo começou. - digo e ela assente.

— eu acho que aqui é nosso lugar. Foi aqui onde conversamos pela primeira vez, onde nos conhecemos realmente.

— onde começamos a namorar e fazer planos pro futuro. - digo me lembrando das vezes em que deitavamos aqui e ficavamos olhando o céu e falando sobre como queriamos para nosso futuro.

— você acha que iremos mudar? Sabe, as coisas ainda estão muito recentes, quando terminamos você estava a quilômetros de distância. Será que agora vai ser diferente com você aqui? - ela pergunta sem me olhar.

— eu não sei. Mas não quero mudar com você, acho que não conseguiria te tratar com indiferença ou como uma ex namorada. Você é mais que isso, sempre será. - digo a olhando. Mas ela não me olha.

— eu tô com medo. - diz baixo.

— De que?

— de não conseguir deixar de te amar. Será que esse amor vai acabar? - ela pergunta retórica e solta um suspiro cansado - Josh vai chegar um momento em que iremos nos relacionar com outras pessoas e eu tenho medo,  não quero te ver feliz com outra pessoa e ficar sofrendo vendo que sua felicidade não é comigo. - ela diz e a melancolia em sua voz faz-me mau.

— não pense sobre isso. Não sabemos como o futuro será, não tenha medo de algo que você não sabe se acontecerá ou não. Sobre o seu amor por mim, espero que não acabe, quero que continue me amando mesmo que seja apenas por amizade. Mas se esse amor chegar a te machucar, eu quero que deixe de me amar. Não quero que sofra por mim. - digo e ela da um pequeno sorrisinho 

— e o seu amor Josh? Você acha que irá deixar de me amar?

— ele nunca irá mudar, disso eu tenho certeza e se mudar é porquê está crescendo. Eu sempre vou te amar Any. - digo e ela me olha, seus olhos marejados com lágrimas prontas para cair.

— eu sinceramente não entendo porquê tudo isso. Por que quis terminar comigo?

— não quero você presa a algo que te faça mal.

— nosso relacionamento não me fazia mal Joshua.

— mas sua preocupação por mim sim, seu medo que algo acontecesse comigo. Ou você acha que sua insônia todas as noites eram normais? - digo mais sério do que queria e agora ela me olha com raiva.

— eu me preocupo com você porquê me importo, porquê te amo. E terminar comigo não vai fazer isso mudar. Mas se você prefere assim, tudo bem.

•O SOLDADO•beauany [Concluído✓]Where stories live. Discover now