ᴄᴀʀᴛᴀ - ᴄᴀᴘᴛ 9

Começar do início
                                    

Vejo todos os corredores já fora dos carros e avisto alguém que não queria que estivesse aqui, mas vou ter que fingir que não conheço ele, Vicente. Um dono de uma máfia também, não procurei muito sobre ele, parece que ele é um pouco fracassado, por isso não era um dos meus alvos.

Abri a porta do carro e pude perceber muitos olhares curiosos e de admiração. Fui até Fred, carregando olhares em minhas costas, ele apenas deu um sorrisinho malicioso e debochado. O retribuí da mesma maneira. Vicente me encarou de uma forma nojenta e eu senti que poderia guardar seus dentes de recordação nesse exato momento. Os torcedores gritavam diversas cantadas e elogios, alguns comentários foram escrotos, mas eu não podia fazer nada aqui.

Abri um sorriso e parecia estar tudo em câmera lenta, andei em direção ao pódio, aqui as corridas são apostas de altos valores, chegam a desembolsar até 2 milhões. O 1° lugar era meu, sempre será meu lugar em todos os aspectos.

Lá estava eu, me virei em direção a todos que estavam gritavam meu nome, abri os braços pedi mais gritos, aquilo era canção para os meus ouvidos, agradeci com a cabeça e me entregaram o microfone.

– Espero vê-los novamente, e ser novamente recebida com todos esses aplausos e elogios.

Os outros que também foram bem na corrida estavam ao meu lado, Fred ficou em 3°, o Vicente ficou em 2°, ele era o cara do carro verde, carro atraente sem sombra de dúvidas. Pena que o dono é um cuzão.

Desci ao degrau do Fred, abracei ele e dei um beijo na bochecha dele me despedindo, ele sorriu carinhoso. Não posso ficar muito tempo assim sem o mínimo de proteção.

– Espera gata, vamos em algum lugar??- Fred segurou minha mão me impedindo de descer e ir embora, olhei para ele novamente, eu odeio despedidas.

– Não.- digo simples, separo nossas mãos e desço. –  você se considera o próprio garanhão não é mesmo, Fredinho?? – Sempre usei apelidos engraçados com ele e esse fazia parte de uma piada nossa.

– Para de me chamar assim Maya, você sabe que eu odeio. E eu sou o que todas querem, gata. – disse piscando o olho esquerdo, enquanto descia do pódio, vindo em direção ao meu pescoço para beija-lo.

Minha intimidade deu até sinal de vida com aquele beijo, o meu pescoço era meu ponto fraco.

E ele sabia disso muito bem.

– Para mim não gatinho, melhore nas suas cantadas, não é assim que você vai me conquistar. – menti sussurrando em seu ouvido, sentindo ele tremer.

Deixei ele para trás com um sorrisinho no rosto, seu ego balançado e uma ereção clara.

Peguei minha maleta de dinheiro, pelo que sopraram para mim, nessa maleta tinha por volta de uns 50 mil. Recuperando o que é meu.

Aponto para as garotas no canto da torcida e ele me olha abismado, ele dará um jeito de se satisfazer. Vou em direção ao meu carro, os olhos de Vicente estavam pregados em mim, talvez esteja desconfiando de mim??

- Quer me fazer alguma pergunta??- me viro para ele erguendo minha cabeça dando um ar de superioridade.

- Não, se eu quisesse já teria ido até você gata.- disse totalmente sem educação.

Não dou atenção e continuo andando.

- Mas vem cá, qual é a dessa sua tatuagem aí.- diz olhando diretamente para os meus seios.

Me lembro da tatuagem que tenho no meio dos seios escrito "Muerte", se ele fosse esperto o suficiente já teria descoberto. Apenas ignorei e continuei caminho até meu carro, até sentir uma mão em meu braço me segurando com força.

𝐏𝐔𝐗𝐄 𝐎 𝐆𝐀𝐓𝐈𝐋𝐇𝐎 - por Azzi (reescrevendo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora