•O SOLDADO•beauany [Concluído✓]

Capítulo 27

Josh Beauchamp

Passamos o dia todo juntos, já que hoje é sábado às meninas não vão para a universidade. Agora de noite as meninas já foram para as casas delas.

Eu, Taylor, Alex e Lamar estamos sentados na mesa que tem do lado de fora de casa. É uma mesa de piquenique, minha mãe comprou assim que começamos a morar nesta casa. Sempre que fazemos churrasco sentamos aqui.

Estamos cada um com uma garrafa de cerveja conversando sobre nossas vidas. Lamar falou que quer pedir a namorada em casamento, e se ela aceitar eu e Alex seremos os padrinhos e Taylor uma das madrinhas.

Taylor falou de sua saída do exército e como o esperado, eles apoiaram a decisão.

— Agora eu sei porquê se apaixonou pela Any, ela é encantadora. - diz Alex bebendo um pouco da cerveja.

— e caso esteja com medo dela não gostar de você, não se preocupe. Ela também gosta de você. - diz Tay e meu peito se enche de esperança.

— como você sabe? Ela te falou?!

— nem precisa, é só olhar pra ela que você percebe. Os dois ficam com cara de bobos se olhando. Fora as olhadinhas disfarçadas que vocês dão um pro outro. - Lamar diz e os outros dois concordam.

Quando eu iria dizer algo, Noah, Bailey e Krystian aparecem. Os três foram para a cidade vizinha visitar as famílias deles, que por coincidência moravam no mesmo bairro.

Falei com eles que quando voltássem, se quisessem, poderiam vir aqui.

— e aí! - Noah diz e eu apresento eles.

Em pouco tempo eles começam a conversar como se já se conhecessem a anos, o que me deixou muito feliz. É bom ver meu círculo de amizades juntos.

Ficamos conversando por horas até que cada um foi embora. Fecho as portas da casa e vou para o quarto, tomo um banho rápido e vou dormir.

[...]

Acordo assustado e ofegante, ligo a luz do abajur e respiro fundo tentando controlar minha respiração. Tive um pesadelo horrível e o pior é saber que não foi só algo que minha mente criou, foram lembranças.

É engraçado como nosso cérebro prega peças na gente, sempre que queremos esquecer de algo ruim lembramos mais.

Esse pesadelo foi o pior de todos. Sonhei com cada pessoa que matei, o que não foi pouco. Deus sabe quanto sangue tem derramado em minhas mãos, e o quanto eu sofro por isso.

Saber que essas pessoas eram ruins não me fazia sentir melhor. Sempre tendo ocupar minha cabeça para não pensar nisso, e estava funcionando até agora.

Levanto e vou até minha escrivaninha, abro a pequena gaveta que tem nela e pego meu livro.

Ganhei ele do meu avô quando fiz quinze anos, é praticamente um diário. É um livro de capa dura da cor vinho, as folhas são sem linhas.

Escrevo tudo o que acho de importante aqui, sempre quando viajo levo ele comigo. Sempre que algo me incomoda eu escrevo nele.

Desde de que cheguei da última viagem não escrevi nada, acho que agora é uma boa hora.

As horas passam e pego no sono novamente.

[...]

Estou no meu carro indo em direção a casa da Any. Todo domingo eu vou lá e fazemos nossa maratona de filmes e séries, agora são meio dia, e estou levando pizza para almoçarmos. Sei que não é saudável mas todo domingo é dia de comer besteira. Os domingos se tornaram meus dias favoritos da semana.

Enquanto dirijo observo que o céu está escurecendo por conta das nuvens de chuva. Provavelmente a noite irá cair uma tempestade.

Assim que chego ao estacionamento do prédio começa uma chuva forte e corro para entrar dentro do prédio. Sinto minha camisa branca molhada mas tudo bem, vou indo até o elevador e aperto o botão em questão de segundos o elevador chega e entro.

Sou o único no elevador e em pouco tempo chego no andar da Any. Assim que as portas do elevador se abrem eu saio, ando até a porta do dormitório dela e a cada passo que dou meu coração acelera mais.

Não importa quantas vezes eu a veja, meu coração sempre acelera e fico nervoso. Bato na porta e ela logo abre.

Any está com uma legging preta e um moletom de uma série que ela gosta, seus cabelos estão soltos e mais cacheados que o normal. E como sempre ela está maravilhosa.

— trouxe pizza pra gente! - digo e ela abre um sorriso e solta um gritinho animado que me faz sorrir.

— e eu comprei alguns doces e chocolates ontem. Vale a pena ficar a semana toda comendo coisas saudáveis, para todo domingo ser assim. - ela diz e abre mais a porta para eu entrar, eu entro e ponho a pizza em cima da mesa.

Quando me viro para ver Any, ela está corada e olhando para seus pés.

— sua camisa está molhada. Vai lá tomar um banho para não ficar resfriado, eu vou procurar alguma roupa pra você. - ela diz e assinto indo direto para o banheiro.

Começo a me despir e logo depois entro no pequeno box ligando o chuveiro. Foi um banho rápido, pego uma toalha seca no armário da pia e me seco a botando em volta de minha cintura.

— Josh! Vou deixar sua roupa aqui no chão tá! É só abrir a porta e pegar. - diz Any e eu apenas falo que tudo bem, escuto seus passos se afastando e abro a porta um pouco.

Pego as calça moletom e minha blusa social branca. Visto minha a mesma cueca que estava vestindo antes e boto a roupa que Any trouxe.

Saio do banheiro e a vejo sentada no sofá escolhendo algum filme, olho para a janela e vejo a forte chuva lá fora.

— posso te perguntar uma coisa Gabrielly? - falo sentando ao seu lado, só á vendo fico nervoso e meu coração acelera, mas tendo agir normalmente.

— pode. - ela responde ainda olhando para a televisão

— como aqui tem roupas minhas se eu nunca trouxe uma aqui, que eu me lembre. - digo e agora ela me olha, suas bochechas avermelham e ela abre um sorriso sem graça.

— talvez, só talvez! Eu possa ter pego no seu armário nas vezes em que eu fui no seu quarto. Mas só foram essa. - ela diz mexendo na barra do moletom que está usando. - o que eu posso fazer se elas são mais confortáveis? E aí se você levar elas pra sua casa.

Ela diz me olhando séria apontando o dedo para o meu rosto e eu começo a rir.

— são as minhas roupas Any Gabrielly. - digo em um falso tom de indignação.

— eram Beuachamp! Eram suas roupas, agora são minhas. - ela diz e rimos.

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→Continua←

Deixem a estrelinha★