Parte 16

452 35 23
                                    

Mike me ajuda a subir as escadas e entrar no meu quarto, me sento em minha cama, então decido tomar um banho e vou até o banheiro ainda com um pouco de dificuldade usando as moletas tiro a roupa, quando termino me enrolo na toalha e estou secando o cabelo quando vejo em cima da pia uma correntinha, pego e vejo três bonecas, eu conheço essa correntinha mais de onde? Pego e levo até a cama, ponho no criado mudo e uma foto me chama atenção, sou eu e Karol, olho para a cama é a mesma ela esteve aqui nessa cama comigo, deixo a foto na cama, vejo minha camisa em cima da poltrona e a pego sinto um cheiro doce esse perfume, é o perfume dela, visto a camisa e deito, e caramba estou ficando louco o cheiro dela está aqui também.
Levanto rápido ofegante olhando para cama e flashs passam na minha cabeça, ela sentada no meu colo, rindo enquanto beijo seu pescoço e faço cócegas em sua barriga, a porta se abre e estou assustado, Caro me encara.
- Você está bem, parece assustado?
- Estou em pânico.
- Calma o médico falou que era normal lembra, principalmente se você lembrasse de algo, você lembrou? Aponta para a foto.
- Você lembrou dela? Da Karol.
- Não exatamente mais da gente aqui nessa cama acho que foi esse dia.
- A parte sacana você lembra. Faço uma careta.
- Não lembrei da parte sacana, foi só diferente, eu fazia cócegas nela como faço em você.
- Isso acontecia bastante, é o seu meio de me punir e descobriu que ela é fraca também. Sento na cama e pego a correntinha.
- Isso?
- É dela. Ela me mostra uma igual.
- Foi meu presente e de Valentina nos dezoito anos dela.
- O cheiro dela está aqui como é possível?
- Porque ela dormiu aqui enquanto você estava em coma, mais são anos que Karol não entra aqui.
- Como assim?
- Vocês não estavam juntos Ruggero. Enfim não vou ficar te contando todo o sofrimento de vocês, deixa você lembrar disso, o que posso dizer é que aquela garota te ama ainda.
- Porque eu não consigo lembrar Caro porque, eu sinto algo quando ela me olha eu sinto, é como uma chama que me puxa pra ela. Caro sorrir e põe o dedo no meu peito, então percebo uma tatuagem.
- Eu... Eu fiz uma tatuagem? Pergunto incrédulo.
- Uma só não, duas, uma chama que te puxa e te aquece.
- Karol... Ela faz que sim e pega meu pulso virando arregalo os olhos.
- Eu fiquei louco mesmo.
- Sim por ela, colocou sua inicial em uma tatuagem, sabe que ela também tem muitas tatuagens. Caro fala.
- Sério?
- Sim. Ela rir. - Você ficou louco com as tatuagens dela. Ah espere um momento. Ela sai do quarto e depois volta com um pasta abre e são fotos de ensaios da Pasquarelli e para.
- Esse foi o ensaio da Karol.
Começo a ver as fotos e caramba ela é linda demais e porra gostosa também.
- Eu também fiz isso.
- Bem você quase morre nesse dia, mais digamos que de outra forma.
Franzo o cenho.
- Vocês quase transaram no camarim.
- É sério? Ela assente.
- Caralho olha essa tatuagem é real ela tem mesmo no seio? Caro faz que sim.
- Você é louco por ela, sempre foi, só tenha paciência o tempo vai te mostrar isso. Assinto e pego uma foto em que estou segurando sua cintura cheirando seu pescoço e ela rindo.
- Ótima escolha. Caro fala e sai do quarto, me deito colocando a foto no criado mudo, encosto a cabeça no travesseiro sentindo o cheiro dela isso me acalma, fecho os olhos e adormeço.

Desculpa Rugge, isso não poderia ter acontecido.
Karooool.... Ahhhhhh
Ruggerooooo.
Uma luz forte me atingi.
Acordo assustado suando, acendem a Luz e vejo meu pai.
- Filho escutei você gritar.
- Eu tive um pesadelo.
- Quer me contar? Forço minha mente.
- São só pequenas cenas que passam mais me assustou muito, foi com ela aponto para a foto e meu pai assente.
- Ela saia correndo e eu vi uma luz e depois ela gritou meu nome e ficou tudo escuro.
- Deve ser o acidente, vocês estavam juntos.
- Juntos no meu acidente. Meu pai faz que sim e assinto.

Nos dias que seguiram alguns médicos vieram acompanhar minha recuperação faziam alguns exames, tinha hora com um fisioterapeuta e um psicólogo.

- Bubo. Caro me chama estou sentado na cama.
- Oi.
- Vim te dar um beijo estou indo para o ateliê.
- Ainda me custa acreditar que você conseguiu ser tão independente.
- Você também, é brilhante como médico, viu como todos te adoram naquele hospital. Assinto.
- Porque não vem comigo, se você se cansar eu te trago pra casa.
- Não quero te atrapalhar.
- Estamos produzindo a coleção noiva, você e Agustín ajudaram na produção do primeiro vestido. Franzo o cenho.
- O vestido da Valentina fomos nós quatro que fizemos.
- Tá vamos lá, acho que posso dar palpites em botões. Ela rir e me ajuda a ficar de pé.
Chegamos em frente ao ateliê e a sensação de conhecimento me invadi, eu já estive aqui.
- As garotas na recepção me cumprimentam e eu aceno um pouco constrangido por não lembrar de nenhuma delas.
- Me espera ali na sala tem um sofá e tenho certeza que vai gostar eu já venho. Assinto e entro na sala olho ao redor várias máquinas, pincéis e cavaletes, fico perdido olhando ao redor e me aproximo mais tem uma grande estante com linhas e tecidos, estou tão mergulhado em pensamentos que tropeço em um rolo de tecido no chão e me apoio em uma escada fazendo ela tremer.
- Eita caralho... Escuto alguém gritar e só tenho tempo de segura-la por puro reflexo, é acho que não estou tão ruim assim.
Acabo sorrindo é ela, Karol seu cheiro invadi meus sentidos, ela está de olhos fechados e aperta o lábio um no outro, então abre um olho, olha ao redor então abre o outro e segue o olhar das minhas mãos segurando seu corpo e quando me ver sua respiração acelera vejo engolir em seco, tento colocá-la no chão, mais ela tenta sair dos meus braços ao mesmo tempo e se atrapalha fazendo que eu desequilibre e pronto caímos os dois no chão, ela em cima de mim.
- Eu... Acabei de sair do hospital e acho que vou voltar pra lá.
Falo respirando fundo porque porra que pancada, ela me encara preocupada.

Se Não Fosse Você.Where stories live. Discover now