Orgulho e Sensibilidade - Jay Park

Possibilidades

Estou totalmente estática diante do olhar dominante dele, ele fica de pé na minha frente e me olha buscando respostas, eu mal posso falar, ele se aproxima de mim e flashes da nossa noite juntos passam pela minha cabeça e eu coro. Ele me olha como se estivesse decepcionado.

Jay - Tá vermelha porque S/N? Que droga! O QUE VOCÊ FEZ?

Ele me pega pelos braços me sacudindo e eu estou sem ação, ele está totalmente descontrolado. Eu puxo meu braço vendo que ficou uma marca vermelha.

S/N - Porquê você quer saber Jay? Não era só uma noite? Não era só uma transa?

Ele me olha como se tivesse levado um soco, ele abre a boca para falar algo mas somos interrompidos.

Yan - O quê está acontecendo aqui?

O Jay me olha e seus olhos estão cada vez mais confusos, eu não desvio meu olhar do dele.

S/N - Nada, está tudo bem. Como você entrou? O quê está fazendo aqui?

Yan - Sua mãe me deixou entrar, vim devolver o casaco que você esqueceu no meu carro.

Lembro que no dia da apresentação esqueci meu casaco no carro dele e pego o casaco o agradecendo. Ele me olha buscando respostas, mas eu não sei o que dizer.

Yan - Bem, eu vou indo, qualquer coisa me liga.

Ele sai e eu volto meu olhar para o Jay que estava com os olhos cheios d'água, ele parece decepcionado e seu olhar me corta o coração. O quê houve? Ele olha para baixo e se vira de costas para mim como se tentasse conter as lágrimas. Depois ele vira para mim e seus olhos agora são de pura raiva, ele dá um sorriso sarcástico antes de dizer.

Jay - É... Foi só uma transa e você é só mais uma vadia.

Meu coração afunda ao ouvir aquelas palavras, eu me entreguei para ele por estar apaixonada e agora ele me julga uma vadia. As palavras das quais eu fugi ontem de manhã me perseguiram até aqui. Por quê ele tinha que vir na minha casa só para me ofender? Por quê não seguiu a vida dele normalmente? Eu queria que a última lembrança que eu tivesse dele fosse de nós dois fazendo amor, mas agora o que vai ficar gravado será ele me chamando de vadia. Ele continua me olhando até que sai pela porta indo embora e eu caio de joelhos no chão em prantos. Como ele pode fazer isso comigo? Eu não merecia isso, sinto as lágrimas vindo cada vez mais forte e na minha cabeça as últimas palavras dele ecoam na minha cabeça, choro até não conseguir mais até que lembro que tenho que dar aula, me levanto a contragosto, tomo um banho me visto e vou até o Studio tentando disfarçar a minha tristeza. Na hora do almoço me surpreendo vendo o Simon entrar no Studio com o notebook. 

Simon - Oi princesa tudo bem?

Ele sorri para mim e me dá um abraço, eu quase desabo, estava tentando ao máximo me controlar para não chorar, mas o tom paternal do Simon perguntando se eu estou bem é o gatilho que faltava e eu tento dar um sorriso mas logo me debulho em lágrimas.

Simon - Hey hey, tá ruim assim é?

Eu balanço a cabeça em sinal de sim e ele me leva até o sofá onde geralmente alguns pais sentam para esperar ou observar a aula.

Simon - O Jay também não está nada bem, mas não quis me contar nada. Vocês brigaram?

Eu tento enxugar as lágrimas e ele coloca uma mão no meu ombro tentando demonstrar apoio, sinto que sua preocupação é genuína.

S/N - Eu não entendo o Jay, não sei o que se passa na cabeça dele, ele me diz uma coisa e então depois está agindo de outra forma.

Simon - Olha, o Jay tem o traumas dele e infelizmente ele tem mania de jogar esses traumas em cima de quem não tem culpa. Ele não confia em ninguém e por isso ele se isola do mundo.