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AQUELE do ultimato❞

➥ᵃᵐʸ ᶜᵃʳᵗᵉʳ
FEBRUARY 1st

❝ᴄᴀʀᴛᴇʀ's ᴍᴀɴsɪᴏɴ❞


Sabe quando sua vida desmorona de uma hora pra outra e tudo que você quer é achar uma forma de fugir disso tudo? Eu estava dormindo e posso dizer que, pela noite inteira, nem me lembrava do que me esperava quando eu voltasse do meu estado de sono, mas, infelizmente, o universo tinha outros planos. Nem tive a chance de acordar por conta própria porque repentinamemte foi balançada de forma frenética e, quando me levantei, me deparei com Roza, meu pai e Elisa me encarando na frente da cama.

───── Bom dia? ───── falo confusa. Eu realmente não estava entendendo o que iria acontecer, nem ao menos lembrava meu próprio nome naquele momento.

───── Coloque essa roupa. ───── meu pai disse apontando para um conjunto de moletom que estava esticado na minha cama. ───── Mandei Roza arrumar as suas coisas, está tudo pronto. Vamos direto para o aeroporto para você ser encaminhada pata um internato na Suíça.

Assim que meu pai pronuncia essas palavras, tudo que eu consigo fazer é permanecer paralisada com a boca aberta enquanto meu mundo desmoranava e alguém me jogava um balde de água fria. Observei que Elisa esboçava um sorriso maligno e, se olhares matassem, esses dois na minha frente já estariam debaixo da terra.

───── Você não pode fazer isso comigo! Eu iria ver a mamãe no mês que vem, não quero ir para nenhuma porra de Suíça! ───── explodo e ele ri irônico.

───── Adivinha? Você não tem escolha. Agora, ou você se troca e entra naquele carro te esperando lá fora, ou as coisas vão ficar piores. ───── ele diz e se retira junto com Elisa sem me dar chance de responder.

Logo que ele sai, eu desabo na cama. Não tenho forças para sequer falar.

───── Querida, me desculpa, eu tentei fazer algo, mas você sabe que seu pai não me escuta. ───── Roza fala se sentando ao meu lado e tentando me consolar.

───── Tudo bem Ro, você não tem culpa. Agora eu que terei que arcar com as consequências disso tudo. ───── falo me rendendo logo e começando a me trocar.

Quando termino de me calçar, dou um grande abraço na Roza e ela me sussurra palavras de conforto, não sei o que seria de mim nesta casa sem ela.

Não demoro descer e entrar no carro com a cara mais feia que eu consegui fazer. Meu pai estava no banco da frente ao lado do motorista e dava a ele as instruções.

Logo que chegamos ao destino, meu pai saiu junto com o motorista para a parte de trás do carro tirando minhas malas e me entregou.

───── Espero que entenda meu lado filha, isso tudo é para o seu bem.

───── Espero que entenda que só está me fazendo mal, Robert. ───── falo sem me dar ao trabalho de me despedir e sigo para dentro quando ouço uma voz robótica indicando que meu vôo já estava para sair. Não acredito que meu pai está me forçando a mudar de país sem me despedir nem ao menos da minha mãe e meus amigos.

(...)

Não havia sido a melhor coisa do mundo, mas o vôo foi tranquilo. Fui ouvindo músicas e assistindo documentários aleatórios que eu achava e quando me dei conta, já estávamos em Switzerland, Suíça. O país não era horrível, com certeza era maravilhoso, mas acho que veria mais beleza se estivesse aqui por vontade espontânea.

Assim que saí do avião, uma mulher que eu não me recordava o nome, parecendo ter uns 45 anos, me indicou o que deveria fazer e disse que seria minha conselheira pelos próximos dias. Entramos num carro preto estacionado ao lado de fora do aeroporto e nos conduzimos até o internato. O lugar parecia ser longe da cidade e bem conservado, porque demoramos uma eternidade para chegar.

Agora eu estava parada na porta, onde a mulher havia me dito que era meu quarto e que dividiria com uma menina chamada Nailea. Estava muito nervosa porque a menina podia ser uma pscicopata, grudenta demais ou muito chata e, em todas as opções, seria um inferno dividir o quarto com uma pessoa assim.

Graças aos céus, toda a minha tensão foi embora assim que entrei.

───── Oi, você é a Amy, certo? ───── ela disse se levantando, me dando um abraço e eu assinto. ───── Prazer, eu sou a Nailea, espero que goste daqui.

───── Obrigada pela hospitalidade Nailea, também espero que eu goste daqui, já que não tenho outra opção. ───── digo rindo fraco.

───── Pode me chamar de Nai, sei que meu nome é diferente. ───── ela sugere e nós rimos porque realmente era um nome bastante exótico.

Ela me mostrou o quarto, me falou sobre as regras, os horários e, enquanto isso, fui me organizando. Nós guardamos minhas coisas no armário e nas gavetas e, quando me dei conta, já estava tudo arrumado. Se alguém me dissesse que eu teria uma colega de quarto legal assim, provavelmente duvidaria, até porque nem estava planejando estar aqui. Mas a Nai parecia ser uma pessoa legal, de verdade. Tinha um senso de humor incrível e, além de tudo, era muito bonita.

Nós ficamos conversando a noite inteira sobre ambas as vidas e como fomos parar ali. Nai me contou que a família dela vem do México, mas que, atualmente, moram em Nova York, o que eu achei incrível por ser perto da casa da minha mãe e também perto de New Jersey, onde estava ficando com meu pai. Vai que continuamos uma amizade depois desse inferno? Seria muito bom.

Ela também me contou que foi parar ali por causa de um boato que espalharam na escola dela, alegando que era uma atriz pornô, o que me fez ficar extremamente chocada e indignada. Como as pessoas eram capazes disso?

Fiquei sabendo que, na escola, as regras eram bastante rígidas e, que se eu soubesse andar com as pessoas certas, amaria este lugar porque, segundo ela, haviam meninas nem um tanto quanto amigáveis naquele local, o que me deixou com o pé atrás.

Como esse era meu primeiro dia, não teria aula na manhã seguinte. Minha conselheira viria aqui para me mostrar a escola, mas Nai tinha que acordar logo cedo então fomos dormir.

∵∴⊹ ⎙↳ 𝐍𝐎𝐓𝐄𝐒 🍄 ⊹∴∵

001- VISH, agora que o trem ficou bom...

002- SE algum de vocês fosse mandados pra Suíça estudar, qual seria sua reação? Comentem e votem pf!

𝗔𝗟𝗪𝗔𝗬𝗦 𝗙𝗢𝗥𝗘𝗩𝗘𝗥, ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ Where stories live. Discover now