Cuidados

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Acordo sentindo muita dor na cabeça e no corpo, ouço uma voz doce ao longe mas não consigo responder. Sinto suas mãos macias em meu rosto ferido e tento abrir os olhos. Quando abro os olhos vejo a jovem garçonete da boate com o rosto vermelho e um olhar preocupado.

S/N - Jay por favor acorda. Nós chegamos na minha casa, mas eu não consigo te carregar para dentro sozinha, eu preciso que você tente andar.

Eu aceno com a cabeça e tento me levantar me apoiando em seus ombros. Saímos do carro e ela já está com a chave do pequeno portão de alumínio na mão. Ela abre o portão tentando não fazer muito barulho e assim que entramos vejo uma casa grande com uma varanda que acompanhava toda a extensão da mesma e um quintal com muitas árvores e plantas. 

Jay - Essa é a sua casa?

Ela faz um sinal para que eu fique em silêncio e sussurra.

S/N - Não, essa é a casa dos meus pais, a minha casa é na parte de trás do quintal.

Logo a luz da varanda da casa se acende revelando uma senhora que deveria ter uns 60 anos com longos cabelos negros.

Senhora - Filha você chegou.

Ela me olha e se espanta.

Senhora - Meu Deus o que aconteceu com esse rapaz.

S/N - Assaltaram e bateram nele mãe. Mas não se preocupa volta a dormir que eu vou cuidar dele.

Senhora - Vai, leva ele para a sua casa que eu vou pegar o kit de primeiros socorros.

S/N - Obrigada mãe.

Seguimos até a casa de trás que era pequena porém confortável a casa tinha uma varanda pequena e assim que entramos havia uma sala com um sofá verde água que mais parecia uma cama pois ele abria e era reclinável, de frente para ele havia uma estante com uma televisão grande demais para uma sala tão pequena, haviam diversos DVDs, vídeo games e até mesmo action figures de personagens de animes. Ela me senta no sofá e sinto que está tudo rodando. Logo a mãe dela chega com o kit de primeiros socorros e vem até mim analisando a profundidade das feridas, quando ela vê a ferida na minha cabeça ela se espanta e começa a me fazer algumas perguntas eu respondo e ela parece se acalmar.

Senhora - Vamos ter que lavar a cabeça dele pois está com uma ferida aberta temos que higienizar e vou ter que dar alguns pontos, mas por sorte ele não teve uma concussão, então deve estar melhor amanhã.

Jay - Pontos?

Senhora - Não se preocupe que antes de me aposentar eu era enfermeira.

Eu tento ficar calmo e confiar no que ela está fazendo não é como se eu tivesse muita escolha.

Senhora - Vai lá em casa e pega uma roupa e um chinelo do seu pai para ele, essa roupa dele está imunda.

A S/N tenta sair de perto de mim mas eu seguro a sua mão. Ela me olha e posso perceber o quanto ela está preocupada, mas porquê ? Ela nem me conhece. Ela acaricia suavemente a minha mão com seu polegar.

S/N - Eu já volto! Vou só pegar uma roupa limpa para você.

Eu concordo com a cabeça e ela sai me deixando sob os cuidados da mãe dela,  ela me olha com curiosidade, mas não diz nada. Logo a S/N volta com roupas e um chinelo, ela tira minhas meias que estão imundas porque eu estava pisando no chão com elas e coloca o chinelo no meu pé.

Senhora - Vamos ele precisa de um banho, S/N pega uma cadeira e coloca lá debaixo do chuveiro.

Ela concorda e vai até a cozinha pegando uma cadeira e depois entrando em um cômodo que devia ser o banheiro e depois volta se sentando ao meu lado e segurando minha mão.

Orgulho e Sensibilidade - Jay ParkWhere stories live. Discover now